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Noaa projeta mais de 60% de chance de La Niña no fim do inverno

Agência de tempo e clima dos Estados Unidos indica a continuidade do El Niño com transição para neutralidade no outono e posterior La Niña

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(Foto: Divulgação)

O retorno do fenômeno La Niña é provável entre o inverno e a primavera, de acordo com a avaliação probabilística da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (Noaa). A agência de tempo e clima do governo dos Estados Unidos projeta uma transição de El Niño para um possível evento de La Niña ao longo do ano.

De acordo com a última análise de probabilidades pela Noaa, o trimestre de janeiro a março tem 100% de chance de ser ainda sob El Niño. No trimestre de fevereiro a abril, a probabilidade estimada pela agência de El Niño ainda supera os 90%.

Somente no trimestre de março a maio começa a se encaminhar a transição com probabilidade estimada de neutralidade e El Niño parecidas, ao redor de 50%. Já no trimestre entre abril e junho, a Noaa estima 73% de probabilidade neutralidade (sem El Niño ou La Niña) com o fim do evento de El Niño que foi declarado em junho de 2023.

Para o trimestre de inverno de 2024, junho a agosto, a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera estima probabilidade perto de 50% tanto para neutralidade ou La Niña, assim existe a possibilidade de o fenômeno La Niña ter inicio durante o chamado inverno climático (trimestre JJA).

A partir daí, as probabilidades de La Niña somente aumentam na análise da Noaa. No trimestre julho a agosto, a probabilidade de o Pacífico estar numa fase fria se aproxima de 60%. Já no trimestre de agosto a outubro, a probabilidade La Niña excede os 60% pela avaliação da agência norte-americana.

O fenômeno La Niña atou entre 2020 e 2023, influenciando o clima ao redor do mundo. Trouxe, por exemplo, temporadas de furacões muito acima da média no Atlântico Norte e volumes recordes de chuva no Leste da Austrália.

Na América do Sul, a La Niña provocou enchentes na Amazônia e sucessivos verões com estiagem e poderosas ondas de calor entre a Argentina, o Uruguai e o Sul do Brasil com perdas enormes na agricultura e uma crise hídrica que, no caso do Uruguai, foi histórica.

Hoje, contudo, o Pacifico ainda está sob El Niño. Os números mostram que o El Niño continua ao redor do seu pico de intensidade com valores próximos da maior anomalia de temperatura da superfície do mar deste evento do fenômeno e que foi alcançada no últimos mês de novembro no Pacífico Equatorial Centro-Leste, região designada para identificar se há El Niño ou La Niña.

Conforme a mais recente atualização semanal da Noaa, publicada no boletim da última segunda-feira, a anomalia de temperatura da superfície do mar (TSM) era de 1,9ºC na denominada região Niño 3.4, no Pacífico Equatorial Centro-Leste.

Esta região é a usada oficialmente na Meteorologia como referência para definir se há El Niño e ainda avaliar qual a sua intensidade. O valor positivo de 1,9ºC está na faixa de transição de El Niño forte (+1,5ºC a +1,9ºC) a muito forte (igual ou acima de 2,0ºC que é de Super El Niño).

Com MetSul Meteorologia

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