O que esperar de 2018?

O Brasil novamente passou por um ano de intensos desafios no setor econô- mico, que foi duramente impactado pelos desdobramentos de operações policiais que levaram políticos de renome nacional atrás das grades.

A poucos dias do fim de 2017, a reportagem de O Presente entrevistou autoridades políticas e lideranças de diferentes segmentos para saber suas expectativas para o ano de 2018.

Embora todos prefiram acreditar em uma perspectiva positiva, há quem se apresente de forma realista e não projete tantas melhorias assim. De uma forma geral, eles acreditam que o país, o Paraná, a região Oeste e Marechal Cândido Rondon passarão por transformações importantes no ano vindouro, contudo, se mostram “pés no chão”, considerando que os ganhos não serão tão acentuados. Para os entrevistados, um cenário com maior geração de empregos e renda vai depender dos destinos políticos que o Brasil tomar.

Na visão deles, o caminho mais adequado seria a eleição de governantes com perfil mais moderado, distante de extremismos e que fuja da polarização esquerda e direita. Confira.

Deputado Estadual Ademir Bier:

“Apesar do ano difícil, a economia está dando sinais de recuperação. Mesmo com os escândalos, o país continuou crescendo, medidas polêmicas foram tomadas, algumas reformas foram feitas, enfim, avançamos. Temos expectativa de que no ano que vem o país vai continuar crescendo e que as reformas necessárias vão continuar acontecendo. Esperamos que o Congresso tenha sabedoria de conduzir essas reformas e que possamos preparar o Brasil para que em 2019 quem assumir os destinos da nação possa encontrar um país melhor. Tivemos municípios com necessidades de fazer ajustes para que possam se desenvolver de novo, para que os governantes possam trabalhar efetivamente. Temos uma região privilegiada neste sentido em muitos setores, mas têm alguns governantes que às vezes deixam a desejar. Não podemos perder a esperança de que tragam bom resultado para a sociedade como um todo. Em relação às eleições, devemos ter sabedoria e responsabilidade de saber escolher os governantes que merecem o nosso voto, pois às vezes acertamos e às vezes erramos. Não podemos errar e nem acreditar em tudo o que se fala. Em 2018 precisamos eleger pessoas com uma proposta que possa ser executada e não uma proposta fantasiosa. O agronegócio é o setor que segurou a economia durante a crise econômica que o Brasil atravessou. Nós que temos um agronegócio muito forte na região Oeste e no Paraná como um todo sabemos da importância deste setor na economia, por isso precisamos que o Brasil, que já foi a sétima economia do mundo, possa voltar a crescer em todos os segmentos e que os próximos governantes façam uma gestão para recolocá-lo em uma posição de destaque. Depois de chegar nesse patamar, que se possa dar um passo adiante porque sempre acredito que o governo é feito para as pessoas viverem melhor”.

 

 

 

 

Deputado Estadual Elio Rusch:

“Espero que 2018 seja o ano da recuperação da economia do nosso Brasil. Nós já demos os primeiros sinais em 2017 de que o país voltou a ter um PIB (Produto Interno Bruto) positivo e desejamos que em 2018 os governantes não pensem só na eleição, mas, sim, nas próximas gerações. Espero que cada administrador público tenha na sua consciência a responsabilidade de que seu mandato é passageiro e o que permanece são os seus atos e suas realizações. Como deputado, vou continuar atendendo os grandes projetos do Estado do Paraná, num segundo momento atender os desejos e pleitos encaminhados por nossas entidades na região Oeste para o desenvolvimento integrado e numa terceira ação atender cada município que usa ou procura o nosso gabinete para que junto ao Governo do Estado viabilize a liberação de recursos, a exemplo do que tenho feito ao longo da minha vida. O Brasil passou por uma crise sem precedentes e o Paraná fez o ajuste há três, quatro anos. Isso prova que estávamos certos. Espero que nos primeiros meses de 2018 possamos iniciar obras e liberar recursos para os municípios. Apesar de toda crise em nível nacional, o Paraná foi o único Estado do Brasil que segue investindo. Não posso falar só por Marechal Rondon, mas por todos os municípios que represento. Temos obras importantes que podem ser concretizadas no município e que servem para toda a região, como a terceira faixa em Curvado e a concretização do Contorno Oeste. O BPFron (Batalhão de Polícia de Fronteira) está contemplado com o Paraná Mais Seguro, existe recurso de U$S 6 milhões para a construção da nova sede, mas há ajustes a serem feitos no projeto arquitetônico. Espero que isso possa ser concluído até o fim de janeiro, para que em fevereiro o edital de licitação seja colocado na praça e depois possamos começar a obra. Os recursos estão garantidos porque fazem parte do empréstimo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento)”.

As demais personalidades e suas respostas, você confere na edição impressa desta quarta-feira (27).