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Marechal Cenário promissor

2021 tem tudo para repetir boom imobiliário de dez anos atrás

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Demanda para locação de imóveis está muito grande atualmente, sendo, muitas vezes, registrada carência de imóveis (Foto: Joni Lang/OP)

Depois do susto inicial com os decretos de fechamento do comércio, que atingiram diversos segmentos econômicos e outras atividades visando controlar a propagação do coronavírus, o segundo semestre de 2020 foi marcado por bons negócios no setor imobiliário em Marechal Cândido Rondon.

O rendimento da poupança, abaixo de 0,40%, fez com que muita gente que tinha dinheiro aplicado investisse os recursos em reformas ou na ampliação de imóveis, bem como na aquisição de terrenos para construção, assim como na compra de apartamentos e residências para posterior locação.

Corretores de imóveis rondonenses avaliam 2020 como um ano de muitos negócios e se mostram otimistas para 2021, apostando que o mercado deve permanecer aquecido, com chances de “boom”, tal qual foi registrado cerca de dez anos atrás.

 

Sócio da Edemar Imóveis, Edemar Wollstein: “O bom momento do agronegócio, que é um setor muito forte em nossa região, favoreceu esse mercado aquecido. Podemos dizer que está sendo possível vender muito fácil” (Foto: Divulgação)

 

MOMENTO DE INVESTIMENTO

Conforme o sócio da Edemar Imóveis, Edemar Wollstein, nos primeiros meses de 2020 quem atua no ramo ficou sem chão, pois não havia perspectiva de negócios. “Logo depois que o comércio reabriu a gente vendeu tudo o que tinha, lotes, casas, apartamentos e se perguntou o porquê de tudo isso de repente. Observamos que as pessoas ficaram mais em casa e começaram a reavaliar seus imóveis. Algumas quiseram trocar e outras ampliar e com isso entenderam ser o momento de investir. Muitas pessoas tiraram dinheiro do banco para comprar imóveis. Há também a questão dos preços históricos das commodities, como a soja, e o valor elevado do dólar. Ou seja, o bom momento do agronegócio, que é um setor muito forte em nossa região, favoreceu esse mercado aquecido. Podemos dizer que está sendo possível vender muito fácil”, menciona.

E a perspectiva, aponta Wollstein, é melhorar ainda mais. “Basta ter imóveis e terrenos e fazer negócios. Nós estamos vendendo mais lotes por ser nossa área de atuação, com condições especiais. Estamos com orçamentos em várias cidades da região e a tendência é de que as vendas continuem em alta”, avalia.

O empresário afirma que dinheiro parado não dá retorno. “Por isso, hoje, os imóveis são tão cobiçados, pois não perdem valor”, expõe.

Ele diz que os negócios “mais fáceis” são feitos na faixa de R$ 300 mil a R$ 500 mil”. “Tanto na locação como na compra ou venda de imóveis a procura varia. Há quem procure opções mais em conta e quem opte por valores mais caros”, relata.

 

Imóveis com valor médio de R$ 250 mil estão no grupo de maior procura (Foto: Divulgação)

 

RENDIMENTO CERTO

A sócia da Certo Imóveis, Márcia Batschke, comenta que outro fator que ajudou a aquecer o mercado imobiliário, desde julho do ano passado, foi a vinda de pessoas de outras cidades para morar em Marechal Rondon. “Muitas vieram procurar trabalho aqui e outras que já tinham trabalho em andamento resolveram investir”, observa.

Márcia ratifica a informação de Wollstein: muita gente tirou dinheiro da poupança durante a pandemia para investir em imóveis. “Algumas pessoas, por sinal, até investiram em um segundo imóvel, colocando-o para locação, porque locando, vai render mais do que deixar o dinheiro parado no banco”, pontua.

Conforme a empresária, no ano passado a locação foi o carro-chefe entre as demandas. “Tanto que hoje estamos sem imóveis para alugar”, menciona.

Para a compra de residências e apartamentos, a rondonense informa que os clientes têm optado por imóveis a partir de 70 metros, em uma faixa de valores que variam de R$ 150 mil a R$ 300 mil. “Locação e venda foram muito bem em 2020. A maioria dos negócios envolveu venda de casas na média de R$ 200 mil, bem como locação de imóveis com parcelas de R$ 650 a R$ 800. Creio que 2021 tem tudo para ser ainda melhor, porque o setor segue aquecido”, enaltece Márcia.

 

Sócia da Certo Imóveis, Márcia Batschke: “Muita gente tira dinheiro da poupança e investe até mesmo em um segundo imóvel. Ano passado a locação foi a maior demanda e hoje estamos sem imóveis para alugar” (Foto: Divulgação)

 

LOCAÇÃO EM ALTA

De acordo com o sócio da Imobiliária Joris e delegado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis, Celson Joris, a velocidade de locação é tradicionalmente mais ágil do que a venda de um imóvel. “A locação é maior do que a venda pela agilidade, porque compra e venda envolvem estudo, disponibilidade de dinheiro ou crédito e requer planejamento”, aponta, lembrando que as imobiliárias prestam esses serviços aos clientes.

Segundo Joris, a demanda para locação de imóveis está muito grande atualmente, sendo até mesmo registrada carência de imóveis, sejam casas ou apartamentos. “A procura está sendo bem maior do que a oferta”, comenta.

 

MAIOR RENTABILIDADE

O empresário declara que com a liberação gradual das atividades e a queda substancial nas taxas de juros, os compradores voltaram ao mercado com muita força. “Quem tinha dinheiro no mercado financeiro migrou ao mercado imobiliário para aumentar a rentabilidade, seja compra visando à locação ou construção para venda futura. O cliente que não tinha reserva de dinheiro e precisava financiar voltou com tudo porque as taxas reduzidas permitiram isso. A oferta de crédito imobiliário dobrada culminou no aquecimento surpreendente das vendas”, enfatiza o delegado do conselho regional.

Ele lembra ainda dos altos valores dos produtos agrícolas, o que favorece o mercado imobiliário, uma vez que grande parcela de investidores são originários do agronegócio. “Observamos no último ano pessoas de fora da região vindo investir na nossa cidade”, revela.

 

Sócio da Imobiliária Joris, Celson Joris: “A demanda está muito grande e registramos até carência de imóveis para locação, sejam casas ou apartamentos. A procura está bem maior do que a oferta” (Foto: Arquivo/OP)

 

PREOCUPAÇÃO

Joris acredita que 2021, pelo que se apresenta até o momento, tem tudo para ser um ano promissor no setor de imóveis. “O momento continuará propício para a compra de imóveis e um volume maior de vendas não deverá reajustar os valores, mas um fator que nos preocupa é o aumento no preço dos materiais de construção, que poderá afetar o preço dos imóveis novos”, compartilha.

 

Tanto na locação como na compra ou venda a procura em termos de valores varia: há mercado tanto para imóveis mais caros quanto para os mais em conta (Foto: Joni Lang/OP)

 

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