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Greve zera estoques de empresas em Marechal Rondon

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Giuliano De Luca/OP

Empresa de gás fechou as portas após seis dias sem ter o produto para vender

A greve dos caminhoneiros tem afetado diversos setores da economia e tem interferido diretamente na vida dos brasileiros, especialmente pelo desabastecimento de produtos em lojas, supermercados e postos de combustíveis de todo o país. Os protestos que atingiram pelo menos nove Estados do Brasil perderam força, mas os reflexos da paralisação da categoria, que bloqueou a maior parte das principais rodovias brasileiras, ontem (03) se concentrava em poucos municípios, especialmente no Rio Grande do Sul. Apesar do enfraquecimento do movimento grevista, os impactos na economia e no cotidiano das pessoas ainda são observados.

O empresário Eldir Livi tem uma revendedora de gás de cozinha na Vila Gaúcha, em Marechal Cândido Rondon. Ontem era o sexto dia que ele não comercializava um único botijão. O motivo era a falta do produto. Estou desde o dia 25 de fevereiro sem gás. Por conta da greve dos caminhoneiros o caminhão (com o produto) não chega até nós, revendedores, destaca. O jeito foi fechar as portas do comércio durante boa parte do dia.

Livi calcula que deixou de vender entre 120 e 150 botijões. O prejuízo é grande, especialmente porque no fim de fevereiro eu estava vendendo bem, entre 35 a 40 botijões por dia, destaca.

O empresário explica que os prejuízos vão além da redução nas vendas e podem afetar até mesmo a carteira de clientes. Tem muito cliente que, por eu não ter o gás, vai no concorrente. Agora vou ter que ir atrás desse cliente para reconquistá-lo, explica.

Na tarde de ontem o empresário conseguiu comprar 11 botijões de um empresário parceiro no ramo, mas com preço R$ 5 acima do valor praticado no mercado (leia box sobre aumento nos preços). Infelizmente vou ter que repassar esse valor para o cliente, não posso arcar com mais prejuízos do que já tive nos últimos dias, argumenta.

À noite, a expectativa era para que seu depósito recebesse 50 botijões, mas a carga é suficiente para pouco tempo. Tem um caminhão que vai chegar hoje (ontem) às 20 horas e vou poder oferecer o gás de novo. Mas espero que tudo se normalize o mais rápido possível para não ficar mais sem gás para oferecer, pondera.

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