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Geral Por que é melhor?

5G vem aí: saiba mais sobre essa nova tecnologia; rondonenses opinam

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(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O leilão do 5G promovido na semana passada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para investidores interessados em explorar a nova tecnologia no país foi o maior desde o do pré-sal e focou no desenvolvimento do setor e em aspectos estruturais do Brasil.

O leilão movimentou R$ 47,2 bilhões, valor abaixo do esperado pela Anatel, que inicialmente projetou R$ 49,7 bilhões.

De acordo com o edital, as empresas vencedoras precisam ofertar o serviço em todas as Capitais do país e no Distrito Federal até julho de 2022, mas isso não significa que essas cidades oferecerão a frequência em todos os lugares.

Segundo o edital, o prazo de implantação em todas as cidades do Brasil com mais de 30 mil habitantes é julho de 2029.

Alguns lotes da faixa de 26GHz não atraíram interessados. Um lote nacional da faixa de 3,5GHz e um lote regional da faixa de 2,3GHz também não receberam lances, o que ajuda a explicar o valor abaixo da expectativa da Anatel. A agência não informou o número exato de lotes desertos. Os lotes que sobraram poderão ser reeditados em um novo leilão.

Na ocasião, foram oferecidos no leilão lotes em quatro faixas de frequência: 700 MHz (megahertz), 2,3 GHz (gigahertz), 3,5 GHz e 26 GHz.

O leilão movimentou R$ 7,4 bilhões em outorga, no entanto, isso não significa que todo esse valor vai para os cofres do governo federal. O valor total de ágio, ou seja, o que foi pago pelas vencedoras acima do preço mínimo de cada lote, foi de R$ 5 bilhões, mas o edital prevê que parte desse valor seja transformado em novos compromissos de investimento.

A garantia do Tesouro Nacional até o momento é de receber, pelo menos, R$ 2,4 bilhões pelo leilão do 5G. A forma com que o ágio será distribuído deve ser discutida hoje (09).

 

Quem arrematou

Das 15 empresas credenciadas a participar do leilão, 11 arremataram algum lote e cinco delas – TIM, Claro, Vivo, Algar Telecom e Sercomtel – já possuem autorização para prestar o serviço móvel no país.

As empresas Winity (Fundo Pátria), Cloud2U, Consórcio 5G Sul (Copel Telecom e Unifique), Brisanet, Neko (Surf Telecom) e FlyLink não possuíam autorização para prestação de serviço móvel a pessoas, portanto, são consideradas estreantes no mercado.

As operadoras Claro, Vivo e TIM arremataram os três lotes da faixa de 3,5 GHz, considerada a principal do leilão, e terão que fornecer o serviço em municípios com mais de 30 mil habitantes. Juntas, as empresas pagaram R$ 1,109 bilhão para levar os lotes nacionais. O prazo de direito de exploração será de até 20 anos. Exclusiva para a tecnologia 5G, a faixa de 3,5 GHz permite a transmissão de dados em altíssima velocidade e abrange, principalmente, o setor varejista e industrial nas áreas urbanas.

A TIM arrematou dois lotes nacionais de frequência 3,5 GHz, por um total de 100MHz, somando uma oferta de preço total de cerca R$ 431 milhões, o que representa um ágio de 7%. A posição dos blocos arrematados permitirá acordos de compartilhamento com atores nacionais e regionais.

 

Pioneirismo

O CEO da TIM, Pietro Labriola, ressalta o pioneirismo da operadora na tecnologia 4G e as parcerias e testes que colocam a companhia na vanguarda da implementação da próxima geração de redes móveis no país. “Chegamos ao final de um percurso que iniciamos há dois anos com os testes do 5G. Mas, ao mesmo tempo, começamos uma nova jornada, que revolucionará as experiências das pessoas em um mundo cada vez mais digital”, ressalta.

De acordo com Labriola, a TIM é a operadora que mais trabalhou para trazer a próxima geração de redes móveis ao país. “E estamos prontos para, como sempre, liderar a entrega da nova tecnologia tanto para o consumidor final quanto para a indústria, assim como fizemos com o 4G, que já está em mais de 4,3 mil municípios e chegará a todas as cidades do Brasil até 2023”, salienta.

A TIM arrematou também os lotes regionais da faixa 26 GHz com autorizações de dez e 20 anos de exploração na região Sul, além de Estados em outras regiões do país. A contrapartida nessa faixa é levar internet de qualidade às escolas de educação básica do Brasil.

O Consórcio 5G Sul arrematou o lote C6 da faixa 3,5 GHz e deverá ofertar a tecnologia 5G em cidades de até 30 mil habitantes na região Sul e instalar cabos de fibra óptica em cidades que não contam com essa infraestrutura. A empresa saiu vencedora ao propor uma outorga de R$ 73,6 milhões, com ágio de 1.454,74%.

