Temer critica Joesley e alega ser vítima do crime perfeito

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Em pronunciamento realizado na tarde de sábado (20), o presidente Michel Temer se defendeu das acusações feitas após a divulgação de gravação de conversa com o executivo da JBS, Joesley Batista.

Em seu primeiro pronunciamento após afirmar na quinta-feira (18) que não renunciará, o presidente falou que após a divulgação da opinião de peritos que dizem que a gravação foi editada, vai pedir a suspensão do inquérito aberto contra ele junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Temer “essa gravação clandestina foi manipulada e adulterada com objetivos nitidamente subterrâneos, incluído no inquérito sem a devida e adequada averiguação levou muitas pessoas pessoas ao engano induzido e trouxe grave crise ao Brasil”.

Temer criticou o fato de Joesley estar livre e morando em Nova York, nos EUA. “Ele não passou nenhum dia na cadeia, não foi preso, não foi julgado, não foi punido. E pelo jeito não será”.

 

 

 

Temer classificou a divulgação do áudio feita por Joesley como “crime perfeito”. O presidente afirmou que o empresário teria especulado com a moeda nacional e comprado um bilhão dólares antes da entrega da gravação “pois sabia que isso provocaria o caos no câmbio”. O presidente disse também que o empresário vendeu as ações da JBS antes da queda da bolsa de valores por saber que os papéis de sua empresa seriam desvalorizados com a divulgação da gravação “A JBS lucrou milhões e milhões de dólares em menos de 24 horas”, completou Temer.

 

O presidente chamou de “pífia” a acusação de corrupção passiva apresentada contra ele e ressaltou que moralizou intituições brasileiras como o Cade, o BNDES e Petrobras “Há quem queira me tirar do governo, para voltar aos tempos em que faziam tudo o que queriam com o dinheiro público e não prestavam contas à ninguém. Quebraram o Brasil e ficaram ricos”.

Temer finalizou seu pronunciamento dizendo “O Brasil não sairá dos trilhos, eu continuarei no governo”.