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Marechal Reposição salarial

Greve de servidores estaduais começa amanhã; parte dos professores rondonenses vai aderir à paralisação

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A greve dos servidores estaduais do Paraná está prevista para começar nesta terça-feira (25) com a adesão de diversas categorias, entre elas, professores, funcionários estaduais da saúde, agentes penitenciários. Policiais civis e militares do Paraná também declararam apoio à greve dos servidores estaduais. No total, são cerca de 20 categorias que prometem paralisar as atividades por tempo indeterminado no Estado. O Governo do Paraná, por meio de nota, afirmou que recebeu os relatórios das entidades e que negociações permanecem abertas.

Os trabalhadores pedem um reposição salarial referente à inflação dos últimos 12 meses, que representa 4,94%. As categorias, porém, afirmam que o congelamento já representa perdas salariais que alcançam os 17%.

Na tarde de hoje (24) houve um ato simbólico em frente ao Palácio Iguaçu, onde viaturas das polícias que precisam de manutenção, como troca de óleo, pneus carecas, entre outros consertos, foram entregues ao governador Ratinho. 

Para o ex-presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná (Adepol), João Ricardo Képes Noronha, a ausência de reajuste na data-base das categorias representa má gestão.

 

Concentração
Já nesta terça-feira, os servidores iniciam a concentração a partir das 09 horas no Centro Cívico, na Praça Nossa Senhora da Selete. Marlei Fernandes presidente do Fórum das Entidades Sindicais (FES) garante que a adesão está forte e a orientação é que os pais não mandem os filhos para as escolas públicas estaduais. “Estamos de forma unificada em todo Estado e a greve é por tempo indeterminado. A APP-Sindicato fez uma carta aberta a toda população paranaense, principalmente, dirigida a todos os pais e familiares, orientando que a partir de amanhã os professores, servidores da educação em geral estarão em greve e os estudantes não devem ir à escola. Sempre digo que a greve é um último instrumento nas mãos dos trabalhadores para que se tenha uma mesa de negociação. Demos tempo suficiente para o Governo do Paraná, conversamos bastante, mas não apareceu nenhuma proposta”, defendeu.

 

Marechal Rondon

Em Marechal Cândido Rondon, até a noite de hoje não há informações precisas sobre a deflagração de greve a partir de amanhã no município por parte de servidores do Estado.

A reportagem de O Presente entrou em contato com alguns colégios e obteve a informação de que a adesão se encontra “dividida”. Alguns professores são favoráveis à greve e já comunicaram que vão parar as atividades a partir desta terça-feira e outros docentes anunciaram que darão sequência normalmente aos trabalhos diários. Em alguns educandários o assunto será tratado mais incisivamente amanhã; em outros já foi oficializada a decisão de alguns professores em aderir à paralisação, contudo, ressaltando que as atividades num todo não param, somente aqueles profissionais que aderirem à greve.

Quanto à categoria policial, o comandante do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), tenente-coronel Saulo de Tarso Sanson Silva, disse ao O Presente que a Polícia Militar (PM) apenas se solidariza às reivindicações dos servidores estaduais, mas que legamente a PM não pode paralisar as atividades. Segundo ele, por lei os policiais não podem fazer greve e, em vista disso, garante, não haverá adesão à paralisação. “A Polícia Militar segue em negociações com o governo estadual. Não se trata de aumento salarial, apenas de reposição. Estamos há quatro anos sem esta reposição salarial”, enaltece.

 

Outro lado
Por meio de nota oficial, o Governo do Paraná garantiu que as negociações continuam abertas. “A equipe do governo está trabalhando com o objetivo de encontrar um caminho de equilíbrio, que não coloque em risco as contas públicas, e não acredita que qualquer medida extrema seja o caminho a ser seguido por parte das lideranças sindicais”.

 

O Presente com agências

 

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