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Editorial

Sobra de empregos prejudica

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Diferente de muitas regiões do país, o Oeste do Paraná tem gerado muitas oportunidades para quem quer trabalhar. Em vários municípios, geralmente sobram vagas e faltam trabalhadores qualificados para preenchê-las. Ou mesmo faltam interessados, já que se interessar por uma vaga pode, inclusive, acabar com recebimentos de programas sociais, como o Auxílio Brasil. O problema, além dos desempregados que não conseguem preencher a demanda das indústrias, comércios e prestadores de serviços, é que as vagas ociosas impedem que as empresas cresçam, se desenvolvam.

Se uma linha de produção deixa de funcionar por falta de empregados, se no balcão do comércio faltam vendedores, se um serviço deixa de ser entregue no dia por falta de tempo é sinal de que aquela atividade econômica poderia ter melhores resultados, poderia crescer, mas esbarra na falta de trabalhadores. Sem trabalhadores não há avanço na produção, não há crescimento na produtividade.

E não são poucas as vagas ociosas. As regionais de Toledo e Cascavel lideram, ao lado da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), a oferta de emprego por meio da Agência do Trabalhador. Somente ontem (06), por exemplo, a RMC iniciou a semana com 1.816 vagas abertas, enquanto a Regional de Toledo estava com 1.785 e a de Cascavel com 1.212. E engana-se quem pensa que a demanda por mão de obra é exclusiva das grandes indústrias. Até mesmo pequenos comércios enfrentam dificuldade em preencher as vagas abertas.

Essa conta que não fecha e os caminhos para reduzir essa diferença serão tema de um evento que o Programa Oeste em Desenvolvimento (POD) promove em 21 de julho: o 1º Fórum Estratégico sobre a Empregabilidade no Oeste do Paraná. Os principais atores ligados ao setor econômico devem dar suas contribuições, como a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e demais instituições de ensino, Ministério Público, Ministério do Trabalho e Previdência, Ministério da Cidadania, Sistema S e o Sine. O objetivo não é dar solução ao problema, mas unir esforços para que seja possível tomar alguns direcionamentos que melhorem e atraiam mais as pessoas para preencher estas vagas.

Em alguns municípios da região indústrias planejam a ampliação das linhas de produção e precisarão de mais trabalhadores, como é o caso da Frimesa, que vai inaugurar seu novo abatedouro em Assis Chateaubriand no dia 13 de dezembro. Desta forma, prefeituras já preveem que precisarão investir a médio e longo prazos para ampliar a oferta de serviços públicos, como nas áreas de saúde, educação e infraestrutura. Se uma coisa não sai como o planejado, o próprio planejamento dos municípios pode ficar comprometido.

Realização de cursos técnicos, cursos rápidos de qualificação, novas legislações que atraiam os trabalhadores, incentivos de qualquer ordem. É necessário encarar o problema, mas também encontrar caminhos para solucionar essa conta que não fecha. Trata-se não apenas dos trabalhadores, mas da viabilidade de expansão dos negócios e do crescimento econômico das empresas e do Brasil.

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