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Aplicamos a experiência do setor privado no setor público, enaltece Heiden

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Joni Lang/OP

Prefeito Jones Heiden: Tenho certeza de que eles (vereadores eleitos) já têm o entendimento e se mantiverem o que foi dito quem desponta como o mais forte seria o vereador Ênio Foliatti (para assumir presidência da Câmara)

 

Jones Heiden (PSD) foi reconduzido ao cargo de prefeito de Entre Rios do Oeste nas eleições de outubro com 63% dos votos, índice que chama atenção pelo alto percentual de aprovação. Prestes a encerrar seu primeiro mandato à frente do paço municipal, em entrevista ao Jornal O Presente ele destacou as principais ações desenvolvidas, elencando que a aplicação no setor público da experiência acumulada ao longo dos anos no setor privado foi o maior desafio da atual gestão.

O mandatário também prospecta projetos futuros e revelou que sua base de apoio à próxima gestão, formada por sete vereadores, já trabalha com quatro nomes para ocupar a presidência do Poder Legislativo. Na última sexta-feira (09), Heiden anunciou a manutenção de Marilei Lerner à frente da Secretaria de Educação e o ingresso de Márcia Erbes como secretária de Saúde.

Ele se mostrou preocupado com os destinos da política no Brasil, desejando que esta fase de denúncias e corrupção pela qual o país atravessa seja superada. Quem cometeu erros deve ser punido. Devemos ser iluminados pelos próximos quatro anos para contribuir com a mudança política no país, declarou. Confira a entrevista.

O Presente (OP): O senhor se aproxima da reta final de sua primeira gestão como prefeito. Como avalia seu mandato e a experiência em ser gestor público?

Jones Heiden (JH): Nesta fase de conclusão semanal percebo que dentro do nosso pensamento e, também da nossa equipe, foi possível atingir 95% do que foi proposto para esses quatro anos. Por isso acredito que foi uma gestão bastante positiva.

 

OP: O que o senhor destacaria como principais desafios?

JH: Quando saímos em campanha (no ano de 2012) dissemos que iríamos administrar o município com o diferencial de aplicar a experiência do setor privado no setor público, portanto o principal desafio foi realizar esta integração. No começo esta ideia foi um pouco turbulenta, mas colhemos bons resultados a partir de quando conseguimos introduzir este modelo e fazer as pessoas entenderem dessa forma.

 

OP: Quais as principais ações que o senhor enaltece como importantes para Entre Rios do Oeste?

JH: O desejo dos políticos que me antecederam e uma cobrança da população era o recape asfáltico até Volta Gaúcha, que é a maior localidade do interior. Quando assumimos tinha passado 12 anos, sendo que no primeiro ano colocamos este projeto em prática. Além de manter e melhorar muitos programas existentes em todas as áreas, como educação, agricultura e viação e obras, podemos enaltecer as mudanças na área central do município com a implantação de calçadas e do recape asfáltico. Nós demos uma cara nova para o nosso município.

 

OP: O que acabou não sendo realizado e por quê?

JH: O que nos motivou a continuar nos próximos quatro anos para iniciar e concluir é a nova creche. Isso nós ficamos devendo, sendo que esta será a menina dos olhos da educação. Esta é a prioridade. Além disso, a conclusão de três obras que não foram terminadas pelas empreiteiras, as quais vamos pegar uma nova frente para concluir. Com certeza vamos entregar todas essas obras nos seis primeiros meses do novo mandato.

 

OP: O momento é de formação da equipe de governo visando o seu próximo mandato. Quais nomes estão definidos? Quem sai e quem fica?

JH: Nos primeiros três anos toda secretaria tinha alguém respondendo por ela, o que foi mudado neste ano com a diminuição de 11 para seis pastas. A nossa ideia é ter cinco ou no máximo seis secretarias. O nosso pensamento é mesclar a experiência de dois ou três secretários e trabalhar com duas ou três secretarias com nomes novos para dar injeção de ânimo através de ideias e projetos. Alguns nomes definidos (na última sexta-feira, dia 09) são o de Marilei Lerner, que permanece à frente da Secretaria de Educação, e o de Márcia Erbes para a Secretaria de Saúde. A Márcia ocupará o cargo por orientação técnica. O novo secretário de Governo ainda está em definição, sendo que três pessoas estão cotadas. Outra questão é a possibilidade de um ou dois vereadores assumir(em) secretaria(s) na municipalidade.

 

OP: O que o senhor levou em consideração para a manutenção de alguns nomes e troca de secretários?

JH: Na Secretaria de Educação foram levados em conta os projetos elaborados em conjunto e como não conseguimos atender todos devido à demanda neste primeiro mandato, optei pela experiência da Marilei, pela confiança e pela certeza de concluir o plano para a educação, com início e conclusão da nova creche. Se eu fizesse uma troca de repente atrapalharia.

 

OP: O senhor já anunciou que pretende, ao menos no primeiro semestre de 2017, trabalhar com equipe reduzida de secretários. Já sabe quais cargos serão mantidos?

