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Agronegócio Reta final de plantio

Implantação da safra 2022/23 segue na Regional de Toledo com boas expectativas

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(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

As chuvas que encerraram o inverno deste ano contribuíram para a implantação da safra 2022/23. Nos campos, os agricultores aproveitam os dias de sol para acelerar o plantio da soja e do milho de verão. A expectativa é de recuperar os prejuízos impactados pela seca que castigou as lavouras no início deste ano.

Na Regional de Toledo, os dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), apontam que o andamento das culturas do milho e da soja seguem a normalidade e o plantio deve finalizar ainda nesta semana.

O técnico do Deral, Paulo Oliva, comenta que para a safra 2022/22, a área do milho é de 3.500 hectares com uma projeção de colher 30.625 toneladas. Atualmente, o milho está 86% implantado na Regional de Toledo; 30% está em fase de germinação e 70% na fase de desenvolvimento vegetativo.

Ele cita que na safra anterior (2021/22) a área era maior, de 4.707 hectares. Contudo, os fatores climáticos impactaram nos resultados e a área colhida foi de 3.642 hectares com uma produção de 10.124 toneladas. “Naquele momento tivemos uma perda de 76% por conta da seca. Foi a pior safra dos últimos 20 anos na região Oeste”, cita.

Oliva complementa que as chuvas registradas nas últimas semanas são importantes para a implantação da safra de verão. “Tivemos alguns momentos em que o produtor teve que interromper o plantio em virtude das chuvas, mas agora os trabalhos estão em andamento”.

Soja

Em relação à soja, Oliva pontua que na safra 2022/23 o grão terá uma área de 489.700 hectares e uma projeção de produtividade de 1.836.000 toneladas. Cerca de 65% da cultura está implantada. “Essa expectativa de produtividade é feita dentro de uma condição normal de clima para o bom desenvolvimento das lavouras”.

No período anterior (2021/22), a área inicial da soja foi de 488.745 hectares, mas foram colhidos 467.338 hectares, com uma produção de 325.393 toneladas, uma quebra de 82%, resultado do período de seca que atingiu a região.

Clima

Boa parte dos impactos registrados na agricultura são influência do fenômeno La Niña que altera o regime de chuvas em todo o planeta, afetando diversas culturas. O evento climático acaba favorecendo as estiagens em importantes regiões produtoras de grãos do mundo, como o Sul do Brasil, a Argentina e os Estados Unidos, provocando perdas de produtividade e até quebra de safra.

O técnico do Deral comenta que a expectativa para esse novo período agrícola é de que o La Niña provoque poucos impactos nas lavouras. “As expectativas que o La Niña tenha um impacto menor e que as chuvas aconteçam em meados de outubro, novembro e dezembro para contribuir no desenvolvimento da safra. Infelizmente, essa realidade não aconteceu no ano passado quando ficamos mais de 70 dias sem chuva, o que gerou muitos prejuízos na lavoura. A nossa região foi que a mais perdeu em nível de estado”, menciona Oliva.

Em todo o Paraná, a quebra da safra de milho no período 2021/22 foi de 5% enquanto que a soja foi de 39%. Na região Oeste, no mesmo período, o registrado foi de 76% de quebra na safra do milho e 82% na safra da soja. “O impacto na região Oeste foi bem severo. A expectativa dos produtores é realizar uma boa safra neste novo período”, finaliza Oliva.

Com Jornal do Oeste

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