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Comunistas injetam milhões de dólares em Cascavel; cidade exporta mais de R$ 1,4 bilhão a 50 países de janeiro a agosto

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Chinesas desfilam na celebração dos 70 anos da ditadura comunista: cliente para ser recebido no mais sofisticado convescote do Show Rural Coopavel (Foto: Divulgação)

Praticamente um em cada três dólares que entraram em Cascavel pelas exportações do município entre janeiro e agosto deste ano veio da nova superpotência mundial, a China.

No período, as exportações do município de Cascavel renderam US$ 343,9 milhões, o equivalente a R$ 1,4 bilhão, crescimento de expressivos 45,19% em comparação com igual período do ano passado.

O curioso é o perfil dos clientes do agronegócio conservador e anticomunista de Cascavel. Eles são majoritariamente vermelhos. Além da ditadura chinesa, destino de 31% das exportações cascavelenses, Cuba é um relevante cliente do agrochapeludo local.

O aqui enxovalhado regime castrista injetou R$ 28,5 milhões na economia cascavelense, ao passo que o idolatrado grande irmão do Norte, os Estados Unidos, representam apenas 0,3% da pauta de exportação da cidade.

Mais de 50 países recebem produtos “made in Cascavel”. Nossos melhores clientes, pela ordem, são China, Arábia Saudita, Paraguai, Alemanha e Uruguai.

Os vermelhos da Ásia, cuja revolução comunista completou 70 anos neste fim de semana com direito a um desfile militar que impressionou e fez tremer o planeta, comprou nas prateleiras do agronegócio cascavelense R$ 434 milhões.

Em outras palavras, o camarada Xi Jinping mandou para cá R$ 1,8 milhão por dia. É cliente para ser recebido no mais sofisticado convescote do Show Rural Coopavel, ou nos salões elegantes do Tuiuti com tapete vermelho e tilintar de taças finas.

Talvez em razão do pragmatismo com o bom cliente dos olhos puxados é que não se viu por aqui manifestações de gente com a camiseta da CBF em frente à Catedral contra a violenta opressão dos chineses, que – “armados” com guarda-chuvas -, imploram por democracia em Hong Kong.

 

NO AZUL

A pauta de exportações de Cascavel é bem previsível, com destaque para o setor de carnes, aves, suínos e bovinos à frente. Setenta por cento da exportação está na proteína animal.

No período estudado o município importou o equivalente a US$ 139,9 milhões. Pesa neste número a importação de adubo. Se fôssemos um país, o saldo da balança comercial seria superavitária em US$ 204 milhões.

No ranking dos municípios paranaenses que mais exportam Cascavel ocupa até aqui a 8ª posição. Toledo é a 7ª, ligeiramente à nossa frente.

As exportações do Paraná como um todo (que além produtos básicos também incluem produtos manufaturados e semimanufaturados) somaram US$ 10,69 bilhões no período janeiro/agosto, queda de 13,42% em relação a idêntico período de 2018.

As informações foram obtidas no Ministério da Economia, do superministro Paulo Guedes, um liberal que não se acanharia em dar um beijo na testa do Xi Jinping, caso isso não fosse entendido na China como eventual desrespeito ao distante sucessor do Mao.

 

Por Jairo Eduardo/Heinz Schmidt – Pitoco

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