O Consórcio 5G Sul é formado pela Unifique, operadora de Santa Catarina, e a União Copel, do Paraná, que agora entram no rol de novas operadoras de serviços móveis do país.

As empresas vencedoras dos lotes nacionais serão obrigadas a migrar o sinal da TV parabólica para liberar a faixa de 3,5GHz para o 5G, arcando com os custos; construir uma rede privativa de comunicação para a administração federal; instalar rede de fibra óptica, via fluvial, na região amazônica; levar fibra óptica para o interior do país e disponibilizar o 5G em todas as Capitais até julho de 2022.

Os compromissos de investimento foram definidos pelo Ministério das Comunicações e aprovados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Anatel. O objetivo das contrapartidas é sanar as deficiências de infraestrutura, modernizar as tecnologias de redes e massificar o acesso a serviços de telecomunicações do país.

CEO da TIM, Pietro Labriola: “Sempre falamos que queríamos entregar aos clientes o 5G de verdade e não o 5G do marketing. E é o que faremos” (Foto: Divulgação/TIM) 

 

Infraestrutura

O 5G deverá exigir a instalação de muitas outras antenas além das já existentes para entregar todo o seu potencial. Essa é uma preocupação das empresas, uma vez que as regras para instalação dos equipamentos são definidas pelos municípios.

No entanto, a cobertura pode acontecer até mesmo antes do tempo previsto pela Anatel, de acordo com a demanda dos consumidores e a competição do mercado.

A agência prevê que serão instaladas mais estações rádio base (ERB) – ou antenas – nas cidades, com o passar do tempo, o que garantirá cobertura de sinal 5G.

 

Equipamentos caros

De acordo com Diego Lang, supervisor geral da Opção Telecom, os equipamentos de transmissões são extremamente caros e para cada torre de transmissão deverá ter equipamentos 5G para transmitir o sinal. “Para se ter uma ideia, uma torre terá um custo aproximado de R$ 4,5 milhões. Para uma cidade, por exemplo, como Marechal Rondon (perímetro urbano), estamos falando de quatro a oito torres para cobertura de 100%”, expôs ao O Presente.

Segundo ele, o padrão adotado pelas operadoras é substituir gradativamente as tecnologias, ou seja, se hoje nos grandes centros é 4.5G e será implantado o 5G, a tendência é ir para o interior o 4.5G. “Assim foi feito nas outras tecnologias 2G para 3G e 3G para 4G. Acredito que será dessa forma, iniciando nos grandes centros e depois de certo tempo virá para o interior do país”, menciona.

Supervisor geral da Opção Telecom, Diego Lang: “As operadoras vão necessitar de alguns bilhões para iniciar as implantações. Além disso, precisam pensar em como não gargalar devido ao uso simultâneo de grande concentração” (Foto: Divulgação)

 

Quando inicia?

A oferta da tecnologia acontecerá de forma gradativa e as empresas vencedoras do leilão precisam começar a ofertar o serviço nas Capitais e no Distrito Federal antes de 31 de julho de 2022.

Os demais municípios deverão seguir o cronograma de implantação que prevê que todas as cidades brasileiras possuam o serviço até 2029.

Na opinião do supervisor geral da Opção Telecom, devido aos grandes desafios de infraestrutura o total amadurecimento da tecnologia 5G não deve acontecer em curto prazo. “Acredito que é uma tecnologia que ficará madura em 15 anos, no mínimo. Mas, sem dúvida, o 5G virá e virá para ficar. Precisamos aprender a interagir com essa nova tecnologia, onde equipamentos estarão interligados a uma grande rede virtualizada”, enfatiza Lang.

De acordo com especialistas, 5G permitirá que mais de um milhão de aparelhos se conectem por metro quadrado (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

Cronograma previsto pela Anatel

31 de julho de 2022: Capitais e Distrito Federal tendo uma ERB* a cada 100 mil habitantes

31 de julho de 2023: Capitais e Distrito Federal tendo uma ERB a cada 50 mil habitantes

31 de julho de 2024: Capitais e Distrito Federal tendo uma ERB a cada 30 mil habitantes

31 de julho de 2025: Capitais e Distrito Federal e cidades com mais de 500 mil habitantes tendo uma ERB a cada 10 mil habitantes

31 de julho de 2026: cidades com mais de 200 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes

31 de julho de 2027: cidades com mais de 100 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes

31 de julho de 2028: pelo menos 50% das cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes

31 de julho de 2029: todas as cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes

*ERB: estação rádio base (antena)

 

Saiba mais sobre 5G

A quinta geração de internet móvel é uma evolução da conexão 4G e tem sinal mais estável do que a atual tecnologia; é mais rápida e com tempo menor de resposta. A promessa é de que o 5G trará velocidade ultrarrápida para baixar e enviar arquivos, reduzirá o tempo de resposta entre diferentes dispositivos e tornará as conexões mais estáveis.

