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Dia das Mães: afinal, mãe de pet é mãe ou não?

Professora aposentada de Marechal Rondon surge como um exemplo dessa discussão. Ela é tutora de três cachorros e afirma que seus animais de estimação são tão preciosos quanto qualquer criança

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Caramelo, Maria Flor e Pipa no colo de Morgana: "Eles são minha prioridade". Foto: Arquivo pessoal

O Dia das Mães se aproxima e com ele surge uma questão cada vez mais debatida e que causa certa polêmica na sociedade: mãe de pet é mãe? Esta interrogação inspira reflexões sobre o que realmente define a maternidade e quem merece ou deve ser homenageada neste segundo domingo de maio – e em todos os outros dias.

Morgana Bolsoni Francisco, uma professora aposentada de 50 anos, que mora em Marechal Cândido Rondon, surge como um exemplo dessa discussão. Ela é tutora de três cachorros: Maria Flor e Caramelo, ambos com 11 anos, e Pipa, com 7. Ela e seu marido não têm filhos, mas para Morgana, seus animais de estimação são tão preciosos quanto qualquer criança.

“Certamente mãe de pet também é mãe. O amor que sinto por eles é infinito. Não tive filhos, mas acredito que o amor maternal extrapola as questões biológicas e até ultrapassa as barreiras das espécies”, afirma com convicção Morgana.

Ela se diz orgulhosa em poder cuidar dos seus cães o dia todo, garantindo que recebam alimentação adequada, tenham espaço adequado, cuidados veterinários e muito carinho. “Eles são minha prioridade. Estou sempre atenta às suas necessidades e dando muito amor, o tempo todo. É carinho, é cheirinho, é abraço. A gente não se desgruda”, brinca enquanto segura Maria Flor no colo e observa Pipa brincando no quintal e Caramelo deitado próximo a ela.

Maria Flor, em especial, recebe atenção redobrada devido aos seus problemas de saúde. “Ela precisa de cuidados extras. Todos os dias, administro seus medicamentos e a envolvo em todo o amor que posso oferecer. É como cuidar de um filho doente, mas ela não fala, então é uma relação ainda mais profunda, de confiança mútua. Eu faria qualquer coisa por ela”, diz a professora.

Para Morgana, seus animais não são apenas seres que oferecem amor em troca. “Eles são minha alegria constante. Sabem quando estou feliz ou triste, me acompanham onde quer que eu vá e são uma fonte inesgotável de companheirismo”, revela.

“Esses tutores de animais investem tempo, energia e recursos para garantir o bem-estar e a felicidade de seus companheiros peludos, emplumados ou escamosos. Eles se dedicam a proporcionar alimentação adequada, cuidados veterinários, exercício físico e, acima de tudo, amor e afeto”, explica Dorie Zattoni, médica veterinária e supervisora técnica-comercial da Brazilian Pet Foods, empresa de alimentos para cães e gatos.

Enquete

A revista O Presente Pet fez enquetes nas suas redes sociais com leitores e pessoas não ligadas ao mundo pet para saber a opinião sobre o assunto. Para 67,35% deles, as tutoras de pets são consideradas mães. Já para 32,65%, as tutoras não podem ser classificadas dessa forma. “Humanizar a causa animal é um erro sem precedentes na história da humanidade”, escreveu um internauta que é contra tratar as tutoras como mães. “Se latir e abanar o rabo, é mãe sim”, ironizou outro.

Laços profundos

“Neste Dia das Mães e em todos os dias do ano devemos celebrar todas as formas de amor. É importante reconhecer a importância dos laços entre animais de estimação e seres humanos. Tutoras e tutores de pets formam laços verdadeiros e profundos com seus companheiros, enriquecendo suas vidas e de seus animais com amor e lealdade. Independentemente de ser considerada mãe ou não, o mais importante é tratar os animais com todo o amor que eles merecem”, destaca o jornalista e editor da revista O Presente Pet, Giuliano De Luca.

O Presente Pet

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