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No reino de Brasília

Monarquia gera custos para o Reino Unido, mas realeza traz dinheiro com turismo e exposição internacional. Nossos príncipes brasileiros trazem o quê?

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Na semana em que o reinado de Elizabeth conhece seu crepúsculo, volta ao debate se vale manter o sistema assim ou se a monarquia está em xeque no Reino Unido.

Os favoráveis à monarquia argumentam que o turismo atraído pela Coroa compensa os elevados custos de manter a vida de luxo da turma de sangue azul.

E nossos aristocratas do principado de Brasília, da cúpula do Legislativo, do Judiciário e do Executivo, valem o que ganham?

Deputados e senadores são tratados como lordes, como reis sem coroa. Há quase 30 mil funcionários à disposição deles no Congresso Nacional. Se fosse uma cidade, teria mais gente que 79% dos municípios brasileiros.

O empreguismo se replica também nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais. Presidentes e governadores habitam suntuosos palácios cercados de serviçais.

Há “príncipes” ali com anos sem tocar em uma maçaneta, já que sobram assessores bem pagos para abrir as portas e puxar o trono para a majestade sentar-se.

A conta é essa: 20 assessores para cada deputado em Brasília e um médico para cada 20 pacientes internados nas UTIs do país. Está certa essa equação?

Sua alteza Elizabeth trazia turistas e dinheiro. E sua baixeza, o congressista gastador brasileiro que vive no luxo e na mordomia, traz o quê?

O pagador de impostos não é súdito. É cidadão brasileiro, e como tal deve ser respeitado! 

Por Jairo Eduardo. Ele é jornalista, editor do Pitoco e assina essa coluna semanalmente no Jornal O Presente

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