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Quem é o cascavelense?

Censo trabalha com projeções de uma instituição respeitável, o IBGE; porém a Justiça Eleitoral é quem detém os dados mais atualizados neste momento; conheça aqui o perfil médio relativo do cascavelense adulto

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Você vive há muitos anos em Cascavel e ao adentrar um restaurante percebe desconhecer absolutamente todos os comensais.

Certamente já vivenciou isso. E há razões bem objetivas para tal. Do último Censo, em 2010, até a presente data, a cidade ganhou 50 mil novos moradores. Em outras palavras, é como se a população inteira de Marechal Cândido Rondon tivesse estabelecido moradia aqui.

Na ausência do Censo – que somente agora foi a campo novamente -, os números que acabam de ser divulgados pela Justiça Eleitoral podem embasar tomadas de decisões importantes em municípios como Cascavel em diversas áreas, inclusive na economia.
Mas é preciso trabalhar com algumas variáveis. Vamos a uma delas: a população brasileira estimada pelo IBGE é hoje de 214,9 milhões de almas. O eleitorado atualizado pelo TSE este mês é de 156,4 milhões (73% do total da população).

Se aplicar esse índice – o eleitorado equivale a 73% da população – aos 233 mil eleitores que a Justiça Eleitoral cadastrou aqui, Cascavel teria hoje 320 mil habitantes. No entanto, a projeção do IBGE para 2022 é de 336 mil cascavelenses.

Essa diferença de 16 mil almas só poderá ficar esclarecida quando o exército de mais de 180 mil recenseadores do IBGE concluírem seu trabalho, cujos primeiros números serão divulgados ao crepúsculo de 2022.

Mas quem é o cascavelense médio a partir do maior dado de bases disponíveis até o momento, o cadastramento atualizado pela Justiça Eleitoral este ano?

O cascavelense adulto típico é mais solteiro que casado. É mais mulher que homem. É mais meia idade que jovem ou idoso. O cascavelense médio estudou até o ensino médio.
Uma curiosidade no recorte por gênero que tanto quem está escolhendo uma área do comércio para atuar como quem está prospectando votos nas eleições de outubro precisa levar em conta: a força quantitativa das mulheres da adolescência até a terceira idade.

Em janeiro de 1997, na sua edição de estreia, o Pitoco trazia uma informação pitoresco em um título “zoado”: “Está faltando mulher em Cascavel!”.

A reportagem mostrava que o Censo daquela época apontava 3,8 mil mulheres a mais que homens na cidade. Pois bem, esta distância se alargou, se não percentualmente, pelo menos no aspecto numérico: agora são 125,1 mil mulheres contra 108,6 mil eleitores do sexo masculino.

Por grau de instrução, o maior contingente está no ensino médio completo: 70,6 mil eleitores. No patamar “lê e escreve”, temos 6,2 mil cascavelenses. Na outra ponta, com ensino superior completo, são 41,2 mil.

No quadro mais deprimente da estatística, triste constatar que na cidade polo universitário, com estrutura invejável na educação, a 3ª cidade do Brasil, como diz a propaganda, conviva com 3 mil analfabetos.

A faixa etária mais numerosa é aquela que ostenta os cabelos prateados pelo luar do tempo, a turma das melenas tordilhas. Os eleitores cascavelenses entre 45 e 59 anos de idade somam mais de 60 mil indivíduos.

Esse é o perfil que vai às urnas em outubro e às compras sempre que as condições permitem. Importante para os postulantes a cargo eletivo entenderem essas equações. Importante também para todos que precisem vender um produto ou um serviço.

Mulher, ensino médio, moradora da periferia, faixa etária entre 45 e 59 anos. Esse é o perfil médio relativo do cascavelense, segundo a Justiça Eleitoral.

Por Jairo Eduardo. Ele é jornalista, editor do Pitoco e assina essa coluna semanalmente no Jornal O Presente

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