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Editorial

O agronegócio além dos alimentos

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O agronegócio é um dos setores que mais tem se desenvolvido nos últimos anos. Hoje já existem muitas fazendas aplicando alta tecnologia em seus procedimentos. Outras transformam o que antes era um passivo ambiental em energia renovável, como é o caso do projeto de biogás da Linha Ajuricaba, em Marechal Cândido Rondon. Amanhã (24), em Entre Rios do Oeste, uma nova e inédita iniciativa será inaugurada para revolucionar mais uma vez esse setor que não se cansa de causar boas impressões.

A inauguração da Minicentral Termelétrica de Biogás é resultado de um projeto de três anos de trabalho das instituições parceiras. O “Arranjo técnico e comercial de geração distribuída de energia elétrica a partir do biogás de biomassa residual da suinocultura em propriedades rurais do município de Entre Rios do Oeste” vai dar a 18 produtores de 40 mil suínos a solução para a destinação dos dejetos provenientes da atividade. Juntos, os animais produzem 215 toneladas de dejetos por dia. A partir desses resíduos os suinocultores passarão a produzir e vender energia elétrica.

Nas propriedades há um biodigestor, ligado pela tubulação até a minicentral. O biogás vai ser comprado pela prefeitura, que vai pagar aos produtores e usar a energia elétrica resultante para abastecer prédios públicos e a própria iluminação das ruas. A ideia é diminuir os custos com energia em até 30%. Além da geração de energia, os produtores vão usar o biofertilizante resultante em suas lavouras.

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Copel Geração e Transmissão, Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e o Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás (CIBiogás) estão envolvidos, demonstrando a força do projeto e o envolvimento de tantas instituições com o agronegócio. O governador Ratinho Junior vai estar presente na inauguração, marcada para as 10 horas.

Hoje (23) o governador participa de mais um evento que mostra as novas tecnologias e maneiras de produzir do agronegócio brasileiro. Em Cascavel, ele vai conhecer a granja que implantou projeto pioneiro de produção de ovos no Brasil, no sistema de criação de galinha livre de gaiolas.

São dois exemplos claros de que para o agronegócio brasileiro não há limites. As novas tecnologias, as tendências de mercado, a responsabilidade social e ambiental, os novos jeitos de consumir e as tecnologias cada vez mais disruptivas estão transformando ligeiramente a realidade do campo. Tratores autônomos e drones pulverizadores vão ser realidade (barata) em poucos anos. A mão de obra será cada vez menos necessária, porém terá de ser mais técnica, possivelmente aumentando a renda de quem permanecer no meio rural.

O “Arranjo técnico e comercial de geração distribuída de energia elétrica a partir do biogás de biomassa residual da suinocultura em propriedades rurais do município de Entre Rios do Oeste” pode revolucionar a suinocultura em todo o país. Certamente esse maravilhoso projeto vai servir de base para muitos outros que virão. É uma conquista que deve ser valorizada, mas, sobretudo, replicada para tantos outros municípios dedicados à produção de proteína animal no Brasil. O agronegócio é muito mais que alimentos.

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