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Marechal Futuro incerto

De volta a Marechal, rondonense conta com apoio da família para superar sequelas do acidente

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Atleta rondonense Naydjel Callebe: “Sorte que saí antes do fogo se agravar. Não tive nada de machucado. Fui um dos primeiros a sair” (Foto: Divulgação)

 

“Que Deus ilumine as famílias que perderam seu filho no incêndio”, a mensagem, acompanhada da hashtag #luto, foi publicada pelo volante rondonense Naydjel Callebe, de 14 anos, um dos sobreviventes do incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo. No Instagram ele tranquilizou as pessoas afirmando que está bem. “Sorte que saí antes do fogo se agravar. Não tive nada de machucado. Fui um dos primeiros a sair”.

Ele justificou que não está atendendo as ligações porque seu telefone celular está queimado. Segundo o volante, o incêndio teria começado pelo ar-condicionado e depois o equipamento teria explodido. Posteriormente, o fogo se espalhou pelo alojamento. Essa é a principal hipótese com a qual trabalham as autoridades do Rio de Janeiro.

Entre as dez vítimas fatais do incêndio estavam três atletas que também tiveram passagens pelo Athletico e pelo Trieste, ambos de Curitiba: Victor Isias, Gedson dos Santos e Bernardo Pisetta, todos com 14 anos.

Os demais jogadores mortos no incêndio são Christian Esmério, 15 anos; Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, 14 anos; Pablo Henrique da Silva Matos, 14 anos; Samuel Thomas Rosa, 15 anos; Athila Paixão, 14 anos; Jorge Eduardo, 15 anos, e Rykelmo Viana, 16 anos.

 

 

Futuro incerto

Naydjel retornou temporariamente ao Trieste, clube de Curitiba no qual estava treinando até ser chamado para ir ao Flamengo, no início deste ano. O retorno ao clube curitibano será até que haja uma definição do jogador e de seus pais sobre o futuro.

Pai e filho se reencontraram na noite de domingo (10), em Curitiba, e na segunda-feira (11), após a resolução de trâmites junto ao Trieste, voltaram a Marechal Rondon. “Ele está bem. Triste, mas bem. Ainda é recente e, como ele mesmo disse, a ficha ainda não caiu”, conta Strohschein, dizendo que reencontrar o filho após o triste episódio foi uma junção de sentimentos. “Estou sem palavras”, revela.

Questionado sobre os próximos passos da família, o rondonense desconversou. “Eu não quero pensar nisso agora. Só quero abraçar o meu menino. Para quem está nessa situação nada mais é importante”, enaltece.

Quando a pergunta é sobre o futuro profissional do filho no futebol e se ele ainda continuará jogando, a resposta, assim como o futuro, é incerta. “Ele já passou por muita coisa. Vem nesse pasto há muito tempo. Ele foi da categoria de base do futsal. Sei que vai ficar sequela desse acontecimento. Seja lá o que ele decidir, vou respeitar a decisão dele. A vontade vai ser dele, o restante ainda é precoce. O tempo nos trará respostas, mas, a princípio, não consigo dimensionar os danos”, responde.

Já no presente, o pai quer que o filho se recupere do acidente e prefere não reviver o acontecimento. “No momento certo peço pra que ele conte o que ele passou”, diz.

 

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