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Marechal Entrevista ao O Presente

“Há muitas ações previstas para 2021”, adianta nova presidente da Acimacar

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Nova presidente da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Rondon (Acimacar), Carla Rieger Bregoli: “Esperamos que tenha sido o último decreto de fechamento ou de limitação dos horários para que os comerciantes possam ter seu horário normal de trabalho” (Foto: Divulgação)

Os associados da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar) confirmaram, ontem (15), o nome da farmacêutica e empresária Carla Rieger Bregoli como nova presidente da entidade, em sucessão ao arquiteto Ricardo Leites de Oliveira. A diretoria 2021/2022 foi eleita e empossada ontem.

Carla é a terceira mulher a assumir o comando da Associação Comercial. Em entrevista ao Jornal O Presente, ela expôs que a mulher está deixando de ser coadjuvante para assumir seu papel na sociedade.

A farmacêutica também falou do período de pandemia e como isso afetou as atividades da Acimacar, mas enalteceu que, assim que houver permissão por parte dos decretos estadual e municipal, a entidade pretende retomar as ações. Confira.

 

O Presente (OP): A senhora é a terceira mulher a assumir a presidência da Acimacar. Como avalia essa força feminina?

Carla Rieger Bregoli (CRB): Acho que a mulher deixou de ser coadjuvante e passou a assumir os papéis mais à frente da sociedade. Saímos do nosso pano de fundo, digamos assim, e subimos ao palco. É um momento especial das mulheres e, principalmente, porque a sociedade de forma geral enxerga que independe do gênero e, sim, as qualidades das pessoas que estão à frente de todos os setores. Acho que a mulher deixou de ser a coadjuvante para assumir o seu papel dentro da sociedade.  

 

OP: É uma tendência crescente?

CRB: Acredito que estamos no caminho. As mulheres estão buscando o seu papel dentro da sociedade, se destacando nas lideranças e nos cargos mais altos, como, por exemplo, vereadoras, prefeitas, presidentes de associações comerciais, enfim. Há tantos anos estamos nessa caminhada e nesta busca, então realmente é um momento especial.

  

OP: A senhora foi empossada como presidente da Acimacar em um momento delicado por conta da pandemia. Esta situação deixa as ações da nova diretoria, neste momento, paralisadas?

CRB: Na verdade nunca deixamos de trabalhar. Por um período tivemos que postergar as nossas ações, principalmente porque as atividades da Associação Comercial são muito voltadas ao público. Não tivemos nenhuma palestra neste um ano de pandemia, não tivemos muitos cursos, somente quando houve a permissão dos decretos estaduais e municipais. A pandemia prejudicou muito as ações. O que foi possível ser feito sem aglomeração e sem contato com as pessoas, nós fizemos. No entanto, muita coisa ficou por fazer justamente pelo momento que vivemos e que precisamos respeitar o distanciamento.

 

OP: Qual deve ser o foco da sua gestão como presidente?

CRB: A diretoria já esteve reunida em alguns momentos, assim como o Conselho Orientador. Nós temos muitos projetos, mas precisamos, primeiro, acatar os decretos. Somos uma entidade legalista e seguimos a lei. Há muitas ações previstas para o ano de 2021, principalmente para a retomada de uma forma geral de todo comércio, para movimentá-lo, assim como todos os setores que a Associação Comercial abrange.

 

OP: O que o associado pode esperar da Carla Rieger como presidente da Acimacar?

CRB: Quando fui convidada a ser presidente, há dois anos, foi um grande desafio e é um grande desafio na minha vida. O associado pode esperar da Carla tudo que for possível. Acredito que conheço a Associação Comercial, sou encantada pelas ações dela, o associativismo fala muito forte dentro de mim. Então tudo o que eu puder contribuir e ajudar o associado para levar a Acimacar mais longe, vou fazer. Não estarei sozinha. Não é um projeto da Carla, mas é um projeto de uma diretoria muito arrojada. Estou feliz porque (os diretores) aceitaram esse caminho e esse desafio comigo. No momento de saída de pandemia precisamos ter grandes projetos para que tenhamos uma retomada de uma forma geral, além da nossa vida social.

  

OP: Além das tradicionais bandeiras que a Acimacar defende, a nova diretoria pretende incluir novas ações?

