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Geral Marechal Rondon

Cojem realiza Dia D Feirão do Imposto sábado

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Presidente do Cojem, Mairus Gruber, e a coordenadora da ação, Bruna dos Santos, em visita ao O Presente (Foto: Joni Lang/OP)

Desenvolvido em âmbito nacional, o Dia D Feirão do Imposto será realizado neste sábado (09), às 09 horas, na Rotatória da Bandeira, em Marechal Cândido Rondon, numa iniciativa do Conselho do Jovem Empreendedor (Cojem) – ligado à Associação Comercial e Empresarial (Acimacar) -, com apoio do Observatório Social e da JCI.

Em visita ao Jornal O Presente, a coordenadora e o presidente do Cojem, Bruna Thais dos Santos e Mairus Gruber, enalteceram a proposta do projeto, iniciado há alguns anos em Joinville, Santa Catarina, mas que, devido à sua relevância, tomou corpo e se expandiu a todo território brasileiro através da Confederação de Jovens Empreendedores.

De acordo com a coordenadora do projeto em Marechal Rondon, Bruna, o objetivo é alertar que neste ano a população brasileira trabalhará 154 dias apenas para pagar impostos, ou seja, de 1º de janeiro a 03 de junho. A data de 19 de maio foi escolhida como dia de mobilização nacional. “Os brasileiros trabalham 154 dias para pagar impostos, só a partir daí é que começam a lucrar, por este motivo temos a intenção de conscientizar as pessoas sobre isso”, expõe.

Segundo ela, a equipe do Cojem está trabalhando há alguns meses no projeto, que neste ano conta com várias ações, como palestras em escolas, cujos detalhes estão sendo finalizados, e o Dia da Beleza, agendado para as 18 horas de amanhã (16), na Acimacar. “Nesta semana também haverá palestras em colégios com apresentação de números de impostos arrecadados em vários níveis, destacando a importância da boa aplicação dos recursos”, salienta.

Dia D

Com a intenção de chamar a atenção de comerciantes, funcionários e cidadãos em geral, haverá um ato com entrega de cadeados para o fechamento simbólico do comércio, no sábado (19), sendo que às 11 horas os empresários poderão “reabrir” os seus estabelecimentos.

Conforme Bruna, isso ocorrerá porque estudos revelam que do horário de abertura de uma empresa até as 11 horas elas trabalham exclusivamente para pagar impostos. “Nesse horário os empresários reabrirão os seus comércios e quem quiser poderá registrar com fotos e vídeos. Esta é mais uma forma de alertar as pessoas”, menciona a rondonense, lembrando que o Cojem busca viabilizar uma parceria com um posto de combustível para o abastecimento de gasolina sem imposto, com quantidade, horário e ação a serem confirmadas. “Teve um ano que foi possibilitado, através de sorteio, que uma pessoa adquirisse uma motocicleta livre da incidência de impostos”, acrescenta Bruna.

Números

O presidente do Cojem salienta que os números arrecadados até o dia de ontem (14) impressionam. “Em todo Brasil foram pagos R$ 884 bilhões em impostos até as 15 horas de ontem, sendo R$ 48 bilhões no Paraná, representando uma arrecadação de 5,5% em nível nacional, e em Marechal eram R$ 13 milhões em alguns tipos de impostos”, revela.

Conforme ele, além de conscientizar a população, o Dia D Feirão do Imposto também acontece com a finalidade de levar as pessoas a refletirem que os impostos arrecadados devem ser investidos de forma que se revertam em benefícios a toda sociedade. Por outro lado, Gruber diz que a ideia da entrega dos cadeados é trazer o comerciante para a frente do estabelecimento, simbolizando que as 11 horas a empresa está livre do pagamento de impostos. “Queremos causar estranheza aos funcionários, no sentido de porquê os empresários fazerem isso. A partir daí a gente vai conseguir conscientizar não só os empresários, como também a população, pois terá entrega de panfletos explicativos”, salienta, emendando que será citado no que tantos recursos financeiros podem ser investidos.

Pague 2, Leve 1

Com vistas à baixa proporção de retorno do imposto pago, o Cojem utiliza o slogan trienal Pague 2, Leve 1. “A grande questão não é apenas quanto a gente paga e sim o retorno que esse imposto tem, não só em se considerando a corrupção na política, mas o problema na gestão que causa atrasos, necessidade de reestruturar projetos e com isso aumenta os custos. Há obras paradas em muitos locais, município, Estado e no Brasil. Têm obras feitas simplesmente para um dia e que depois não são mais usadas, como os elefantes brancos da Copa do Mundo e das Olimpíadas e que não foram revertidos em prol da sociedade. Trata-se de um dinheiro aplicado de maneira irresponsável e que hoje a população não consegue usufruir. Por isso o Pague 2, Leve 1. A gente paga os impostos, mas o que recebe não é de acordo com o que se paga. A gente paga por uma educação que não tem, segurança e saúde que não existem”, enfatiza.

Gruber ressalta que em 2017 o slogan Pague 2, Leve 1 foi utilizado com o intuito de refletir sobre a “mão grande”, tendo como alvo a corrupção. “Neste ano o tema é a ineficácia no uso e na gestão. Em 2019 haverá o fechamento desses três anos, sendo que a partir de então serão tomadas atitudes práticas”, enaltece.

Segundo ele, devido ao impacto positivo da mobilização, o Feirão do Imposto já trouxe conquistas à sociedade, como, por exemplo, o Imposto na Nota e a isenção de alguns impostos de produtos da cesta básica. “No próximo ano acontecerá o fechamento desta etapa para depois buscar retorno prático que não seja apenas mediante a conscientização”, conclui.

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