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IBGE divulga resultados da produção industrial no Paraná; números revelam forte queda no setor

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Impacto da pandemia

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na terça-feira (09) os resultados da produção industrial no Paraná. Os números revelam uma forte queda no setor em abril, quando a crise de Covid-19 já influenciava a atividade no Estado. Na comparação com abril de 2019, houve queda de 30,6%. Estados vizinhos também tiveram diminuição da produção, como Santa Catarina (-30,8%) e Rio Grande do Sul (-35,5%). O indicador nacional, no mesmo período, ficou em -27,2%. Destaque ainda para a queda na atividade em São Paulo (-31,7%). Quando se analisam os números relativos ao acumulado do ano, de janeiro a abril, a queda é bem menor. O Paraná teve retração da atividade industrial em 6,2%. O indicador nacional ficou em -8,2%. Os vizinhos do Sul também registram baixas mais acentuadas. Santa Catarina de -11,8% e Rio Grande do Sul -13,2%.

 

Produção de grãos

A produção nacional de grãos na safra 2019/20 deve atingir recorde de 250,54 milhões de toneladas, ou 8,5 milhões de t (3,5%) a mais do que o colhido em 2018/2019. Em relação ao levantamento passado, de maio, houve queda de 335 mil toneladas na estimativa de produção. Mas o recorde da safra se mantém, resultado de uma área semeada de 65,45 milhões de hectares, com crescimento de 2,3 milhões de hectares (3,6%) sobre a safra passada. Os números fazem parte do nono levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na terça-feira (09). A soja apresenta uma produção recorde de 120,42 milhões de t, 4,7% a mais do que a safra 2018/2019. Já o milho total, somatório da primeira, segunda e terceira safras alcança recorde de 100,99 milhões de t (aumento de 0,9% ante 100,04 milhões de t em 2018/19) com uma área de 18,5 milhões hectares.

 

Trading de soja

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou na segunda-feira (08) que assinou um decreto que prevê a intervenção por 60 dias na trading de cereais Vicentin. Segundo publicação no Twitter oficial do chefe de Estado, será enviado ao Congresso um projeto para desapropriação da companhia. “É uma decisão estratégica para a economia nacional”, afirmou, garantindo que a empresa estava a caminho da falência. “Quero dar tranquilidade a todos os funcionários da empresa, que continuarão em seus empregos, e aos 2,6 mil produtores, que poderão contar com a empresa para vender seus grãos”, afirmou. O presidente disse que todos os ativos farão parte de um fundo fiduciário que será administrado pela YPF Agro.

 

China compra carne

As exportações brasileiras de carne bovina aumentaram 21% em maio, ante igual período do ano passado, impulsionadas pelo avanço nas compras chinesas da proteína, que responderam por mais de 50% do total, disse a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) na segunda-feira (08), com base em dados do governo federal. Considerando o produto in natura e processado, os embarques do país totalizaram 183.018 toneladas no mês passado contra 151.270 toneladas em maio de 2019. Com isso, no acumulado dos primeiros cinco meses do ano houve avanço de 5,42% no volume total de carne bovina exportada, saindo de 695.151 toneladas em 2019 para 732.859 toneladas em 2020, conforme a Abrafrigo. “Em maio, a participação da China nas exportações brasileiras do produto alcançou a 56,5% do total, somando-se as entradas pelo continente (39,3%) e as entradas por Hong Kong (17,2%)”, informou a associação.

(Foto: Divulgação)

 

China parceira da Argentina

Pela primeira vez a China desbancou o Brasil como maior parceiro comercial da Argentina. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística da Argentina (Indec), em abril, o país vizinho exportou US$ 509 milhões para os chineses principalmente em soja e carne bovina, um aumento de 50,6% ante igual mês de 2019. Para o mercado brasileiro, as exportações somaram US$ 387 milhões, queda de 57,3%. Ainda segundo instituto, as importações continuaram favoráveis ao Brasil, mas os chineses encerram o mês com saldo positivo de US$ 98 milhões no comércio bilateral, e o Brasil teve déficit de US$ 132 milhões. No acumulado do quadrimestre, contudo, o Brasil comprou mais que o dobro de produtos argentinos se comparado aos chineses e contabiliza saldo positivo de US$ 75 milhões, enquanto o da China é negativo em R$ 1 bilhão.

