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Editorial

Termômetros da vez

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As pessoas em geral, ao menos a maioria delas, só pensam na vacina contra a Covid-19, ou melhor, quando chegará a hora da “seringada”. Mas, entre vacinas e números, estes também importam. Não só os que apontam a idade da vez, mas, também, os que informam os índices de imunização no país, afinal, eles dão um norte sobre o futuro cenário pós-pandemia tão esperado por todos.

Vacinas e números, atualmente, são termômetros.

O Brasil já aplicou ao menos uma dose em mais de 35 milhões de pessoas, ou 16,5% da população brasileira, conforme aponta a plataforma independente de monitoramento vacinabrasil.org. Isso equivale a mais que o dobro da média mundial de 8,11%, registrada no portal Our World in Data.

No fim das contas, pode até não estar melhor, mas, convenhamos, tem país em situação muito pior. O Brasil soma 8,4% da população imunizada, enquanto a Alemanha, por exemplo, imunizou 8,78%, mesmo tendo começado a vacinar quase um mês antes.

No Paraná, segundo o Vacinômetro da Secretaria da Saúde, até a tarde ontem (10) 2.991.539 vacinas foram aplicadas no Estado. Destas, 1.935.399 referem-se à primeira dose e 1.056.140 à segunda aplicação.

Atualmente, o Estado avança na imunização de grávidas e puérperas, trabalhadores da segurança, salvamento e Forças Armadas, pessoas com comorbidades e pessoas com deficiência permanente.

Marechal Cândido Rondon, por sinal, organizou um novo cronograma de vacinação que entra em vigor hoje (11), tendo como público-alvo portadores de Síndrome de Down, grávidas e puérperas com comorbidades, todos acima de 18 anos. Já amanhã (12) a imunização será destinada para pessoas com comorbidade ou deficiência física permanente, de 55 a 59 anos. Nesta nova etapa, todavia, há um detalhe: para receber a vacina é necessária uma declaração médica.

Ontem, autoridades do município se esforçaram em divulgar e explicar a necessidade de apresentar esse documento para ser imunizado. Esperamos que ele não sirva como um desestimulante para as pessoas. É um esforço a mais a ser feito, mas não custa correr atrás. Basta se dirigir às unidades básicas de saúde, hospitais e/ou clínicas médicas particulares para ter acesso a essa declaração.

O processo será um pouco mais burocrático, ou seja, mais lento. Então, não custa uma boa dose de paciência e maior compreensão.

Paralelo a isso, segue a vacinação contra a Covid-19 para pessoas de 60 anos ou mais, primeira dose, e para todas aquelas que já podem tomar a segunda dose.

Ainda, inicia hoje a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, desta vez tendo como público-alvo pessoas de 60 anos ou mais e professores.

A campanha de vacinação da gripe traz muitas dúvidas para os grupos que também estão recebendo a imunização contra a Covid-19. Por isso, pede-se atenção e precaução. É necessário um intervalo mínimo de 14 dias entre uma imunização e outra.

É importante que além da vacinação da Covid as pessoas não esqueçam da imunização contra a gripe, uma vez que esta se tornou ainda mais importante no atual cenário, considerando que a vacina deixa o sistema imunológico protegido contra cepas do vírus influenza, milhares de vezes mais comuns que o coronavírus.

Vale lembrar, claro, que a vacina da gripe não diminui o risco de contágio por coronavírus. Contudo, ao proteger a população mais vulnerável, evita que a influenza sobrecarregue o sistema respiratório e resulte em complicações em quem está enfraquecido por uma doença ou carrega outros agentes infecciosos no corpo.

Entre números e vacinas, fique de olho neles e não esqueça delas!

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