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Estudantes decidem hoje se desocupam escolas para o Enem

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O movimento Ocupa Paraná faz a partir das 8h de hoje em Curitiba uma assembleia estadual com representantes de ocupações de todo o Estado no C.E. Loureiro Fernandes, no Juvevê.

A reunião deve definir as desocupações em mais de 100 colégios para a realização do Enem no início do mês que vem e pode dar novos rumos para o movimento em si, abalado com a morte de um estudante na segunda-feira.

Ontem, durante pronunciamento em que lamentaram a morte do jovem, líderes da Upes (União Paranaense do Estudantes) falaram em levar pautas ao governo do Estado, em vez de pedir a simples retirada da medida provisória do governo federal sobre a reforma do ensino médio.

Acreditamos que o governo do Estado deva aguardar o resultado da assembleia de amanhã [hoje] e acate as pautas que serão levantadas para que possamos dar fim a este impasse, disse o presidente Matheus dos Santos.

Em crescimento diário durante três semanas, desde o dia 3 deste mês, o movimento Ocupa Paraná perdeu for- ça nos últimos dias. Na sexta-feira passada, eram 850 colégios ocupados, mais de 40% do total de 2,1 mil, segundo balanço do grupo o último divulgado.

Ontem, de acordo com a Seed (Secretaria de Estado da Educação), eram 752 escolas ocupadas, número 11,5% menor que semana passada. Na segunda-feira, antes mesmo da morte do adolescente no C.E. Santa Felicidade, o número informado pela Seed era de 792. Um dos colégios desocupados no fim de semana foi o C.E. São Braz, em Curitiba, que voltou às atividades normais anteontem.

Depois da tragédia, outros 40 colégios foram desocupados incluindo o Santa Felicidade entre saídas voluntárias e outras forçadas por decisões judiciais favoráveis ao Estado

Entre os colégios desocupados por reintegração de posse estão pelo menos três em Ponta Grossa, onde a Justiça deu 21 liminares. As notificações aconteceram ontem e seguem hoje (os estudantes têm 24h para cumprir a decisão).

Ontem, a PGE (Procuradoria-Geral do Estado reforçou o apelo ao Poder Judiciário para que determine a imediata reintegração de escolas ocupadas. Fere o direito da maioria que deseja trabalhar e estudar, declarou o procurador-geral do Estado, Paulo Sérgio Rosso.

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