Fale com a gente

Marechal Agilidade e energia limpa

Patinetes elétricos são os novos queridinhos dos rondonenses

Publicado

em

Assistente contábil Rejimara Chaves da Silva: “Estou com o patinete há um mês e por enquanto vi benefícios nesse meio de locomoção, sendo que por questão de segurança ando pela ciclovia” (Foto: Joni Lang/OP)

Não é mais realidade somente dos grandes centros urbanos. Marechal Cândido Rondon também teve a mobilidade transformada com a presença de novos veículos: os patinetes elétricos. Pelas mais variadas ruas e avenidas, lá estão eles, servindo de meio de locomoção para os rondonenses.

As principais características deste veículo são o baixo peso, pequeno porte, versatilidade e sistemas de propulsão elétrica ou humana. Também fazem parte da categoria os hoverboards (skates elétricos de duas rodas), monociclos, motocicletas e scooters elétricas, e até mesmo quadriciclos elétricos. Em comum, todos contribuem para ampliar as opções de deslocamento e diminuir a poluição ambiental.

De acordo com um empresário rondonense, a estimativa é de que em torno de 100 patinetes elétricos estejam em circulação na cidade, alguns dos quais utilizados com maior frequência como forma de economia e agilidade, sem agredir o meio ambiente. Todavia, quando o assunto é segurança, eles deixam a desejar. Isso porque, segundo autoridades locais, não existe uma lei específica que regulamente o uso dos patinetes elétricos, embora haja uma normatização aplicada a veículos autopropelidos.

 

DESLOCAMENTO

O servidor público rondonense Juliano Scheuer utiliza o patinete elétrico faz em torno de 60 dias, tanto nos períodos da manhã e da tarde para trabalhar quanto à noite para ir à faculdade. “Enquanto não houver regulamentação existe o livre-arbítrio para circular pelas ruas, de modo que para este veículo as leis de trânsito não se aplicam totalmente, o trajeto acaba se tornando mais curto e rápido. Estar propenso a acidentes é uma desvantagem. Eu mesmo tive um pequeno acidente ao me desequilibrar e machucar o joelho ao cair com o patinete, contudo não foi nada grave. Pulei uma travessia elevada, bati no meio-fio e fiz o contorno, então foi descuido meu”, conta.

Scheuer diz que ao andar de patinete elétrico respeita os veículos maiores, além de pedestres e ciclistas. “Embora a ciclovia seja para os ciclistas, nós as utilizamos por questão de segurança, sendo necessário bom senso no caso de dividir o trânsito”, pontua.

Ele menciona que para se deslocar habitualmente utiliza a ciclofaixa da Rua Santa Catarina e depois entra na Rua Dom João VI, contudo no caminho inverso geralmente trafega pela contramão na Dom João VI. “A velocidade vai depender da condição que o trânsito se apresenta no momento, podendo atingir de 50 a 60 km/hora. Eu optei pelo patinete por ser uma energia limpa, não poluente como o combustível”, expõe.

Para o rondonense, se o cidadão utilizar de maneira consciente, o patinete elétrico se torna seguro como outros veículos incorporados ao trânsito. Entretanto, comenta que se locomove com o veículo sem usar capacete. Ele diz que adquiriu o patinete em uma loja na cidade ao valor de R$ 4,9 mil. “Optei por um modelo brasileiro porque a empresa daqui tem assistência técnica”, relata.

 

Servidor público Juliano Scheuer: “Estar propenso a acidentes é uma desvantagem. Eu mesmo tive um pequeno acidente ao me desequilibrar e machucar o joelho ao cair com o patinete, contudo nada grave” (Foto: Joni Lang/OP)

 

SEGURANÇA

A assistente contábil Rejimara Chaves da Silva trocou a bicicleta pelo patinete elétrico devido à praticidade em termos de locomoção mais ágil dentro da cidade. “Estou com o patinete há um mês e por enquanto vi benefícios nesse meio de locomoção, sendo que por segurança tento andar pelas vias mais corretas possíveis, evito contramão e ando pela ciclovia igual as bicicletas. Quando preciso andar na rua, trafego rente aos carros estacionados”, pontua.

Da casa na Rua Minas Gerais até o trabalho é pouco mais de um quilômetro, cujo percurso é realizado de cinco a dez minutos. “Optei pelo patinete porque considero o trânsito um tanto difícil aqui na cidade. Alguns respeitam, mas outros condutores de veículo não dão bola, então vejo que com o patinete é mais fácil neste sentido. Outra questão está ligada à economia e ao meio ambiente por não utilizar combustível, ou seja, o patinete tem energia limpa”, ressalta.

Rejimara lembra que já teve um susto ao utilizar o patinete, mas não se acidentou. Ela ainda não utiliza nenhum equipamento de segurança, porém avalia ser interessante ter certa segurança porque o patinete se locomove a uma velocidade elevada. “É perigoso andar atrás dos carros. Algumas vezes os motoristas dão marcha à ré, mas não observam a gente. Eu já bati o carro duas vezes, então para mim o patinete veio como alternativa de segurança. Quando chove eu utilizo o carro”, compartilha, dizendo ter pago em torno de R$ 4,9 mil no patinete elétrico que a leva e traz do trabalho para casa.

 

PRATICIDADE

Dono de um dos estabelecimentos que vendem patinetes elétricos em Marechal Rondon, o empresário Lauri Griep (Leco) orienta que o veículo seja utilizado por pessoas maiores de 15 anos. “O modelo que trabalhamos é de mil watts, fabricado na China e montado em Manaus. A carga dele tem autonomia de até 40 quilômetros e a recarga dura até seis horas. O que nós orientamos é que o usuário tenha ao menos 15 anos de idade e todo patinete vendido é levado daqui com um capacete. Este modelo melhor custa R$ 5,5 mil, enquanto o mais simples sai por R$ 3,5 mil, contudo o patinete simples é para uso residencial e não se recomenda colocar em vias públicas”, detalha. “Nossos patinetes vêm com farol e lanterna traseira”, acrescenta.

Leco sugere aos usuários se locomoverem com o patinete na ciclovia, porque, segundo consta, não há uma lei específica sobre o assunto. “Estimamos que pouco mais de 100 patinetes circulam na cidade, tendo como vantagens ser energia limpa, uma vez que não poluem o meio ambiente como veículos movidos a combustível, além da praticidade para andar e estacionar”, enumera.

 

Empresário Leco Griep: “Estimamos que pouco mais de 100 patinetes circulam na cidade tendo como vantagens ser energia limpa e a praticidade” (Foto: Joni Lang/OP)

 

MUNICIPALIZAÇÃO

O secretário municipal de Mobilidade Urbana, Welyngton Alves da Rosa, salienta que a criação de uma lei que regulamente o uso dos patinetes elétricos em Marechal Rondon só pode ser elaborada quando o trânsito for municipalizado. “Qualquer outra ação que o município promova em relação a isso é ilegal”, frisa. “Pelo fato do trânsito ainda não ser municipalizado, a responsabilidade da sinalização compete ao município, enquanto a fiscalização pertence ao Estado através da Polícia Militar. É uma responsabilidade dupla pelo trânsito de nossa cidade. É nesse momento que entram as campanhas educativas que afetam esse tipo de usuário”, enfatiza.

 

Secretário de Mobilidade Urbana, Welyngton Alves da Rosa: “A criação de uma lei que regulamente o uso dos patinetes elétricos só pode ser feita quando o trânsito for municipalizado” (Foto: Joni Lang/OP)

 

O Presente

Copyright © 2017 O Presente