Fale com a gente

Geral "Era meu melhor amigo"

Em depoimento à Justiça, ex-professor acusado de matar diretor de universidade chora e diz estar arrependido

Publicado

em

O ex-professor é acusado de matar o diretor da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) de Cornélio Procópio, no norte do Paraná, no fim de 2018 (Foto: Facebook)

O ex-professor da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) acusado de matar o diretor do campus da instituição em Cornélio Procópio, no norte do Paraná, prestou depoimento à Justiça.

“Sérgio era o meu melhor amigo ali dentro, meu confidente. Estou arrependido. Esse erro não foi intencional. Mesmo que não tenha tido nenhum planejamento, não tinha nada planejado, eu estou arrependido. Perdi a minha vida”, declarou.

Sérgio Roberto Ferreira, que tinha 60 anos, morreu depois de ser agredido dentro da instituição na noite do dia 20 de dezembro. Ferreira foi agredido várias vezes com golpes de machadinha. O ex-professor, de 44 anos, foi preso em flagrante um dia depois, em Teodoro Sampaio (SP), e confessou o crime, de acordo com a polícia.

O interrogatório, realizado na última sexta-feira (05), durou cerca de 50 minutos. O ex-professor relembrou o que aconteceu no dia e deu detalhes sobre o crime. Ele permaneceu o tempo todo algemado e negou que o crime foi premeditado. Disse que a machadinha não foi comprada para o assassinato. Em alguns momentos, o ex-professor da UENP chorou.

“Comprei a machadinha no fim da tarde para outra finalidade”, disse.

O ex-professor o contou que antes de se reunir com Sérgio Ferreira teve uma reunião na universidade com outro diretor. Nessa reunião recebeu uma advertência, que não assinou por não concordar com o procedimento.

“Fui na reunião, era 18h20, cheguei lá por volta das 18 horas, a universidade estava praticamente vazia. O diretor disse, ‘chamei você aqui porque tenho algumas situações para conversar com você’, e começou a jogar as situações. Comecei a tentar me justificar, a tentar entender. Quando ele se levantou e disse que era uma advertência. ‘Está advertido e se não assinar a advertência as três [outras pessoas que acompanhavam a reunião] vão assinar como testemunhas’. Disse que não iria assinar porque não sabia do que se tratava. A advertência não traz os motivos. Não assinei a advertência”, contou o ex-professor.

 

Com RPC Londrina 

Continue Lendo

Copyright © 2017 O Presente