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Política Crescimento da sigla

Após eleição de Bolsonaro, PSL será estruturado em Marechal Rondon

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Vice-presidente e presidente do PSL, Marcondes Luiz da Silva e Alexandre Hofmeister: “Existe a tendência natural do partido crescer no município pela expressão conquistada em todo país. A nossa intenção é trazer gente nova, que deseja trabalhar pelo município” (Foto: Joni Lang/OP)

 

Passados nove dias da eleição do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) como presidente da República para a gestão 2019/2022 e com alguns nomes já apresentados como ministros do novo governo, aumentam as discussões sobre quais decisões serão tomadas para que o país seja colocado em um caminho de desenvolvimento sustentável.

O desejo de mudança na maneira de conduzir a política brasileira, o combate à corrupção e a implantação de reformas são considerados os principais fatores que levaram o eleitorado brasileiro a depositar o voto de confiança em Bolsonaro.

Conduzido à presidência da comissão provisória do Partido Social Liberal (PSL) de Marechal Cândido Rondon no mês de julho, o empresário Alexandre Hofmeister salientou ontem (1º), em entrevista ao O Presente, que decidiu pelo voto a favor de Bolsonaro pois as propostas do então candidato são possíveis de se tornar realidade. “Ele não prometeu asfalto novo, hospital, ou seja, nada no meu ponto de vista que impeça de ser feito. O que espero daqui para frente é que realmente consiga mudar os rumos do país, onde a corrupção não tenha mais vez. Um exemplo é o juiz Sérgio Moro como ministro da Justiça, então vem se configurando o que ele (Bolsonaro) fez na campanha, de combater a corrupção e em menos de uma semana de eleito vem mostrando a que veio”, salienta.

O rondonense acredita que os brasileiros podem aguardar por ordem e progresso, como consta nos dizeres da bandeira nacional. “A lei existe e deve ser cumprida e Bolsonaro deixou muito claro que não vai atropelar a Constituição. Eu acredito que ele vai trabalhar por ordem e progresso, botando lei para que seja cumprida, aplicando tolerância zero com a corrupção, pois respeitando tudo isso virão novos investimentos. Na área financeira hoje vemos algumas empresas anunciando investimentos. Em meia semana Bolsonaro mostrou para que veio”, frisa Hofmeister.

Conforme ele, o presidente eleito também acenou com a possibilidade de implantar algumas reformas, como a previdenciária, até porque, na opinião do rondonense, o governo não vai conseguir sobreviver sem ela, bem como a reforma política. “Mas não apresentou proposta concreta; sinalizou o que deseja fazer, e acredito que terá muita força para tudo isso”, expõe.

 

Votação

Com índice médio de 75% dos votos válidos nos municípios no entorno de Marechal Rondon, e em algumas localidades acima de 80%, a avaliação de Hofmeister é de que Bolsonaro se deu bem nas urnas não apenas por ser o voto anti-PT. “Acredito que o resultado foi bom porque ele foi o único a se apresentar como antissistema. Penso que a votação na nossa região foi significativa porque as pessoas entenderam que de nada vale construir hospital ou alguma obra se não combater a corrupção”, salienta, acrescentando que Bolsonaro também mostrou firmeza ao citar que invasões de terra podem ser criminalizadas.

 

Identificação por região

O vice-presidente do PSL em Marechal Rondon, Marcondes Luiz da Silva, menciona que o resultado expressivo de Bolsonaro frente ao segundo colocado Fernando Haddad (PT) mostra que regiões com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) se identificaram mais com o candidato vencedor. “Municípios com IDH menor foram onde o grupo do PT se saiu melhor na votação, o que caracteriza a questão do assistencialismo que já existia”, considera. “O Bolsonaro disse que não estava desesperado para vencer as eleições. Em certo momento falou que não ‘iria namorar’ as pessoas e no dia 1º de janeiro desapontá-las. Ele frisava que seu discurso de campanha seria o pior de todos os candidatos justamente por falar a verdade. Além disso, pontuou algumas questões, como a reforma trabalhista”, acrescenta Marcondes.

 

Estruturação da sigla

A nova comissão provisória do PSL está formada no município desde meados de julho, sendo que hoje a diretoria conta com presidente, vice, tesoureiro, vice, secretário, 1º e 2º secretário e vogal. “Passada a eleição, vamos trabalhar para estruturar o partido e trazer pessoas com o objetivo de almejar o bem do município e da sociedade, e não pessoas que pensam em entrar no partido para tirar algum proveito. Pretendemos fazer aquilo que Bolsonaro dizia: ‘chega de indicação, de apadrinhamento político’. Nós queremos trazer pessoas com vontade de trabalhar”, destacam Hofmeister e Silva.

De acordo com o presidente da comissão provisória local, muitas pessoas estão se filiando diretamente no site nacional do PSL, sendo que esses números demoram um pouco para serem liberados. “Como essa lista não chegou até nós, ainda não temos ideia de quanto isso representa, porém há centenas de pessoas manifestando interesse de contribuir. Necessariamente não significa que busquem a filiação, mas, sim, apenas ajudar”, enaltece, emendando: “Os cidadãos que desejam se filiar podem nos procurar e manifestar a sua vontade”.

 

Crescimento

Considerando que o PSL elegeu 52 deputados federais, ficando atrás apenas do PT com 56, e emplacou o presidente, a tendência é de que a sigla também cresça em Marechal Rondon. “Existe a tendência natural do partido crescer no município pela expressão conquistada em todo país. A nossa intenção é trazer gente nova, que deseja trabalhar pelo município e não aquele cara que sonha em ser vereador e prefeito para simplesmente seguir carreira, mas gente que queira fazer um trabalho em benefício do coletivo”, declaram o presidente e vice da sigla, enfatizando que aos poucos vão amadurecer a escolha de eventuais candidatos a cargos eletivos também no município.

“Quem estiver a fim de conhecer o PSL e de se filiar pode nos procurar. A nossa finalidade é trazer pessoas idôneas, que se preocupem em fazer o bem através da política. Dá trabalho, mas é algo útil que deve ser feito pelo município, Estado e país”, finalizam Hofmeister e Silva.

 

 

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