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Política

Sérgio Moro pede que não haja atos enquanto Lula é interrogado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil

O juiz Sérgio Moro usou a página criada pela esposa para pedir que apoiadores da Operação Lava Jato não compareçam a Curitiba no dia do interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), marcado para quarta-feira (10).

Moro destaca que o apoio da população sempre foi muito importante mas “nesta data ele não é necessário”. O magistrado reforça ainda que o interrogatório é um procedimento que faz parte das investigações e do processo judicial e que nada de extraordinário deve acontecer na data.

Moro justifica seu pedido explicando que a intenção é evitar “confusão e conflitos” e diz não querer que “ninguém se machuque”. O juiz da Lava Jato termina o vídeo pedindo que a população “deixe a Justiça fazer o seu trabalho”.

Esquema de segurança
Curitiba se prepara para o interrogatório do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva na próxima quarta-feira. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná montou um esquema especial para garantir que o depoimento ocorra sem intercorrências e evitar confronto entre manifestantes contrários e favoráveis a Lula. Será a primeira vez que o juiz Sérgio Moro e o ex-presidente ficarão frente a frente no processo da Operação Lava Jato.

Haverá um bloqueio em um raio de 150 metros em torno do prédio, e apenas jornalistas credenciados e moradores da região poderão passar pelos policiais. A Polícia Militar do estado vai cuidar da segurança nas ruas ao redor do prédio da Justiça Federal, que será monitorado pela Polícia Federal.

Acesso restrito
A Direção do Foro suspendeu os prazos processuais e o atendimento ao público no dia do interrogatório. Além disso, segundo decisão da diretora do Foro, a juíza federal Gisele Lemke, também não poderão entrar no prédio magistrados, servidores, estagiários e terceirizados.

“O acesso ao Edifício Manoel de Oliveira Franco Sobrinho [sede Cabral] somente será permitido às pessoas envolvidas com a realização e apoio da audiência, devidamente autorizadas pela Direção do Foro, conforme lista a ser encaminhada à Polícia Militar do Estado do Paraná”, diz o despacho.

Processo
Nesse processo, Lula é acusado de receber propina da empreiteira OAS por meio das reformas de um apartamento tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo, e de um sítio em Atibaia, no interior do Estado. A defesa do ex-presidente nega que ele seja dono dos imóveis.

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