Marechal Reposição salarial
Greve de servidores estaduais começa amanhã; parte dos professores rondonenses vai aderir à paralisação
A greve dos servidores estaduais do Paraná está prevista para começar nesta terça-feira (25) com a adesão de diversas categorias, entre elas, professores, funcionários estaduais da saúde, agentes penitenciários. Policiais civis e militares do Paraná também declararam apoio à greve dos servidores estaduais. No total, são cerca de 20 categorias que prometem paralisar as atividades por tempo indeterminado no Estado. O Governo do Paraná, por meio de nota, afirmou que recebeu os relatórios das entidades e que negociações permanecem abertas.
Os trabalhadores pedem um reposição salarial referente à inflação dos últimos 12 meses, que representa 4,94%. As categorias, porém, afirmam que o congelamento já representa perdas salariais que alcançam os 17%.
Para o ex-presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná (Adepol), João Ricardo Képes Noronha, a ausência de reajuste na data-base das categorias representa má gestão.
Concentração
Já nesta terça-feira, os servidores iniciam a concentração a partir das 09 horas no Centro Cívico, na Praça Nossa Senhora da Selete. Marlei Fernandes presidente do Fórum das Entidades Sindicais (FES) garante que a adesão está forte e a orientação é que os pais não mandem os filhos para as escolas públicas estaduais. “Estamos de forma unificada em todo Estado e a greve é por tempo indeterminado. A APP-Sindicato fez uma carta aberta a toda população paranaense, principalmente, dirigida a todos os pais e familiares, orientando que a partir de amanhã os professores, servidores da educação em geral estarão em greve e os estudantes não devem ir à escola. Sempre digo que a greve é um último instrumento nas mãos dos trabalhadores para que se tenha uma mesa de negociação. Demos tempo suficiente para o Governo do Paraná, conversamos bastante, mas não apareceu nenhuma proposta”, defendeu.
Marechal Rondon
Em Marechal Cândido Rondon, até a noite de hoje não há informações precisas sobre a deflagração de greve a partir de amanhã no município por parte de servidores do Estado.
A reportagem de O Presente entrou em contato com alguns colégios e obteve a informação de que a adesão se encontra “dividida”. Alguns professores são favoráveis à greve e já comunicaram que vão parar as atividades a partir desta terça-feira e outros docentes anunciaram que darão sequência normalmente aos trabalhos diários. Em alguns educandários o assunto será tratado mais incisivamente amanhã; em outros já foi oficializada a decisão de alguns professores em aderir à paralisação, contudo, ressaltando que as atividades num todo não param, somente aqueles profissionais que aderirem à greve.
Quanto à categoria policial, o comandante do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), tenente-coronel Saulo de Tarso Sanson Silva, disse ao O Presente que a Polícia Militar (PM) apenas se solidariza às reivindicações dos servidores estaduais, mas que legamente a PM não pode paralisar as atividades. Segundo ele, por lei os policiais não podem fazer greve e, em vista disso, garante, não haverá adesão à paralisação. “A Polícia Militar segue em negociações com o governo estadual. Não se trata de aumento salarial, apenas de reposição. Estamos há quatro anos sem esta reposição salarial”, enaltece.
Outro lado
Por meio de nota oficial, o Governo do Paraná garantiu que as negociações continuam abertas. “A equipe do governo está trabalhando com o objetivo de encontrar um caminho de equilíbrio, que não coloque em risco as contas públicas, e não acredita que qualquer medida extrema seja o caminho a ser seguido por parte das lideranças sindicais”.
O Presente com agências