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Pitoco Mercado “imobilionário”

Cascavel ergue 70 edifícios e mais de três mil construções simultaneamente

Setor movimenta neste momento mais de R$ 1,2 bilhão em obras

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(Foto: Divulgação)

Embora a construção civil venha enfrentando um cenário econômico adverso com os juros elevados e a inflação galopante de materiais, o segmento parece não ter acusado o golpe ainda, pelo menos em Cascavel.

O mais recente relatório emitido pelo Instituto de Planejamento de Cascavel (IPC), esta semana, traz números superlativos. São mais de 3,2 mil construções em andamento simultaneamente. São 228 mil metros quadrados em execução.

Deste montante, destaque para uma nova onda de verticalização. Segundo estimativa do empresário do setor, Sergio Casarotto, há cerca de 70 edifícios em construção.
Somente a empresa dele, a Wust & Casarotto (com parceiros), está erguendo dez prédios.

Dá para agregar nesta conta o megaprojeto de 96 mil metros quadrados que irá prover duas torres na região do Centro Cívico, na frente do JL Shopping, totalizando 324 mil metros.

Os investidores aqui são Edson Vasconcelos e Jadir Saraiva de Rezende, de Cascavel, em parceria com o investidor Marcio Marcon, de Foz do Iguaçu. A área de dez mil metros quadrados foi adquirida junto ao espólio do médico Edo Peixoto, falecido este ano.

Bilhões e bilhões

Com o Custo Unitário Único (CUB) – índice utilizado para aferir quanto gasta para construir um metro quadrado – rondando os R$ 3,5 mil, é possível chegar ao valor total investido pela construção civil na cidade neste momento: mais de R$ 1,1 bilhão.

Esse montante todo é apenas para pôr a obra em pé. Difícil quantificar quanto mais se pode agregar de dinheiro aqui com a cadeia completa da construção e os respectivos “recheios” das unidades habitacionais, comerciais e industriais.

Vasconcellos, dirigente da Fiep e ativo no Sinduscon-Oeste, estima que somente a mão de obra diretamente envolvida esteja em torno de sete mil trabalhadores. Na cadeia toda, pode-se multiplicar esse número.

Quantificar a cadeia da construção civil é um desafio matemático e tanto para gente tão habituada a contas complexas como os engenheiros. “Os primeiros números que vem à cabeça são edifícios e obras residenciais, mas a cidade é muito mais que isso”, diz o presidente do Sinduscon, Ricardo Lora.

A própria empresa que ele administra é um exemplo desta capilaridade. Neste momento são 12 obras de diversas matizes, comercial, industrial, logística, hospitalar e educacional, entre outras. “A nossa expectativa é de um crescimento da Bastian e Lora da ordem de 50% para 2023”, disse.

Se acrescentar nesta conta a primeira etapa das dezenas de prédios da dupla Francisco Simeão e Luiz Bonacin (Ecoparque) e novos loteamentos gigantescos, como da Bella Casa e Okada, teremos outros bilhões concretados.

É assim, de bilhão em bilhão que a cobra enche o papo.

Na foto de Nery Cardoso, o “espigão” que acolhe a maioria dos edifícios e evidencia uma segunda onda de verticalização

Triunvirato de asas

Com a chegada da Latam, as três principais companhias aéreas passam a operar em Cascavel

Quando o Airbus A319 da Latam com capacidade para 140 passageiros aterrissou no Aeroporto de Cascavel com 113 poltronas ocupadas na terça-feira (12), o time estava completo. Agora as três principais companhias aéreas brasileiras operam no município.

Quando a velha estação, que lembrava uma rodoviária do interior, atendia com o nome aeródromo, os aparelhos eram majoritariamente ATRs. Agora as três gigantes operam com jatos: Embraer da Azul, Boeing da Gol e Airbus da Latam.

Aline Mafra, diretora de Vendas e Marketing da Latam Brasil, disse que a chegada a Cascavel reforça um momento de expansão da empresa em todo o país.

“Temos mais pessoas dispostas a voar e conseguimos uma melhor eficiência operacional. Por isso, estamos sendo capazes de ampliar a nossa malha aérea e fazer com que Cascavel, tão importante para o agronegócio brasileiro, possa finalmente entrar no nosso mapa de destinos”, declarou.

Concessão

Chegando aos 20 mil passageiros no mês de junho último, o Aeroporto de Cascavel passa a atrair olhares de investidores.

O prefeito Leonaldo Paranhos estima que em 12 meses a prefeitura já poderá abrir processo licitatório para conceder o aeródromo à iniciativa privada.

A gestão, neste momento, está por conta de técnicos da Transitar, sob supervisão da Infraero. Paranhos ambiciona agregar um terminal de cargas. Para tanto, aguarda certificação e homologação da Infraero.

Segundo ele, foi suado para trazer o último do triunvirato de grandes companhias. “Realizei 11 reuniões em São Paulo com a diretoria da Latam e finalmente vemos hoje o voo inaugural com o batismo da aeronave”, disse o prefeito.

Programação

A partir de São Paulo/Guarulhos os voos decolam todos os dias às 14h40, com 1h45 de duração. Já a partir de Cascavel, os voos decolam às 16h55, com duração de 1h35.

Os voos são operados com aeronaves Airbus A319, que possuem capacidade para 140 passageiros (oito em classe Premium Economy e 132 em Economy). As passagens estão disponíveis em latam.com e demais canais de vendas.

Batismo da aeronave no Aeroporto de Cascavel: time completo (Foto: Divulgação)

Por Jairo Eduardo. Ele é jornalista, editor do Pitoco e assina essa coluna semanalmente no Jornal O Presente

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