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Brasil 642 atos irregulares

Lava Jato apresenta nova denúncia contra executivos por lavagem de mais de R$ 1 bilhão

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A força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) na Operação Lava Jato, no Paraná, denunciou Walter Faria por supostos 642 atos de lavagem de dinheiro, que teriam sido praticados em conjunto com outras 22 pessoas vinculadas ao grupo Petrópolis, ao Antígua Overseas Bank e ao Departamento de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht.

Em valores correntes, o esquema teria movimentado o equivalente a R$ 1.104.970.401,16, que teriam sido lavados em favor da Odebrecht, entre 2006 e 2014.

A denúncia é fruto da 62ª fase da Lava Jato, deflagrada em 31 de julho, que apurou o envolvimento de executivos do grupo Petrópolis na lavagem de dinheiro desviado de contratos públicos, especialmente da Petrobras, pela Odebrecht.
Conforme apontam as provas colhidas na investigação, Faria, proprietário do grupo Petrópolis, teria atuado em larga escala na lavagem de ativos e desempenhado substancial papel como grande operador do pagamento de propinas, principalmente relacionadas a desvios de recursos públicos da Petrobras.

Segundo o procurador da República Antonio Diniz, “o volume e sofisticação do esquema de lavagem de dinheiro não tem precedentes, mesmo na Lava Jato. Embora em volume os montantes sejam comparáveis, talvez, aos casos envolvendo os maiores operadores, como Adir Assad e Alberto Youssef, neste caso foram utilizadas várias técnicas de lavagem, dentre as quais se destaca a chamada commingling, que é a mistura de recursos ilícitos à atividade lícita de uma empresa e que deixa ainda mais difícil a descoberta e comprovação dos crimes”.

 

Apoio de mais de 80% da população
Segundo o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador do grupo, o trabalho ainda está expandindo, neste e em outros casos. “Neste ano, esta é a 29ª denúncia na Lava Jato paranaense. Há um aumento de 35% da produtividade em relação ao maior número anual de denúncias anterior na Lava Jato, de 21 denúncias. Essa atuação só é possível em virtude da manutenção da força de trabalho da operação, de servidores e procuradores. É um trabalho institucional que, como o Datafolha revelou hoje, mais de 80% da população quer que continue”, declarou.

(Ministério Público Federal no Paraná)

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