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Em trote de Medicina, calouras são obrigadas a “jurar” que não recusarão “tentativa de coito”

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A cena, gravada em vídeo, provocou reações de entidades estudantis e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) (Foto: Reprodução)

A cena em que calouras de Medicina de uma universidade do interior de São Paulo aparecem ajoelhadas em frente a um estudante do curso fazendo juramento de que nunca vão recusar “tentativa de coito” de um veterano causou polêmica e provocou reações de entidades estudantis e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Em um dos trechos, as jovem repetem a frase: “Juro solenemente, nunca recusar uma tentativa de coito de um veterano. Prometo nunca entregar o meu corpo a nenhum invejoso, burro, trouxa… da Odonto”.

O trote com essas afirmações parece ser recorrente na universidade. Após a divulgação do vídeo, uma aluna de Medicina postou na sua conta no Facebook que passou por esse mesmo “juramento” durante trote em 2015.

“Pois é gente, em 2015 eu levei trote dos veteranos da Medicina e tive que declamar essa p**** de juramento. Esse mesmo que vocês estão espantados. Recebi café, ovo na cabeça, feno dentro da roupa, tinta, tive que bochechar violeta genciana que tinha passado pela boca dos outros 100 alunos levando trote. Eu era a exceção, e me posicionei contra o trote, contra meus colegas de faculdade. A maioria das pessoas me julgava e tentava me silenciar, ameaçava os calouros que me ouviam, me chamava de vergonha da faculdade por não apoiar as tradições, veio me ordenar a apagar comentários em que eu opinava”, disse em mensagem na mídia social.

 

OAB

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da cidade do interior paulista informa que oficiará as autoridades locais e a universidade sobre o caso que ocorreu na segunda-feira (04). O Ministério Público instaurou um inquérito para investigar o episódio. “Repúdio a qualquer ato de violência física, moral ou psicológica perpetrados em face dos alunos recém admitidos”, reforçou a nota.

Em nota, a universidade informa que se manifesta veementemente contrária ao ocorrido. “Atitudes como essa não constituem somente atos de preconceito, mas um ataque à própria universidade, uma violência à sua tradição e missão, motivo pelo qual os responsáveis pelos atos estão sendo identificados e serão penalizados, conforme previsto no Regimento Geral Art. 128, incisos III, VI, VIII e, em especial, o inciso V Penalidades de acordo com os artigos 132 e 133 (que podem ser de uma simples advertência até expulsão)”, destacou o posicionamento.

 

Com Banda B

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