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Etíope desbanca bicampeão na São Silvestre; jovem queniana também vence

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Foto: Reprodução

 

A Corrida Internacional de São Silvestre chegou à 94ª edição nesta segunda-feira (31). Dominada por africanos, a prova de rua mais tradicional do país segue sendo um dos maiores desafios para os corredores brasileiros, que não cruzam a linha de chegada na capital paulista em primeiro lugar desde 2010, quando Marilson Gomes dos Santos ficou com o título no masculino.

“Hoje em dia temos um grupo muito grande de africanos indo para a prova. Não sei se antigamente era assim também, não tenho esses dados. Têm vindo caras muito bons, nós temos caras bons também, mas há uma diferença e vamos procurar tirar essa diferença esse ano”, disse Ederson Vilela, que foi o melhor atleta brasileiro da última São Silvestre ao chegar em 12º lugar.

Na categoria feminina o jejum de vitórias de uma atleta da casa é ainda maior. A última vez que uma mulher brasileira venceu a São Silvestre acontece há mais de 11 anos. Em 2006, Lucélia Peres completou os 15km em 51min24s e acabou conquistando a medalha de ouro. No ano passado, a melhor anfitriã foi Joziane Cardoso, que cruzou a linha de chegada em décimo lugar e está bastante esperançosa por um resultado ainda melhor em 2018.

“Os africanos são bons, privilegiados por terem nascido em um lugar fantástico, treinando a dois, três mil metros de altura. Esse convívio com a altitude, para eles, é normal. Para nós, brasileiros, temos que sair daqui e treinar em outro lugar. Sem contar a genética. Nós temos o futebol, e eles nasceram para correr. Mas, não é impossível, podemos brigar, sim, com eles”, afirmou Joziane.

Quem aparenta a mesma confiança é Andreia Hassel. A atleta do Esporte Clube Pinheiros venceu a Maratona Internacional de São Paulo neste ano e chegou em 20º na Maratona de Frankfurt. Apesar da força dos quenianos e etíopes, a brasileira não abre mão de sonhar ao menos por um lugar no pódio.

“Sempre a São Silvestre é algo grandioso, né? Acho que para todo brasileiro a esperança de subir no pódio é muito grande. Estamos trabalhando bastante para que isso aconteça, mas sabemos que as estrangeiras são muito fortes. De qualquer maneira, os brasileiros também estão fortes”, completou.

A Corrida Internacional de São Silvestre aconteceu nesta segunda-feira, a partir das 08h20 (de Brasília) com a categoria cadeirantes. Às 08h40, as mulheres entraram em ação. Já às 09 horas foi a vez dos homens iniciarem a disputa pelo título da prova de rua mais tradicional do Brasil.

 

Com Terra

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