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Marechal Sintomas mais intensos

Casos de reinfecção por Covid-19 são registrados em Marechal Rondon

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(Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

O que ainda é alvo de dúvidas para muitos, a reinfecção por coronavírus já é uma realidade no mundo, no Brasil e pelo visto também em Marechal Cândido Rondon. Segundo informações, alguns pacientes que já tiveram a Covid-19 contraíram a doença pela segunda vez no município.

Sabendo disso, a reportagem do Jornal O Presente conversou com uma destas pessoas, que preferiu não ser identificada para preservar o anonimato. Por isso, a chamaremos pelo nome fictício de Ana.

A rondonense relatou ter sido um dos primeiros casos confirmados no município e na última sexta-feira (15), cerca de oito meses depois, testou novamente positivo para Covid-19.

Ao contrário do comportamento de muitos que já contraíram o vírus, Ana menciona que os cuidados foram intensificados após sua primeira infecção pela doença, o que não impediu uma reinfecção e com sintomas mais intensos.

 

PRIMEIRO POSITIVO

“Eu fui o 7º caso confirmado de Covid-19 em Marechal Rondon. No dia 1º de maio de 2020 tive os primeiros sintomas e no dia 11 daquele mês eu fiz o teste. Em três horas saiu o resultado positivo”, conta, emendando: “Eu fiquei assustada, porque estava tudo bem no comecinho e não tínhamos muitas informações sobre a doença ainda. Tão logo meu diagnóstico foi confirmado, recebi muitas mensagens nas redes sociais de pessoas perguntando se eu estava bem”, rememora.

De acordo com ela, os sintomas da primeira vez não foram graves. “Desde criança eu tive dores de garganta e de ouvido. Quando tive a Covid-19 pela primeira vez, essas dores se intensificaram e senti muita dor no corpo”, menciona, emendando: “A pandemia estava recém chegando no município, tanto é que quando fui procurar por atendimento fui encaminhada como possível caso de dengue. Os médicos me atendiam como se fosse dengue, até que realizei o exame”.

A rondonense afirma ter se recuperado 100% da primeira infecção pelo vírus, sem sequelas.

 

CUIDADOS REDOBRADOS

Nas palavras da entrevistada, ela alega que antes da primeira infecção pela Covid-19 o cuidado não era grande quanto o que teve depois de contrair a doença. “Eu redobrei os cuidados. Eu pensava que não aconteceria comigo, mas aconteceu e isso me motivou a tomar ainda mais medidas preventivas”, enaltece.

 

REINFECÇÃO

Sem imaginar que contrairia o vírus uma segunda vez e, ainda assim, atendendo às medidas de prevenção, a rondonense se espantou quando se viu com sintomas novamente. “Nessa segunda vez foi diferente. Não costumo ter dores de cabeça e dessa vez eu tive. Tomava remédio, a dor passava, mas retornava no dia seguinte. Não tive dor de garganta, apenas dor de ouvido e um mal-estar bem esquisito, não sei explicar”, conta.

Na quinta-feira (14), ela percebeu ter perdido olfato e paladar. “Passei perfume e não senti cheiro nenhum. Fiquei preocupada. No dia seguinte, sexta-feira, o mal-estar se intensificou e, além de não ter os sentidos, eu sentia que tinha algo em cima de mim, não conseguia respirar direito e sentia meu coração bater forte. Fui na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e já fui encaminhada para a ala Covid-19. Fiz o exame e, dessa vez, esperava que fosse positivo devido aos sintomas característicos, como se confirmou com o resultado”, relata.

Hoje a rondonense conta que superou os sintomas mais graves, restando apenas a falta de olfato e paladar. “Agora estou respirando normal e as dores no corpo já foram embora. Sem comparação, nessa segunda vez os sintomas foram mais tensos, mais difíceis de lidar”, avalia.

 

ALERTA CONSTANTE

Para Ana, o que fica é a certeza de que o cuidado deve ser constante. “Muito se questiona sobre essa possibilidade de se reinfectar e aqui estou eu. A gente tinha consciência de que poderia acontecer, mas não esperávamos. Como é uma doença nova, ninguém pode afirmar que não vai pegar mais. É preciso manter a preocupação”, aconselha.

O alerta, ressalta a rondonense, é para um possível agravo dos sintomas. “Os sintomas da primeira vez foram de certa maneira leves e na segunda vez foram piores”, lamenta.

Se para a população de modo geral a vacina é muito aguardada, a paciente reinfectada coloca ainda mais expectativas na imunização. “Tenho boas esperanças. Antigamente não se tinham muitas informações sobre as vacinas e mesmo assim a população se vacinava e vidas eram salvas. Hoje sabemos como funcionam, temos acesso aos estudos que a testam e, mais do que nunca, é necessário a adesão de todos. Tenho esperanças de que as pessoas não precisem sentir o que eu senti com a Covid-19”, deseja.

 

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