Essa evolução da rede vai permitir conectar muitos objetos à internet ao mesmo tempo: celular, carro, semáforo e relógio. Tudo isso já pode ser ligado ao 4G, mas é esperada uma melhoria na conexão.

 

4G x 5G

Segundo um relatório da consultoria OpenSignal de maio de 2021, a média da velocidade 4G no Brasil entre as quatro maiores operadoras é de 17,1 megabits por segundo (Mbps). O número pode variar conforme a região, a prestadora do serviço e até mesmo o horário de acesso à rede.

Uma conexão 4G com excelente performance chega próximo de 100 Mbps, enquanto que o 5G pode chegar à velocidade entre 1 e 10 gigabits por segundo (Gbps), uma diferença de 100 vezes a mais em relação ao 4G. No entanto, nem sempre o 5G deverá atingir a máxima velocidade, mas, mesmo assim, a melhora deve ser significativa.

 

Por que o 5G é melhor?

O usuário da tecnologia 5G perceberá a diferença quando precisar baixar vídeos da internet. Hoje, com o 4G para baixar um vídeo com 25 gigabits (Gbps), com uma velocidade de 100 megabits por segundo (Mbps), o tempo é de aproximadamente 35 minutos. Com a nova tecnologia esse mesmo conteúdo poderá ser baixado em 21 segundos, com velocidade de 10 Gbps.

O tempo de resposta do 5G é mais ágil entre dispositivos. Com a atual tecnologia esse tempo varia entre 50 e 70 milissegundos, enquanto que com o 5G esse tempo é de 1 a 5 milissegundos. Ou seja, o tempo que uma informação leva para percorrer a rede será reduzido em dez vezes.

Segundo o analista de sistemas rondonense Sidenei Steinbach Filho, a melhor estabilidade e velocidade na conexão com a internet deve ampliar muito os serviços no setor de sistemas de informação. “No segmento de plataforma para lojas virtuais, com maior velocidade na conexão de clientes móveis, a taxa de conversão nas lojas aumenta”, exemplifica.

Além de melhorar muito a velocidade, o 5G também promete baixa latência, ou seja, um tempo mínimo de resposta entre um aparelho e os servidores de internet, o chamado “delay” que acontece em ligações em vídeo, quando é preciso esperar uns segundos até que a pessoa do outro lado veja e ouça o que é falado.

Além da velocidade muito maior e baixa latência, Steinbach destaca a quantidade de usuários conectados ao mesmo tempo por metro quadrado. “Será muito maior no 5G, passando de dez mil dispositivos por quilômetros quadrado para um milhão. Com tantos dispositivos conectados, a rede 4G fica lenta e no 5G isso deve melhorar”, menciona.

De acordo com o supervisor geral da Opção Telecom, Diego Lang, um dos principais pontos é saber se o 5G realmente proporcionará que mais usuários utilizem a rede móvel do que a atual tecnologia, pois esse, segundo ele, é um dos gargalos atualmente. “Talvez as operadoras necessitem tirar os olhares para as velocidades e criar soluções em que haja mais concentração de ações simultâneas. Satisfazendo esse item, sem dúvidas o 5G fará uma diferença enorme para os usuários”, afirma.

 

O que será possível fazer?

Segundo especialistas, as melhorias na velocidade, no tempo de resposta e confiabilidade na rede deverão abrir uma série de aplicações.

Tecnologias empregadas em países que já possuem 5G como os carros autônomos, telemedicina e a chamada “indústria 4.0” com toda a linha de produção automatizada devem avançar no Brasil. Outro exemplo é as cirurgias feitas de forma remota que serão mais confiáveis quando a rede oferecer um tempo de resposta mínimo.

Os próprios smartphones devem passar por transformação, uma vez que o 5G possibilitará altas velocidades, permitindo que muito do processamento de tarefas deixe de acontecer no chip do celular e passe a ser na nuvem, pegando emprestado a potência dos computadores. O mesmo pode acontecer com acessórios médicos, como pulseiras e relógios conectados.

As experiências de jogos on-line e videochamadas devem ser aprimoradas e se tornar mais claras e as transmissões de vídeo ao vivo devem travar menos e perder sinal em meio a uma multidão não deve mais acontecer.

 

Vai ser mais caro?

Geralmente as operadoras não oferecem acesso exclusivo a um tipo de tecnologia de rede, mas cobram pela franquia de dados utilizada.

