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Presos cometem crimes de dentro das cadeias da região

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Radarbo
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Bebidas encontradas dentro da cadeia

Grandes grupos criminosos estão dentro das cadeias da região. Prova disso são as apreensões realizadas pela polícia ultimamente e as informações de que presos ameaçam pessoas em liberdade, com celulares usados dentro das cadeias. No último dia 31, a Polícia Militar apreendeu maconha, cigarros e bebidas que teriam sido encomendados por presos de Marechal Cândido Rondon. Já no último dia 04, a Polícia Civil apreendeu explosivos que seriam de responsabilidade de outro preso local. Seis dias depois os presos iniciaram uma rebelião após a polícia exigir a entrega de um celular que teria sido usado pelos presos para ameaçar uma pessoa em liberdade. Ontem (24), outro fato chamou a atenção, mas este ocorreu em Toledo.

Após a vistoria na cadeia da 20ª Subdivisão Policial de Toledo, o promotor Giovani Ferri confirmou que o Ministério Público recebeu a informação de que presos daquela unidade de reclusão teriam feito ameaças, por celular, para pessoas em liberdade. “Foi um dos motivos que nos levaram a solicitar a varredura na cadeia. Temos recebido denúncias de que ligações têm partido do interior da cadeia para vítimas de crimes, familiares de vítimas. Isso é inaceitável. Não vamos aceitar essa situação e, se for necessário, realizar pente-fino na cadeia todas as semanas, assim o faremos”, afirmou.

A cadeia da 20ª Subdivisão Policial de Toledo estava sendo usada como um grande “mercado” de ilícitos. Na varredura foram encontrados 38 celulares, 160 gramas de maconha, crack, 490 pacotes de cigarro, 20 litros de pinga, cerca de 20 carregadores de celulares, 50 “estoques” e 20 facas. Os números não tinham sido confirmados até o final da tarde de ontem, mas a operação já era tida como uma das maiores realizadas no local. “Nos causou surpresa a grande quantidade de produtos encontrados. Essa varredura se deve ao fato de que há algum tempo recebemos diversas denúncias de que produtos ilícitos estariam entrando na carceragem”, informou o promotor.

A vistoria foi feita com apoio da Ronda Ostensiva Tático Motorizada (Rotam) e o trabalho foi acompanhado pela juíza da 1ª Vara Criminal da Comarca de Toledo, Luciana Lopes do Amaral Beal, e os promotores José Roberto Moreira e Ildemar Moreira da Cruz. “É uma situação lamentável e esperamos que isso cesse. Não sabemos ainda como esses produtos entraram na cadeia, vamos pedir providências do delegado-chefe para que intensifique as revistas”, disse Ferri.

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