JH: Secretarias de Educação, Saúde e de Governo estão certas. Para fechar cinco ou seis secretarias vamos conversar e ouvir os funcionários concursados para sentir se podemos lotar pessoal do quadro para assumir uma secretaria. Eu vejo muita gente competente em todas as secretarias, porém também preciso olhar o lado político daqueles que se envolveram diretamente na campanha, mesmo porque todos gostariam de um espaço. Vamos ter cautela no início do governo, por isso precisamos trabalhar enxutos e com menos secretarias ao menos no primeiro semestre para sentir o que vai acontecer no Brasil. Depois disso podemos começar a rever casos, com cinco ou seis secretarias no máximo. Viação e Obras talvez seja a sexta secretaria, podendo pensar o lado político e técnico. Neste setor há profissionais concursados para nos ajudar nos seis primeiros meses, pois eles estão há anos trabalhando. Quem sabe podemos dar oportunidade a eles para mostrar o potencial e, caso sentir a necessidade, podemos chamar para assumir algum cargo. A ideia inicial é valorizar o quadro existente. Essa seria a experiência para aplicar nos seis primeiros meses, porque não haverá muitos recursos. Nos seis primeiros meses pode haver um desgaste se nomear um secretário político que pode perder a motivação e se desiludir caso não aconteça conforme o planejado.


OP: O PSDB passou a integrar a coligação durante as convenções. Como o grupo tem recebido o partido e qual será a participação da agremiação em seu segundo mandato?

JH: As portas estavam abertas quando houve este acordo. O vereador Ênio Foliatti, que é o presidente do partido, e o grupo foram muito bem recebidos. Temos certeza de que a vinda deles contribuiu para a diferença obtida na eleição. As portas estão abertas, existindo possibilidade inclusive de uma secretaria ser assumida pelo PSDB. Estamos conversando para ver se isso acontece já no começo ou a partir do 7º mês.

 

OP: Houve ou há sinalização de alguma conversa de aproximação com o Democratas, que por muito pouco também não se coligou com o seu grupo?

JH: Eu acredito que muitos do Democratas estiveram conosco e o ex-prefeito Lauro Rohde é um exemplo disso. Ele é um líder no município e por onde vai muitos o seguem. O deputado Elio Rusch se manifestou para estar com o nosso grupo e nos apoiou, portanto eu tenho esse compromisso com ele. O Elio é o deputado a quem dou preferência no trabalho e assim será se ele for candidato a deputado. A distância na eleição não foi tão grande porque eu tive apoio do Democratas, senão diretamente, mas indiretamente. Os votos de muitos democratas também somaram para chegar a toda essa diferença. Alguns não enxergam o interesse da continuidade do governo Jones no município, mas a gente respeita. Se futuramente o Democratas se reestruturar no município e quiser vir com o nosso grupo para fortalecer, as portas estarão abertas como aconteceu com o PSDB.

OP: O que o senhor destacaria como principais metas para seu segundo mandato?

JH: O que eu tenho conversado com possíveis secretários e concursados é de que nas 11 secretarias tenhamos condição de melhorar todos os programas realizados no município, além de desenvolver um projeto que marque cada uma delas. Um deles é a instalação de uma agroindústria, o que pode acontecer já no primeiro ano do segundo mandato, sendo esta a menina dos olhos da Agricultura para valorizar o pequeno produtor e agregar renda. Na Indústria, Comércio e Turismo, além de manter todos os programas, vamos construir uma incubadora para beneficiar quatro indústrias, além da possível aquisição da antiga área da Cassava, que já conta com empresários interessados em vir para Entre Rios do Oeste. A geração de empregos é uma cobrança da população. Na Educação precisamos construir a creche. Na Saúde, com a nova UBS (Unidade Básica de Saúde) vamos realizar uma mudança muito grande com novos equipamentos e profissionais concursados. A Ação Social, se no início não for assumida por um secretário, terá a parte técnica para responder. Temos o compromisso de ampliar o Conselho Tutelar, sendo que o projeto está concluído. Na área de Esportes vamos investir em novos projetos e modalidades, na continuidade das atividades existentes, assim como na reforma do campo de Vista Alegre. O principal projeto para Viação e Obras é a construção do novo barracão de máquinas, ações pontuais como recape e outros serviços disponibilizados. As outras áreas do município são mais técnicas ou políticas. O nosso mandato terá novamente foco em todas as áreas porque se este modelo foi aprovado, significa que devemos dar sequência.

 

OP: O senhor pretende se envolver nas conversas para escolha do próximo presidente da Câmara de Vereadores? Tem preferência por algum nome

JH: Já chamamos sete vereadores eleitos e tivemos uma boa conversa. Eu disse a eles que não tenho pretensão de me envolver porque são dois poderes distintos, além do mais qualquer um dos sete que for o presidente vai receber o meu apoio. Eu gostaria que houvesse entendimento por parte deles e o que considerarem melhor para o grupo será acatado por mim. Os sete vereadores são nossos companheiros e qualquer um pode tocar (a Câmara) sem problema nenhum. Eu pretendo ser bem neutro nesta escolha, tanto que não há preferência, mas quatro demonstram interesse. O vereador reeleito Loivo Kist (PSD), a atual presidente Alessandra Caetano de Souza (PDT), o Ênio (PSDB), indo ao terceiro mandato, e por fim o Jair Bokorni (PP), que já foi presidente. Dos quatro quem for o escolhido contará com o meu aval. Tenho certeza de que eles já têm o entendimento e se mantiverem o que foi dito quem desponta como o mais forte seria o vereador Ênio Foliatti. Para isso se concretizar depende dele fazer esta articulação. Se ele conseguir este entendimento terá meu apoio, como qualquer outro pode ter, desde que mantenha a unidade do

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