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Política Nova Pádua

Cidade da serra gaúcha é o município mais pró-Bolsonaro do Brasil

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Percentual de votos válidos de Jair Bolsonaro em Nova Pádua é o melhor desempenho proporcional do candidato do PSL no Estado e no Brasil (Foto: Reprodução)

 

Na serra gaúcha, à beira de um vale rasgado pelo Rio das Antas, está a cidade mais pró-Bolsonaro do país. Em Nova Pádua, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) alcançou 82,75% dos votos válidos no primeiro turno, deixando Fernando Haddad (PT) com 4,48%, ou 86 votos entre os 2,5 mil habitantes. Nova Pádua é, também, a cidade em que Aécio Neves (PSDB) teve a maior aprovação (88%) nas eleições de 2014, na disputa em segundo turno contra a petista Dilma Rousseff.

Esses resultados jogam luz sobre o antipetismo que domina o município governado atualmente pelo PSDB. Nos 26 anos de história, os tucanos ocuparam a cadeira de prefeito, vice ou estiveram na chapa eleita em 18 deles, coligados com siglas como MDB, PP ou ambas. No pleito de 2016, o prefeito, Ronaldo Boniatti (PSDB), sequer teve adversário. A candidatura única refletiu também no Legislativo, já que todos os vereadores são de sua coligação.

No município com 92% da população de descendentes italianos, o PT jamais chegou ao poder. Tentou por duas eleições na primeira década dos anos 2000, mas foi barrado nas urnas até que o diretório municipal do partido deixasse de existir, menos de oito anos após sua fundação. Todos esses fatores, acrescidos ao fato de os líderes partidários locais não terem se posicionado a favor de seus candidatos à Presidência, impulsionaram o alto índice de votos a Bolsonaro, acredita o prefeito. “Os maiores partidos daqui abriram para seus filiados votarem no Bolsonaro tranquilamente. Não houve orientação, mas, sim, uma liberação”, esclareceu Boniatti.

Aversão a políticas assistencialistas, conservadorismo da população e o boca a boca também são levados em conta pelo prefeito para justificar a preferência à extrema-direita. Houve uma onda, influenciada pelas pesquisas, que arregimentou mais eleitores, sugere. “Pelo cenário que estava se esboçando, imaginávamos que seria uma votação alta. Com as pesquisas, tivemos certeza que quem não votaria em Bolsonaro, faria a migração”, pontuou.

Representante do PDT no município, Guido Baggio é hoje o nome forte da sigla de oposição à prefeitura. Para ele, a busca pelo novo na esfera nacional impulsionou a votação no militar.

 

Com Agência RBS

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