Feliz ano novo. Calma! Não se trata da chegada de 2018,mas do novo ano agrícola que se inicia no Brasil.O vazio sanitário terminou no domingo (10) em quase todo o Brasil,e a soja deve voltar a povoar os campos de Norte a Sul do país para a safra 2017/18. A expectativa é que a oleaginosa seja o produto com maior rentabilidade para o produtor rural, por isso ela está bem cotada e vai ser a vedete da safra de verão no Brasil, assim como em anos anteriores. É o que revela o estudo “Perspectivas para a Agropecuária, Safra 2017/2018”, divulgado semana passada pela Companhia Nacional de Abastecimento(Conab).
De acordo com o levantamento, feito anualmente, o cenário é positivo também para outras culturas, como algodão, arroz, feijão, carnes e lácteos. É uma boa notícia para o Brasil, que viu no último ano a agropecuária sustentar o Produto Interno Bruto, segurar as exportações e sustentar um superávit comercial. Com uma economia ainda fragilizada, crescendo muito timidamente, mais de 13 milhões de desempregados e pouca atração para investimentos, seria catastrófico para o Brasil enfrentar dificuldades nos setores agrícola e pecuário no “ano que se inicia”. Por isso mesmo cabem as preces e votos de felicidade para os produtores rurais na safra 2017/18.
O clima deve colaborar, segundo as previsões mundiais, os preços tendem a permanecer mais estáveis, mas a produção do campo deve cair em relação às duas últimas safras – verão e inverno. Não por algum efeito adverso, mas no “ano que acabou” a colheita superou todas as expectativas e ficou muito acima da média. Mesmo assim, lideranças projetam um bom desempenho na produção das fazendas.
A produção de suínos, bovinos para corte, aves, leite e ovos também deve ganhar mais alguns dígitos. A lenta retomada do mercado interno, fragilizado pela queda de renda das famílias, e os recordes em exportações conquistados mês a mês fornecem ingredientes para o bolo não embatumar. A grande oferta mundial de milho, principal insumo para a pecuária, deixou o grão mais barato, estabilizando os custos de produção até o fim do ano, podendo estender-se até o primeiro semestre de 2018.
O que se espera agora é que o céu contribua com uma boa chuva para que os produtores brasileiros comecem o plantio em suas áreas. Muitas regiões, a exemplo de Marechal Cândido Rondon, estão secas e precisam de precipitações para que a soja – o milho ou outro grão – seja implantada com segurança, ou ao menos com o menor risco possível. Portanto, as preces para “o ano que se inicia” são mais do que bem-vindas.
O agronegócio brasileiro provável e possivelmente vai iniciar mais um ciclo de competência e sucesso no Brasil. O setor que tem contribuído para a manutenção dos empregos e da renda nas pequenas e nas grandes cidades, para o balanço econômico nacional, dá largada para mais uma corrida na busca por resultados que não somente garantem certa estabilidade ao Brasil, mas comida à mesa da população brasileira e mundial. Que seja um ano farto!