No entanto, as operadoras ainda não definiram se haverá reajustes nos preços de pacotes de dados, pois ainda levará meses até que a tecnologia esteja disponível.

De início, o acesso ao 5G deve ser mais restrito por conta da cobertura menor, centrada primeiro nas Capitais, e a compatibilidade de poucos celulares, que atualmente são os mais caros do mercado.

O supervisor geral da Opção Telecom acredita que o preço a ser pago pela tecnologia 5G será compatível com as melhorias que ela trará. “Não é uma tecnologia barata. É igual a um carro elétrico, é bacana mas ainda não dá para comprar por inúmeras situações. 5G é o futuro, precisa começar, mas vai anos até o usuário conseguir usufruir a um preço popular”, destaca.

 

Como fica o 4G?

As tecnologias de conexão 4G, 3G e 2G não deixarão de funcionar, e os celulares atuais continuarão funcionando nessas redes.

 

E a internet fixa?

A tecnologia 5G não vai substituir a internet fixa. A tendência é que a rede móvel sirva como um complemento, embora o 5G seja muito potente e prometa velocidades maiores até do que as que temos em casa.
Para conectar lâmpadas, aspiradores de pó, geladeiras, entre dezenas de outras coisas, o wi-fi ainda será a ponte para a internet.

Para o 5G oferecer a velocidade é preciso também chegar com a fibra óptica na antena. Segundo especialistas, a internet fixa vai melhorar independente do 5G e a necessidade de se instalar mais cabos de fibra óptica nas cidades pode acelerar toda a infraestrutura.

Analista de sistemas Sidenei Steinbach Filho: “Torcemos para que a chegada do 5G seja breve, pois a tecnologia é ótima e melhora muito a conexão, mas devemos ser realistas, usando como comparação como foi com o 4G” (Foto: Divulgação)

 

Celulares compatíveis

A conexão de internet móvel 5G começará a ser implantada no Brasil a partir de 2022, mas para utilizar o serviço é preciso que o smartphone seja compatível com a tecnologia.

A maioria dos modelos compatíveis com o 5G vendidos no Brasil são considerados de ponta, portanto, têm custo mais elevado, enquanto que os modelos mais em conta custam a partir de R$ 1.799.

Veja a lista com os modelos à venda no Brasil:

Apple

• iPhone 12 mini: R$ 5.129

• iPhone 12: R$ 5.849

• iPhone 13 mini: R$ 5.939

• iPhone 13: R$ 6.839

• iPhone 13 Pro: R$ 8.549

• iPhone 13 Pro Max: R$ 9.449

Os modelos iPhone 12 Pro e 12 Pro Max também são compatíveis com o 5G, mas deixaram de ser vendidos no Brasil com a chegada da nova linha.

 

Samsung

• Galaxy A32 5G: R$ 1.799

• Galaxy A52s 5G: R$ 2.519

• Galaxy M52 5G: R$ 2.159

• Galaxy Note20 5G: R$ 4.499

• Galaxy Note20 Ultra 5G: R$ 5.999

• Galaxy S21 5G: R$ 4.049

• Galaxy S21+ 5G: R$ 5.039

• Galaxy S21 Ultra 5G: R$ 7.199

• Galaxy Z Flip3 5G: R$ 6.299

• Galaxy Z Fold2 5G: R$ 12.599

• Galaxy Z Fold3 5G: R$ 11.519

A empresa disponibiliza ainda o modelo Galaxy A52 5G, mas ele não está listado em sua loja oficial, apenas no varejo.

 

Motorola

• Moto g 50 5G: R$ 1.799

• Moto g 100 5G: R$ 3.229

• Motorola edge 20: R$ 3.599

• Motorola edge 20 lite: R$ 2.699

• Motorola edge 20 pro: R$ 4.499

Os modelos moto g 5G, motorola edge, motorola edge+ também são compatíveis com o 5G, mas não estão listados na loja oficial da fabricante, apenas no varejo.

 

Xiaomi

• Mi 10T: R$ 5.703 m

• Mi 10T Pro: R$ 6.715

• Mi 11: R$ 9.199

• POCO F3: R$ 5.887

• POCO M3 Pro: R$ 2.759

• Redmi Note 10 5G: R$ 2.699

• Xiaomi 11 Lite 5G NE: R$ 3.679

 

Realme

• Realme 7 5G: R$ 2.599

• Realme 8 5G: R$ 2.299

• Realme GT Master Edition: R$ 3.699

 

Asus

• ROG Phone 5: R$ 5.399

• ROG Phone 5s: R$ 5.849

• ROG Phone 5s R$ 11.699

(os preços são para pagamento à vista e foram retirados dos sites oficiais das fabricantes em 04 de novembro de 2021)

 

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