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Marechal Agronegócio

Plantio da soja é finalizado em Marechal Rondon

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Foto: Leme Comunicação

O andamento da safra de soja 2018/2019 traz boas expectativas aos agricultores que, no ano passado, sofreram ao plantar no seco, semear as lavouras atrasadas pela falta de chuva e, no andamento da cultura, enfrentar chuvas torrenciais, pragas e doenças.

Logo que a janela do plantio da soja foi aberta no Paraná, no início do mês passado, as máquinas entraram nas lavouras e na segunda-feira (22) quase 100% dos municípios de abrangência do Núcleo Regional de Toledo do Departamento de Economia Rural (Deral), ligado à Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), estavam com as áreas completamente plantadas. “Praticamente toda a área está plantada. Tivemos um período de chuvas que foi muito bom e o sol deste último final de semana proporcionou o clima ideal para o desenvolvimento da cultura. Ao contrário do ano passado, quando tivemos uma seca que atrasou o plantio da soja, já estamos começando a safra com um clima muito favorável que permitiu o plantio na época ideal”, analisa o técnico do Deral, João Luiz Nogueira.

 

PREVENÇÃO

Na segunda-feira, o agricultor Marlos Giovani Müller, da Linha Guavirá, iniciou as aplicações preventivas contra fungicidas nos 53 alqueires em que plantou soja. “Conseguimos realizar todo o plantio conforme o planejado e sem nenhuma intercorrência. Comparado ao ano passado, até agora está muito melhor. Víamos que a soja não se desenvolvia devido ao atraso no plantio e às más condições climáticas, mas agora está tudo favorável para que tenhamos uma boa safra”, considera o produtor de grãos.

Com o plantio finalizado em 22 de setembro, a expectativa de Müller é colher mais do que no ano-safra 2017/2018, tendo em vista a queda de produtividade influenciada pelas questões climáticas. “Tivemos uma média de 150 sacas por alqueire especialmente pelo plantio tardio, mas neste ano, como tudo correu bem desde o início, temos a expectativa de colher mais”, sinaliza.

 

TRATOS CULTURAIS

De acordo com o engenheiro agrônomo Cristiano da Cunha, da Agrícola Horizonte, agora é o momento de os produtores iniciarem o trabalho de prevenção no campo. “As chuvas ocorreram de forma frequente, mas não de forma torrencial, por isso foram benéficas para a maior parte das lavouras. Por outro lado, todo o desenvolvimento da planta foi na umidade e planta molhada por muitas horas durante muitos dias favorece o desenvolvimento de fungos. A partir de agora, tendo em vista que a previsão mostra a volta da chuva em grande quantidade, o produtor deve fazer as aplicações preventivas para evitar que as lavouras sejam contaminadas. Realizar o controle após o fungo se instalar na plantação é muito mais difícil”, salienta.

Ele pontua que o plantio na região de Marechal Cândido Rondon iniciou por volta do dia 06 de setembro, com plantas emergidas nas lavouras no dia 10 – fim do vazio sanitário. “Isso era o que o agricultor planejava fazer ano passado, mas não conseguiu em função da falta de chuva no início de setembro. Neste ano, as chuvas estavam normais, por isso o plantio ocorreu na data planejada e algumas áreas mais adiantadas já estão em uma fase muito boa”, destaca.

A chuva dos últimos dias, diz Cunha, pode ter afetado apenas uma pequena parcela de produtores que ainda não haviam finalizado o plantio, dificultando a entrada no campo. “Mas eram poucas áreas, cerca de 2%, que devem ser finalizadas ainda hoje (segunda)”, declara.

 

MELHOR PARA SOJA E PARA O MILHO

O plantio da soja feito no tempo certo alegra os produtores não apenas para a colheita da safra de verão, mas também para o andamento da safrinha de milho, que deve ocorrer antes do que o estabelecido no ano passado. “A colheita da soja está prevista para iniciar entre 10 e 15 de janeiro e, logo em seguida, o milho começará a ser semeado, em torno de 20 dias antes do que aconteceu no ano passado”, menciona.

Além de precaver as lavouras da possibilidade de serem atingidas pelas geadas, a expectativa dos agricultores está relacionada aos melhores índices de produtividade do milho. “Não podemos afirmar, todavia, que o ano passado foi muito ruim, porque viemos de cinco anos consecutivos muito bons, tanto para a safra de verão como na safrinha”, pontua Cunha.

O técnico do Deral ressalta que, no ano passado, o atraso no plantio da soja fez com que muitos produtores deixassem de apostar na safrinha de milho e apostassem no plantio de trigo. “Mas esse ano tudo leva a crer que teremos um bom andamento tanto na safra de verão como na safrinha de milho”, enaltece Nogueira.

 

SAFRA EM NÚMEROS

Em Marechal Cândido Rondon, onde Cunha estima que apenas 2% da área ainda não estão completamente plantados, serão semeados para esta safra de soja 30.300 hectares, conforme os dados do Deral.

Nos 20 municípios abrangidos pelo Núcleo Regional de Toledo da entidade a área semeada chega ao patamar de 482 mil hectares de soja, com a estimativa de produção de 1.807.500 toneladas, 6% a mais do que ano passado, que alcançou as 1.707.872 toneladas de soja. “A maior parte das áreas já estão na fase de desenvolvimento vegetativo e uma pequena parcela em germinação. Apesar disso, todas as áreas são consideradas em bom estado”, frisa Nogueira.

No Paraná, segundo o Deral, serão plantados 5.449.887 hectares de soja, com estimativa de produção de 19.596.356 toneladas, 2% a mais do que na safra 2017/18.

 

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