CRB: Todo início de ano realizamos um planejamento interno. Tínhamos muitos projetos em 2020, antes da pandemia. O presidente Ricardo, alinhado com a diretoria, tinha muitos projetos que não aconteceram neste um ano em que estamos praticamente sem ações. Estes projetos, a partir do momento que pudermos executá-los, vão voltar a ser o foco. Porém, como falei, precisamos aguardar os próximos passos. Tivemos em março um mês muito crítico em relação à pandemia. Os números (de infectados) estão baixando, os decretos possibilitando as ações, então nós devemos ter uma retomada das ações.

 

OP: Muitos projetos que a gestão do Ricardo Leites tinha planejado não saíram do papel por conta da pandemia, como a Feira da Construção Civil e o novo formato do Fórum Empresarial. A senhora pretende colocar em prática estas ações?

CRB: Exatamente. Não sei se em 2021 vamos conseguir (realizar). Sabemos que até o meio do ano vamos ter um trajeto bem grande. As possibilidades são pequenas, porque acompanhamos que a curva ainda não diminuiu da relação pessoas x contágio. São projetos que estão dentro das pastas e, assim que possível, pretendemos colocá-los em prática.

 

OP: Como profissional da área da saúde, a senhora acha que o momento mais crítico da pandemia passou?

CRB: Acredito que com a vacinação e o maior número de pessoas vacinadas estamos no caminho certo. E não vamos, em um curto período de tempo, poder largar mão principalmente das prevenções. A máscara vai ficar por um bom tempo, o uso do álcool gel, os cuidados, evitar as aglomerações de forma geral por um período, até que a maior quantidade possível de pessoas esteja vacinada. Acho que nosso cenário não muda muito. Vimos pelo mês de março, pois um ano depois achávamos que não estaríamos em um momento tão crítico como estivemos. Acho que foi nosso pior momento. A conscientização das pessoas, o cuidado, uso da máscara, as prevenções de forma geral vão fazer com que a gente, lá na frente, consiga ter uma retomada da nossa vida normal.

 

OP: Mesmo mantendo os cuidados, na sua avaliação, pode haver necessidade de novo fechamento do comércio?

CRB: Como Associação Comercial e como presidente da entidade esperamos que isso não aconteça. Entendemos que não é no comércio que está o maior número de contágios e, sim, nos momentos de festas clandestinas e aglomerações. Esperamos que tenha sido o último decreto de fechamento ou de limitação dos horários para que os comerciantes possam ter seu horário normal de trabalho.

 

OP: Uma das grandes atuações da Acimacar envolve a agenda de treinamentos. A senhora acredita que no segundo semestre devem ser retomados os cursos?

CRB: Em janeiro e fevereiro nos reunimos e já tínhamos a previsão, em março, do lançamento dos novos treinamentos, inclusive temos cursos que já adquirimos para este novo momento. Estamos em ‘stand by’ (espera) para ver como vai ficar a situação. Aguardamos os decretos que possibilitem as pessoas em participar dos cursos. A partir do momento que a situação estiver normalizada e for permitido, retomaremos a agenda de treinamentos. Acho que é bem importante termos os cursos e as palestras. Vamos voltar muito fortes nos treinamentos.

  

OP: Há a possibilidade de realizar os treinamentos on-line ou a Acimacar deve aguardar para que os eventos ocorram de forma presencial?

CRB: Percebemos que as palestras on-line não têm tanta adesão. Precisamos deste momento presencial. O nosso primeiro momento que planejamos seriam as palestras presenciais. Acredito que no segundo semestre tenhamos mais força com relação às palestras e treinamentos presenciais.

 

OP: A não realização da Expomar, que integra a Expo Rondon e é um dos principais eventos organizados pela Acimacar, traz um prejuízo para a Associação Comercial?

CRB: A Expomar é um movimento da sociedade de forma geral. A Acimacar que está à frente, mas o intuito da Associação Comercial é promover e fomentar as empresas locais com a feira. É uma relação de negócios. Acreditamos que vai impactar não a Acimacar, mas as empresas e a sociedade de uma forma geral. É uma festa grande e que traz muitas pessoas de fora. Neste momento ainda não há uma definição, mas provavelmente a Expomar não será realizada neste ano. Impacta sim, porque não temos o consumo no comércio, as empresas mostrando seus serviços, mas é um momento delicado. Precisamos entender e, se Deus quiser, vai passar e ano que vem teremos a nossa feira e de forma ainda mais forte.

Nova presidente da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Rondon (Acimacar), Carla Rieger Bregoli: “Esperamos que tenha sido o último decreto de fechamento ou de limitação dos horários para que os comerciantes possam ter seu horário normal de trabalho” (Foto: Divulgação)

 

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