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Estudantes de Medicina buscam antecipar colação para poder trabalhar na pandemia

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(Foto: Agência Brasil)

Uma Medida Provisória (MP) publicada ontem (1º), pelo Governo Federal, autoriza instituições a abreviar a duração dos cursos de medicina, enfermagem, farmácia e fisioterapia, formando alunos que tenham cumprido pelo menos 75% do internato ou estágio obrigatório. O objetivo é aumentar o número de profissionais aptos a trabalharem no enfrentamento ao coronavírus (Covid-19).

Em Cascavel, uma aluna que tinha previsão para se formar em medicina no meio do ano conta que a maioria dos alunos tem interesse em colar grau o quanto antes.

“Queremos estar na linha de frente. As atividades do internato que haviam sido suspensas foram retomadas esta semana, mas de qualquer forma já cumprimos os 75% obrigatórios pela MP. No meu caso gostaria de atuar na saúde pública em Cascavel, mas iria onde meu trabalho fosse necessário”.

Depois da Medida Provisória algumas faculdades pelo Brasil já acataram a MP ou ações judiciais movidas pelos alunos. Em Cascavel, ela afirma que já procurou a administração da universidade antes e agora pretende fazer isso de novo para que seja possível um acordo sem a necessidade dos gastos e burocracias de um processo judicial.

“O importante seria já ter isso autorizado para quando os casos da doença aumentarem estarmos à disposição, seria uma ajuda importante”, salienta.

O advogado Luiz Felipe França conta que já tem algumas ações em andamento em nome de alunos de diferentes instituições no Paraná. Ele comenta que é possível buscar pela justiça federal um “mandado de segurança” ou uma “obrigação de fazer” pela justiça estadual.

“O que percebemos é que o TRF4 vinha negando os pedidos alegando que as universidades tem autonomia didática. O que esperamos é que a medida provisória mude este entendimento. São formandos que tiveram as atividades interrompidas devido ao próprio surto, não sabendo quando poderão colar grau”, comenta.

Com o diploma, estes novos profissionais poderiam integrar o Mais Médicos, programas de residência ou atender a chamamentos públicos de municípios que estivessem precisando contratar.

O Paraná tem 258 casos do novo coronavírus confirmados e chegou nesta quinta-feira ao quarto óbito.

Com CGN

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