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Marechal Menos de 50% do público estimado

Cobertura vacinal contra poliomielite está abaixo do esperado em Marechal Rondon

Pedido da Secretaria de Saúde é para que os pais busquem as unidades de saúde e vacinem seus filhos

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Dia D da Campanha contra Poliomielite aconteceu dia 20 de agosto em Marechal Rondon (Foto: Divulgação)

Uma doença tida como erradicada em território brasileiro vem gerando preocupações nos últimos anos. O último caso de poliomielite no Brasil foi registrado em 1989 e, a partir de 1994, o país foi considerado livre da doença. No entanto, a queda na cobertura vacinal e o surgimento de novos casos de pólio no exterior reacendem o alerta.

Conforme o Ministério da Saúde, a Campanha Nacional de Vacinação com foco na paralisia infantil registrou baixa adesão neste ano – o que vem acontecendo desde 2015.

Na atual campanha em andamento, apenas 34% do público-alvo de 1 a 4 anos foi vacinado, sendo que a meta brasileira é atingir 95% de um total de 14,3 milhões de crianças. Para incentivar a imunização, na terça-feira (06) o Ministério da Saúde anunciou a prorrogação da campanha até dia 30 – clique e acesse a matéria.

Marechal Rondon

Assim como preconizado pelo Ministério de Saúde, o Dia D da Campanha da Poliomielite e da Multivacinação aconteceu no dia 20 de agosto em Marechal Cândido Rondon. A secretária de Saúde rondonense, Marciane Specht, afirma que houve uma adesão significativa da população para todas as vacinas ofertas, mas ainda assim a situação não é das melhores.

“As coberturas se encontram abaixo do esperado, não discordando do cenário relatado pelas mídias em todo o país. […] A realidade do município de Marechal Rondon não difere do cenário do Estado do Paraná e do Brasil, ou seja, há queda nas coberturas vacinais”, pontua.

Menos de 50% da cobertura estimada

Ao O Presente, Marciane destaca que Marechal Rondon teve bons índices nas coberturas vacinais nos anos 2015 (87,33%), 2018 (101,66%) e 2020 (100,7%) – dados retirados da Sipni Web em 30 de agosto de 2022 -, quando foram realizadas campanhas.

“Observa-se baixa procura por parte da população para doses ofertadas no calendário vacinal referentes a campanhas específicas realizadas no decorrer deste ano, como a vacina contra o sarampo e também contra a Covid-19”, ressalta.

A situação não é diferente com a vacina da pólio, cuja campanha está em andamento. “De acordo com dados parciais repassados pela Regional de Saúde de Toledo, mesmo após a mobilização do Dia D e do imunizante estar disponível em todas as salas de vacinas do município, não atingimos ainda 50% da população estimada”, expõe a secretária de Saúde.

Doença contagiosa aguda

A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, pode infectar crianças e adultos, chegando a causar paralisia dos membros inferiores em casos graves. “Trata-se de uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, infectando por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes, podendo provocar ou não paralisia. Nos casos graves, os membros inferiores são os mais atingidos em caso de paralisias musculares”, explica.

Secretária de Saúde de Marechal Rondon, Marciane Specht, posou junto ao casal de “gotinhas” dos Rotarys rondonenses no Dia D da Campanha contra a Poliomielite: “A realidade do município de Marechal Rondon não difere do cenário do Estado do Paraná e do Brasil, ou seja, há queda nas coberturas vacinais” (Foto: Divulgação)

Vacinação é prevenção

A vacina oral contra a poliomielite (VOP), em formato de “gotinha”, é aplicada aos 15 meses e aos 4 anos, sendo adotada no Brasil como estratégia para imunização em massa da população. Também existe a vacina injetável para poliomielite (VIP), aplicada aos dois, quatro e seis meses. A secretária de Saúde reforça que as vacinas são seguras e, por outro lado, esta doença pode gerar grandes prejuízos à saúde das crianças.

“A única forma de prevenir é através da vacinação. Sugerimos, atendendo a uma determinação da administração municipal, que os pais busquem as unidades de saúde e vacinem seus filhos para que futuramente não corramos o risco de uma reintrodução da doença, que foi erradicada em nosso país”, frisa.

À reportagem, Marciane adianta que serão feitas novas mobilizações nas creches e escolas municipais de Marechal Rondon para alcançar as crianças que ainda não se vacinaram. “É importante que os pais observem o recado na agenda de seus filhos para que, no dia definido, seja levada a carteira de vacina”, orienta ela, reforçando: “Todos juntos mobilizados em mais essa causa em prol da saúde, em especial contra a poliomielite”.

O Presente

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