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Geral Caso Daniel

Justiça nega habeas corpus de jovens suspeitos de participação no crime

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Foto: Divulgação

 

O desembargador Paulo Edison de Macedo Pacheco, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), negou o pedido de habeas corpus da defesa de dois jovens suspeitos da participação na morte do jogador Daniel. Eles estão entre os cinco denunciados pelo homicídio do atleta pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR).

No despacho, o desembargador determina que os dois continuem presos preventivamente para evitar que haja interferência na produção das provas.

Ele lembra que após a morte de Daniel e ocultação do cadáver, os réus “teriam supostamente auxiliado na limpeza do local onde se iniciaram os fatos, no intento de induzir os investigadores em erro”.

Segundo a denúncia do MP, os dois jovens, Edison Brittes Júnior, Cristiana Brittes e e outro homem participaram do homicídio de Daniel.

Um destes jovens responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor. Já o outro responde pelos mesmo crimes e também por denunciação caluniosa.

No pedido de habeas corpus, a defesa dos dois jovens alegou que não havia indícios da participação deles no homicídio e que os dois participaram apenas das lesões ao jogador assim que ele foi encontrado deitado na cama de Cristina Brittes.

A decisão do desembargador, no entanto, afirma que “há nos autos indícios que militam em sentido contrário” à argumentação da defesa.

Segundo a denúncia do MP, os jovens imobilizaram o jogador Daniel para Edison Brittes Júnior esfaquear e mutilar o atleta.

Sobre a decisão, o o advogado dos jovens, Rodrigo Faucz Pereira e Silva, afirmou que agora aguarda as novas etapas do processo. “A defesa reitera que cada um seja responsabilizado exatamente pelo que cometeu e pela medida da sua conduta”, afirmou o advogado.

 

O crime
Segundo a Polícia Civil, o crime aconteceu depois da festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes, filha de Cristiana e Edison Brittes.

A comemoração começou em uma boate da Capital paranaense na noite de 26 de outubro, uma sexta-feira. Depois, continuou na casa da família Brittes, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba.

Ali, Daniel começou a ser agredido, antes de ser levado ao matagal, de acordo com o inquérito policial e a denúncia do MP.

Conforme o inquérito da polícia, Daniel foi agredido e morto após ter sido flagrado por Edison Brittes deitado na cama de Cristiana.

Antes do crime, Daniel enviou a um amigo mensagens e fotos deitado ao lado de Cristiana enquanto a esposa de Edison Brittes dormia.

De acordo com perícias realizadas pelo Instituto Médico-Legal (IML) e pela Polícia Científica do Paraná, marcas de sangue mostram na parede e no chão da casa dos Brittes mostram que Daniel foi espancado ainda dentro do quarto de Cristiana.

Os laudos mostraram também que as pessoas que estavam na casa tentaram limpar as marcas de sangue.

Daniel foi levado, segundo depoimentos de testemunhas, para fora da casa e colocado no porta-malas do carro de Edison Brittes. O resultado da perícia encontrou marcas de sangue dentro do veículo.

O jogador foi esfaqueado, e o corpo do dele foi deixado em um matagal a 20 quilômetros da casa onde acontecia a festa, de acordo com a polícia.

De acordo com o IML, o corpo de Daniel foi carregado por mais de uma pessoa.

Segundo a denúncia, ao chegar no local onde o corpo dele foi achado, os três jovens desceram do carro e espancaram Daniel.

Na sequência, Edison Brittes desceu do carro e “decapitou parcialmente a vítima tendo contado com a imobilização” dos três jovens, segundo o Ministério Público.

De acordo a denúncia do MP, “nas mesmas condições” e “contando sempre com o apoio e adesão dos demais presentes”, Edison Brittes mutilou Daniel, que teve o pênis amputado.

 

Com G1 Paraná

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