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Política

“2017 foi o ano mais difícil dentro da administração”, revela Jones Heiden

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Reeleito para seu segundo mandato à frente do Poder Executivo de Entre Rios do Oeste, o prefeito Jones Heiden (PSD) teve em 2017 o pior ano de administração considerando todo este tempo em que ocupa o cargo, desde 2013.

Ele revela, em entrevista ao Jornal O Presente, ter sido um período atípico e muito difícil.

Porém, 2018 promete ser o ano da virada e o mandatário prevê que agora começará dar “cara” à administração. De acordo com ele, isso será possível porque 2017 foi de planejamento e elaboração de projetos, que somam mais de 30.

Além disso, houve um cuidado especial com as finanças da prefeitura. Desta forma, ano passado fechou com superávit de quase R$ 5 milhões em recursos livres e agora começam efetivamente os investimentos. Confira.

O Presente (OP): Do ponto de vista administrativo, como o senhor analisa o primeiro ano do seu segundo mandato?

Jones Heiden (JH): Foi um ano de planejamento. Em geral é isso que acontece no primeiro ano do mandato de qualquer prefeito. Mesmo sendo reeleito e com muita coisa planejada, formamos uma equipe nova até para dar oportunidade a outras pessoas e lideranças. Foi um ano de muito planejamento e um pouco atípico por tudo que está acontecendo no Brasil. Esperávamos um pouco mais até em relação à liberação de recursos do governo estadual e federal. Foi um ano em que recebemos poucos recursos e muitas coisas ficaram paradas. Existiam compromissos e ainda hoje há verbas por vir, passou o ano e não vieram, e agora estamos no aguardo da liberação. Existem obras hoje iniciadas, mas pela falta destes recursos precisamos paralisar. Resumindo, foi um ano de muito trabalho, projetos e empenho. Hoje contamos com praticamente todo o mandato já planejado e mais de 30 projetos concluídos, em todas as áreas. Para alcançar 30 projetos concluídos demanda tempo, planejamento e recursos.

OP: O senhor considera que 2017 foi um ano mais desafiador do que imaginava?

JH: Foi. Digo que neste primeiro ano do segundo mandato tivemos mais trabalho e mais dificuldades do que nos quatro anos do mandato passado.

OP: Foi o ano mais difícil?

JH: Foi o ano mais difícil dentro da administração. Por isso que digo que foi atípico, por ter sido bem diferente dos outros anos.

OP: O senhor mencionou a respeito dos recursos dos governos estadual e federal. Mesmo sendo um prefeito do PSD, cujo partido é aliado dos grupos de situação nas duas esferas, houve dificuldade em conseguir a liberação de verbas?

JH: Houve dificuldade. Sabemos que o governo não tem como atender a todos. Para demandar recursos hoje isso não ocorre mais por um simples ofício ao deputado. Você precisa fazer o ofício pedindo, mas para conseguir é preciso ter o projeto aprovado e uma contrapartida municipal. As coisas mudaram muito e sem projeto e sem estar com tudo em dia na prefeitura não consegue mais dinheiro. É mais fácil perder do que conseguir recursos. Tivemos que abrir mão, por exemplo, de um recurso porque Entre Rios do Oeste não tinha tempo hábil para se cadastrar. Houve muita mudança neste mandato e em diversas ocasiões ocorrem em um curto prazo. Então nem sempre conseguimos ir em busca de um projeto ou mesmo fazer o redirecionamento no orçamento, que depende de aprovação dos vereadores e nem sempre há tempo para aprovar a medida. Foi um ano até bem difícil em explicar.

OP: O senhor está satisfeito com a equipe de governo ou estuda alguma mudança?

JH: Devemos concluir nesta semana as conversas sobre uma avaliação que pedimos sobre o governo e as secretarias. Ouvimos 10% dos eleitores e, na opinião dos entrevistados, a gestão de Jones e Ari (Maldaner, vice-prefeito do PP) está no rumo certo. Recebemos praticamente 68% de aprovação. Apesar de ter sido um ano difícil, parado e com muita dificuldade, a população ainda assim analisa bem nosso governo. Já em relação à equipe, na avaliação dos eleitores ela poderia ter trabalhado mais. Ainda estamos analisando o resultado para saber por qual motivo essa conclusão. Precisamos estudar um pouco melhor os números, mas penso que o que vale mesmo é que estamos no caminho certo e a população está aprovando a administração. Estamos conversando com a equipe e estou satisfeito, porque realmente foi um ano de muito trabalho. Por ora não pensamos em mexer na equipe de governo. Hoje contamos com algumas secretarias vagas e de repente até podemos chamar mais duas pessoas para ocupar estes cargos visando proporcionar um trabalho diferenciado nestas áreas.

 

 

 

Essa entrevista completa você acompanha em nossa edição impressa desta sexta-feira (05).

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