Técnico da Copagril Futsal diz que desafio é resgatar a alegria de jogar

O novo treinador Fernando Malafaia assumiu na última terça-feira (14) o comando da Copagril/Sempre Vida/Sicredi/Marechal Cândido Rondon, sendo que no período da manhã conduziu o primeiro treino com os atletas. Em entrevista ao O Presente, ele destacou que uma das coisas com que menos se preocupa diz respeito às fases dos times. “Procuro perceber se há ou não capacidade e tenho certeza absoluta de que há capacidade. Não é pelo investimento, pois isso não fica ligado a ter êxito, uma vez que o investimento só faz chegar longe se tiver ações inteligentes”, destacou à reportagem.

Malafaia passa a treinar a equipe em um momento de crise, após a demissão do então técnico Paulinho Cardoso, do ala-esquerda Xande e do preparador físico Raphael Martins. Além disso, até quinta-feira (16) o time figurava em 6º lugar no Campeonato Paranaense de Futsal Série Ouro, com 17 pontos em nove jogos, e em 16º na Liga Nacional, com três pontos em quatro partidas.

Apesar disso, o novo técnico afirma enxergar uma equipe de qualidade. “Temos atletas com a comprovação das suas competências, o que vamos fazer é exatamente alavancar, porque essa mesma equipe no início do ano estava muito bem, então algo aconteceu e a sabemos que o esporte é dessa forma. Quando desconecta um pedaço da história, o rendimento cai e a insegurança se instala, portanto hoje existe insegurança e o meu trabalho é estimular os atletas, para depois começar a dar a minha dinâmica de trabalho e o conceito do meu trabalho e a partir daí tudo vai fluir. Nós não teremos nova fase ruim, a fase a partir de agora é boa, podem ter certeza”, garante.

COMPETITIVIDADE

Malafaia, que saiu da Assoeva, de Venâncio Aires (RS), após cinco anos e meio de trabalho, avisa que fará à frente da Copagril Futsal o que sempre desempenhou nas equipes pelas quais passou. “Estava bem empregado há cinco anos e meio, fiquei lisonjeado com o convite e vim para cá com projeção de carreira, o que não tem como ser diferente quando o trabalho envolve a luta pelo título”, enaltece, acrescentando: “Nós temos hoje uma missão: a primeira é encorajar os atletas e a segunda é entrar nos trilhos em uma Liga Nacional que certamente é a mais competitiva do mundo. Primeiro devemos pensar na classificação, porque a partir daí as coisas vão acontecer. No Paranaense vamos chegar à fase decisiva porque o mata-mata é uma nova competição e temos tempo hábil para isso”.

 

 

 

O principal desafio, segundo ele, é fazer os jogadores renderem o que não rendiam. “Existem suposições do porquê dessa falta de rendimento, mas eles sabem jogar, possuem eficiência comprovada aqui e em outras equipes. Depois dessa etapa vamos começar a montar os nossos objetivos com a meta de chegar à final da Liga Nacional. Neste momento primeiro devemos estabelecer o reencontro da alegria de jogar, da satisfação ofertada ao nosso torcedor, à comunidade, para daí sim caminhar para frente”, menciona, emendando: “Só vai caminhar para frente quando unir três elos: trabalho diário, da preparação entre comissão técnica e atletas; elo entre equipe e direção; e o elo com a comunidade. A partir desse resgate nós vamos longe”.

 

CLÁSSICO

A estreia do técnico da Copagril Futsal está marcada para esta segunda-feira (20), às 19 horas, no Ney Braga, quando acontecerá o clássico entre a equipe rondonense e o Muffatão/Sicredi/Cascavel. No passado ambos os times protagonizaram grandes clássicos, um deles a decisão do Paranaense no ano de 2013, quando a Copagril Futsal conquistou o segundo título. “Não penso especificamente neste jogo, mas naquilo que mais necessito, que é fazer os atletas jogarem e terem capacidade de desenvolver o que eles sabem. Estou estudando o Cascavel, evidente que conheço a equipe, mas o mais importante hoje é eu ler e estudar as ações da equipe que treino, dos meus atletas. Os porquês têm explicações, mas venho para resolver esta questão, até porque todo problema tem solução. Aliás, para mim não existe problema, quando chega é solução”, avisa.

AVALIAÇÃO

Ao ser perguntado se há previsão de contratar reforços, o técnico se limitou a dizer que não vai interferir nas decisões da diretoria e que a princípio acredita não haver necessidade de contratar outro jogador.

Em relação ao primeiro contato enquanto treinador, Malafaia destacou como pontos positivos se tratar de jogadores velozes, que gostam do jogo do enfrentamento. “Eles fazem transição de defesa tática com muita qualidade, conjugam posse vertical na referência lá na frente com qualidade e com alas passando, que é exatamente o meu perfil de trabalho”, salienta.

O técnico comenta que gosta de atletas que enfrentam o jogo. “Gosto daqueles que não têm receio, jogam para frente e têm defesa evidentemente boa. Quando você tem esse tipo de atitude, deve ter no mesmo grau atitude para defender, porque um jogo não se vence só atacando, se vence atacando e defendendo. Enquanto técnico eu preciso equacionar esta situação. Vi muitas coisas boas, é uma equipe aguerrida, como é o meu perfil”, conclui o treinador.

O Presente