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Editorial

Adelante

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Começamos o ano com muitas expectativas positivas, afinal, 2020 prometia muita coisa boa. Tinha tudo para ser excepcional. O otimismo era geral.

Retomada da economia e dos empregos, conclusão de mandatos, muitos deles com significativas obras a serem iniciadas e/ou concluídas, a iniciativa privada empolgada, investimentos aparecendo de todos os lados…

De repente, num piscar de olhos, os ventos mudaram e os rumos também. Nem o cidadão mais pessimista poderia imaginar que chegaríamos em abril com muitos “baldes de água fria”.

Em poucas semanas, os cenários são outros e hoje, por mais otimista que se busque ser, é difícil acreditar em crescimento econômico, em obras a todo vapor, em oferta abundante de empregos, em investimentos expressivos…

Não precisa ser especialista para visualizar as dificuldades que os brasileiros terão pela frente, por muitos e muitos meses.

Os efeitos da pandemia do novo coronavírus, infelizmente, ainda darão muito o que falar.

Nos governos, assim como muitas autoridades já declararam, o orçamento será revisto. Muitos recursos terão que ser redirecionados. Os governos estadual e federal, este principalmente, terão que rever muitos projetos e empregar verbas que antes seriam usadas em tantas outras iniciativas para socorrer os mais necessitados, os empresários, os microempresários, os autônomos e tantos outros profissionais. Dar suporte, inclusive, para os desempregados. Sim, porque o desemprego inevitavelmente vai aumentar.

Se bobear, passarão os próximos anos “tapando furos”, “buracos” e se reinventando, tamanho o desafio que terão pela frente.

Os empresários, ao menos a maior parte deles, terão que se virar nos 30 para se recompor e manter suas equipes, achar soluções e buscar estratégias para ver o dinheiro entrar no caixa de seus empreendimentos, uma vez que as vendas não seguirão a todo vapor, como em outros tempos, considerando que o medo do desemprego fez as famílias direcionarem seus gastos para produtos básicos de alimentação e higiene pessoal e “fecharem as mãos”.

Alguns setores não sentirão tanto os reflexos da “crise do coronavirus”, já outros serão mais duramente castigados. Outros, é verdade, sequer sentirão, principalmente os ligados à venda de alimentos e medicamentos.

Os cenários, de qualquer forma, de qualquer ângulo que se olhe, são desanimadores.

Em nossa região, soma-se a isso, a agricultura, que é a base da economia da maior parte dos municípios, apesar de ter vindo de uma supersafra, com uma colheita de encher os olhos e produtividade recorde, terá dificuldades pela frente. Mal se pôde comemorar os bons índices do verão e a estiagem prolongada, histórica, diga-se de passagem, já começa a dar as caras, apontando perdas para a safrinha de inverno.

No Oeste do Paraná, aproximadamente 50% das lavouras cultivadas com milho podem estar comprometidas devido à falta de chuva expressiva dos últimos meses.

É uma das piores estiagens vividas pelo Estado, com chuvas abaixo da média histórica entre os meses de junho de 2019 a março de 2020 em cidades de todas as regiões, com uma redução média na precipitação de 33% nos municípios.

Não está fácil; ou melhor: 2020 promete mesmo ser um ano difícil, de imensas dificuldades.

Mas, diante de tanta coisa ruim, diante de tanta previsão negativa, é possível virar a página. Já diziam os grandes pensadores: no meio da dificuldade encontra-se a oportunidade.

E é fato, o pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade.

Trazer isso para a prática, para a realidade, não é fácil. Claro que não é. Contudo, se analisarmos a fundo, a maioria das coisas que queremos para nós ou projetamos para nossas vidas não são fáceis de serem alcançadas. O caminho sempre tem obstáculos, e muitos. Ainda assim, se quisermos chegar lá, teremos que seguir caminhando.

Mais do que nunca, agora, é preciso motivação e persistência para tocar o barco, afinal, como muito se falou por esses dias, estamos na mesma tempestade, mas não no mesmo barco.

É tempo de canalizar energias positivas e focar para cada um, dentro do seu barco, encontrar alternativas.

Quem seguir se lamentando vai patinar. Quem correr atrás do prejuízo vai avançar.

Adelante! Os passos precisam ser para frente…

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