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Marechal Flexibilização das restrições

“Batalhamos pelo relaxamento no decreto, mas penso que o Estado vai prorrogar o lockdown”, diz presidente da Acimacar

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Presidente da Acimacar, Ricardo Leites de Oliveira: “Essa situação de colapso da saúde nos preocupa, pois pode fazer com que o governador entenda que não é hora de relaxar as medidas restritivas e, sim, enrijecê-las ainda mais. Eu acredito que ele vai prorrogar (o lockdown)” (Foto: Arquivo/OP)

Diante do atual cenário de crise na saúde, em especial na Macrorregião Oeste, onde está sendo registrada há vários dias falta de leitos tanto em unidades de terapia intensiva (UTI) quanto em enfermarias, além de outros agravantes, o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar), Ricardo Leites de Oliveira, acredita que o Governo do Paraná deve prorrogar o lockdown previsto para terminar na segunda-feira (08).

“Houve piora na questão de atendimentos e internamentos especialmente em cidades como Toledo e Cascavel, onde não há mais leitos para pacientes. Essa situação de colapso da saúde nos preocupa, pois pode fazer com que o governador entenda que não é hora de relaxar as medidas restritivas e, sim, enrijecê-las ainda mais. Eu acredito que ele vai prorrogar (o lockdown)”, declarou ao O Presente, ontem (04).

Entretanto, ele ressalta que a Acimacar vem batalhando para que haja um relaxamento no decreto estadual e, com isso, as atividades consideradas não essenciais possam trabalhar de forma reduzida, evitando que fiquem paralisadas na totalidade.

Na terça-feira (02), a Acimacar encaminhou um ofício ao governador através do qual destaca os esforços do Governo do Estado na adoção de medidas de enfrentamento à emergência de saúde pública decorrente da pandemia da Covid-19, todavia, pontua que a classe empresarial clama por entendimento e apoio, considerando o risco de impacto econômico, aumento do desemprego e fechamento de empresas.

“Esperamos que seja permitido trabalhar no sistema delivery e com redução de pessoas nas empresas, mas entendemos que isso é algo que não depende da Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná), da Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná) ou da Acimacar, e sim de uma decisão do governador”, frisa.

Segundo Oliveira, é importante que todas as empresas possam continuar trabalhando, sendo de forma remota ou com algumas restrições, mas sem deixar de produzir, evitando maiores prejuízos. “Nós vamos batalhar para que ele deixe as empresas trabalharem, contudo, penso que vai prorrogar o decreto”, enalteceu.

 

OFÍCIO

No ofício enviado ao governador, o presidente da Acimacar enaltece que mais uma vez as empresas das atividades consideradas não essenciais estão sendo impactadas pela adoção de medidas drásticas por parte do Governo do Estado, sendo impedidas de exercer suas atividades de forma plena. “Salientamos que essas empresas não são as responsáveis por aglomerações que disseminam o vírus, tendo em vista que limitaram seus atendimentos conforme a capacidade do espaço físico e adotaram protocolos de segurança para conter o avanço da Covid-19, tais como exigência do uso de máscara por colaboradores e clientes, disponibilização de álcool gel para desinfecção das mãos, aferição de temperatura, tapetes sanitizantes, distanciamento social, entre outras medidas”, consta no documento.

Ele informa no ofício que profissionais da saúde do município possuem dados comprobatórios de que o aumento da curva epidemiológica e a consequente situação de colapso registrada em diversos Estados brasileiros, com alto número de pessoas acometidas pela doença em estado grave, bem como óbitos por conta da Covid-19, têm relação direta com a ocorrência de aglomerações por ocasião das datas festivas em desobediência às regras proibitivas, como no final do ano e no Carnaval.

“Ademais, a restrição ainda maior de liberdade pode levar ao aumento da incidência de transtornos mentais e agravamento das demais doenças crônicas, além de prejuízo irremediável à economia, provocando desemprego, fome, violência e, por conseguinte, mais caos à saúde. A população está em risco de adoecimento por Covid-19, em risco de morte por doenças cardiovasculares não tratadas, doenças oncológicas não diagnosticadas e todos os outros agravos à saúde negligenciados”, prossegue em outro trecho.

“Desde o início da pandemia, as empresas do comércio já foram impactadas inúmeras vezes pela adoção de medidas restritivas, contudo, em nenhum momento o Governo do Estado abriu mão de cobrar impostos deste segmento. Além do risco de desemprego e redução da renda das famílias, o lockdown pode prejudicar muitos empreendimentos que poderão encerrar suas atividades, pois já se encontram em situação de fragilidade devido à lenta recuperação dos fechamentos anteriores. Solicitamos ao Governo do Estado que adote protocolos eficientes na fiscalização, notificando e multando pessoas que descumprem os protocolos de higiene, segurança e que promovem aglomerações”, sugere Oliveira no ofício da Acimacar.

 

FLEXIBILIZAÇÃO

Também na terça-feira, o presidente, a vice-presidente da Acimacar, Carla Rieger Bregoli, e membros do Conselho Orientador da entidade apresentaram ao prefeito Marcio Rauber a sugestão de medidas a serem adotadas para flexibilizar o funcionamento das empresas do comércio de Marechal Rondon. “Solicitamos ao prefeito a adoção dessas medidas como forma de evitar que o comércio tenha mais prejuízos neste período de lockdown. Essa demanda foi encaminhada ao Centro de Operações de Emergência (COE) e esperamos que seja atendida, permitindo que todas as empresas atuem internamente com o número de colaboradores limitado uma porcentagem da equipe, bem como atenda seus clientes de forma remota, por telefone e aplicativos, realizando a entrega de mercadorias aos clientes em formato delivery”, comenta Oliveira.

Outra solicitação da Acimacar ao prefeito foi a prorrogação das datas de vencimento do Alvará para as empresas de todos os segmentos constituídas em Marechal Rondon e do Imposto sobre a Propriedade Predial Territorial Urbana (IPTU) a pessoas físicas e jurídicas, pedido que foi atendido pelo governo municipal na quarta-feira (03).

 

O Presente

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