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Arno Kunzler

Constrangimento

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A presença do presidente Jair Bolsonaro no milionário evento de posse do novo presidente e vice do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não intimidou os oradores e nem eles se abstiveram do tema “urna eletrônica”.

Tanto o corregedor-geral eleitoral como o novo presidente do TSE arrancaram aplausos dos dois mil convidados presentes no evento quando reafirmaram confiança na urna eletrônica.

Bolsonaro não reagiu e não aplaudiu.

Com cara de poucos amigos, cumpriu as formalidades do evento com civilidade, cumprimentou os novos dirigentes e, visivelmente constrangido, retirou-se.

Os olhares do Brasil estavam todos em Bolsonaro, ainda que o epicentro da solenidade fosse a posse de Alexandre de Moraes na presidência do TSE.

Sem fazer uso da palavra, o presidente ouviu discursos eloquentes em favor da urna eletrônica e manifestações de confiança no sistema eleitoral brasileiro.

A prestigiada solenidade se contrapôs ao evento promovido pelo presidente com embaixadores há poucas semanas, quando fez duras críticas e mais uma vez levantou suspeitas sobre a confiabilidade da urna eletrônica.

Não é provável que o assunto esteja encerrado, mas o começo da campanha exige outro comportamento dos candidatos.

Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul

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