Fale com a gente

Política

Ex-gerente da Agência do Trabalhador rondonense e atual vereador é acusado de compra de votos

Publicado

em

O Presente

 

A partir de supostas irregularidades verificadas na Agência do Trabalhador de Marechal Cândido Rondon nos anos de 2013 e 2014, envolvendo o então gerente Adelar Neumann, a Organização Não Governamental (ONG) Vigilantes da Gestão encaminhou denúncias ao Ministério Público rondonense.

Conforme a ONG, o então gerente teria criado um esquema de compra de votos visando o pleito eleitoral de 2016 por meio da liberação de parcelas do seguro-desemprego para trabalhadores que recusavam vagas de trabalho, o que é proibido pelo artigo 8 da lei 7.998 de 1990. A denúncia aponta que ele exigia a devolução de parte do recurso liberado de forma irregular e firmava o compromisso de voto para as eleições municipais. O esquema teria sido aplicado a partir da utilização de senhas de colegas de trabalho com o objetivo de validar via web a solicitação do benefício e operacionalizar a ação criminosa.

De acordo com o presidente da ONG, Sir Carvalho, tudo teria iniciado com uma sindicância no município. “As situações foram apuradas pelo então prefeito Moacir Froehlich e após depoimentos o servidor sofreu afastamento temporário da função. Depois se candidatou e foi eleito vereador. Ainda não há conhecimento se ocorreu encaminhamento ao Ministério Público, o que deveria ser o papel do prefeito da época referente aos procedimentos a serem apurados na esfera criminal”, ressalta Carvalho.

Após obtermos informações de populares, fizemos o expediente e encaminhamos ao promotor, que poderá, se entender cabível, processar o atual vereador por crime de responsabilidade e até por ações criminais”, completa.

Segundo informações, não houve reparação dos danos aos cofres públicos, o que fez com que a ONG requeresse instauração de procedimento investigatório dos fatos, tomadas de medidas cabíveis na esfera criminal e encaminhamento da decisão aos Vigilantes da Gestão dentro do prazo legal.

As acusações foram encaminhadas ao promotor de Justiça da comarca rondonense, Alexsandro Luiz dos Santos.

 

Denúncias

As denúncias apontadas são: fraude do sistema de liberação de seguro-desemprego, liberação do benefício em situação vedada por legislação vigente a fim de benefício próprio e devolução de 50% do salário de servidora pública a Adelar Neumann.

A ONG requer a instauração de procedimento investigatório dos fatos, tomadas de medidas cabíveis na esfera criminal e encaminhamento da decisão ao Vigilantes da Gestão dentro do prazo legal.

 

Defesa

À reportagem de O Presente, o vereador Adelar Neumann disse não ter recebido nada oficial em relação às denúncias. “A princípio não recebi nada de oficial referente a esta situação, então ainda não vou me manifestar. Por outro lado, ouvi o áudio em uma rede social e o que me chama atenção é de que neste período eu estava em sala de aula”, declara, informando que na época das supostas irregularidades ele não mais atuaria como gerente da Agência do Trabalhador. “Vou aguardar até receber algo oficial e só então, depois de ler e analisar, vou tomar as devidas providências”, afirmou.

Sobre a sindicância, Neumann comenta que a iniciativa das investigações teriam partido dele mesmo. “Eu fui gerente da agência até meados de setembro de 2013, embora não tenha certeza das datas. A sindicância foi pedida por mim, pelas acusações feitas e eu acreditando na minha inocência. Foi instaurada uma sindicância, mas não nessas datas. A partir desse momento (dos casos citados) eu não tinha mais vínculo com a agência”, alega. “Vou esperar (a denúncia) chegar oficialmente, vou ler o teor do conteúdo e a partir daí tecer algum comentário. Fico no aguardo da veracidade do fato ocorrido, ou seja, da divulgação na mídia social do fato ocorrido”, finaliza o vereador.

Copyright © 2017 O Presente