 

Setor aéreo no prejuízo

A crise de Covid-19 levará o setor aéreo ao prejuízo anual recorde de US$ 84 bilhões, marcando 2020 como o “pior ano da história da aviação”, afirmou o principal órgão global do setor na terça-feira (09). O tráfego aéreo de passageiros deve aumentar 55% em 2021 em relação ao nível deste ano, enquanto ainda permanece 29% abaixo do nível de 2019, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) em uma previsão atualizada. À medida que a recuperação das viagens aéreas ganha ritmo na Ásia e começa a acontecer na Europa e na América do Norte, as companhias aéreas estão contando o custo de muitas semanas sem operar, com um aumento de dívidas e uma perspectiva reduzida da demanda futura. A Iata previu um impacto de mais US$ 15,8 bilhões nos resultados do setor em 2021 – totalizando cerca de US$ 100 bilhões em perdas – já que a recuperação do tráfego permanece muito aquém dos níveis pré-crise e as companhias aéreas cortam os preços para captar clientes.

 

Fábrica de biodiesel

A JBS começou nesta semana mais um investimento no setor de biodiesel a partir de subproduto animal. A divisão JBS Novos Negócios vai construir uma fábrica em Mafra, Santa Catarina. O investimento é de R$ 180 milhões. A planta terá uma área total de 76 mil metros quadrados, com uma capacidade de produção de cerca de um milhão de litros de biodiesel por dia. Para a sua construção serão gerados cerca de 400 empregos. Assim que finalizada a fase de obras, o que deve acontecer em junho de 2021, a operação deve gerar 100 postos de trabalho diretos e 300 indiretos. O município de Mafra está localizado em uma região estratégica para o setor de biocombustível. Além de contar com uma logística eficiente de embarque e desembarque pelos modais ferroviário e rodoviário, está a 120 quilômetros de distância de Araucária, onde está instalada a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), uma das principais unidades de mistura e distribuição de diesel do país.

 

CNI registra

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou na terça-feira (09) que a redução da demanda de consumo, causada pelo isolamento social, afetou o faturamento das empresas, as horas trabalhadas na produção e a utilização da capacidade instalada da indústria “de forma sem precedentes”. De acordo com a pesquisa Indicadores Industriais do mês de abril, todos esses índices tiveram queda recorde e registram os menores níveis de toda a série histórica, iniciada em 2010. O emprego industrial foi o menor desde 2004. Em março, os três índices já haviam registrado queda. A indústria relata perdas de 23,3% do faturamento, queda de 19,4% nas horas trabalhadas na produção e redução de 2,3% no número de empregados em abril, em relação a março deste ano. A utilização da capacidade instalada caiu 6,6 pontos percentuais em abril se comparado a março e 8,2 pontos percentuais em relação a abril de 2019.

 

Perda de US$ 5 trilhões

A agência de classificação de riscos Fitch Ratings calcula que o portfólio de empresas que acompanha em todo mundo deverá registrar perdas de receita de US$ 5 trilhões em 2020, na comparação com 2019, por conta dos efeitos da pandemia de Covid-19. Em 2021, a situação não deverá melhorar, com perdas previstas de mais US$ 3 trilhões. As projeções foram feitas a partir da avaliação dos analistas que acompanham mais de 80 setores e subsetores pelo mundo. Os números são referentes às empresas acompanhadas pela agência, que respondem por US$ 14 trilhões dos US$ 74 trilhões de dívida emitida. Os cálculos da Fitch apontam que as perdas de receita serão mais intensas em cinco segmentos: óleo e gás, varejo, lazer, transporte e indústria de transformação. Estes setores representam 50% da receita do portfólio de empresas acompanhadas, mas serão responsáveis por 77% das perdas.

 

OCDE vê maior contração

A economia global sofrerá a maior contração em tempos de paz em um século antes de ressurgir no próximo ano da recessão provocada pelo coronavírus, afirmou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na quarta-feira (10). Ao atualizar sua perspectiva, a entidade passou a prever que a economia global vai contrair 6,0% este ano e irá se recuperar com um crescimento de 5,2% em 2021, desde que o surto seja mantido sob controle. Entretanto, a OCDE disse que um cenário igualmente possível de uma segunda onda de contágio este ano pode levar a uma contração econômica global de 7,6%, antes de crescer apenas 2,8% em 2021.

 

Tombo do Brasil

Segundo as estimativas da OCDE, o Brasil deve encolher 7,4% este ano e crescer 4,2% em 2021, mas se houver uma segunda onda de surto a contração pode chegar a 9,1% este ano, com crescimento de 2,4% no próximo. A economia dos Estados Unidos, a maior do mundo, deve contrair 7,3% este ano antes de crescer 4,1% em 2021. No caso de um segundo surto do coronavírus, a recessão norte-americana pode chegar a 8,5% este a ano e a economia cresceria apenas 1,9% em 2021, disse a OCDE. Já a zona do euro caminha para um recuo de 9,1% este ano seguido de crescimento de 6,5% no próximo. Mas a recessão pode chegar a 11,5% em 2020 se houver um segundo surto, com crescimento de 3,5% em 2021.

 

Redação ADI-PR Curitiba

Coluna publicada simultaneamente em 20 jornais e portais associados. Saiba mais em www.adipr.com.br.

 

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