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Marechal 8 milhões de kW

Produção de energia reduz 50% na PCH Moinho em Marechal Rondon

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(Foto: Bruno de Souza/OP)

De mal a pior. É assim que o presidente da Cooperativa de Eletrificação e Desenvolvimento Econômico de Marechal Cândido Rondon (Cercar), Alcino Biesdorf, avalia a produção de energia na Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Moinho. “Nos últimos dois anos nós geramos o que foi possível e ‘exprimimos’ a água que tinha. Estamos em uma crise hídrica muito grande”, lamenta.

A produção tem diminuído drasticamente com o passar dos anos devido à estiagem prolongada. “Em 2018, a PCH Moinho produziu 24 milhões de quilowatts (kW), em 2019 caiu para 18 milhões de kW, em 2020 para 16 milhões de kW, diminuindo em 50% em 2021, quando produzimos 8 milhões de kW”, detalhou Biesdorf ao O Presente.

Segundo ele, a previsão era gerar, em média, 18 milhões de kW/ano na hidrelétrica. “Quando instalamos a usina, em 2015, geramos 24 milhões de kW nos primeiros anos, mas foi caindo. A geração é muito pequena se comparada ao potencial instalado devido à estiagem”, atribui, pontuando que o índice pluviométrico da região caiu cerca de 70% nestes anos de seca comparado com anos anteriores: “É uma decadência, mas, ao mesmo tempo, é um fenômeno da natureza. Não há culpados e nada que podemos fazer”.

Presidente da Cercar, Alcino Biesdorf: “Nos últimos dois anos nós geramos o que foi possível e exprimimos a água que tinha. A geração é muito pequena se comparado com o potencial instalado devido à estiagem” (Foto: Raquel Ratajczyk/OP)

 

É viável?

Diante da produção de energia em queda ano a ano, especula-se sobre a viabilidade da manutenção da PCH Moinho. Biesdorf, contudo, garante que a usina se mantém. “Financiamos naquela época para dez anos e essa geração, mesmo que pequena, paga o investimento, mas sem sobra. Se gerássemos de 70% a 80% da capacidade instalada, daria lucro”, pontua.

A energia produzida na PCH Moinho, que utiliza as águas do Rio Guaçu no distrito de Novo Três Passos, é vendida para terceiros no mercado livre.

(Arte: O Presente)

 

Planos a longo prazo

Ainda em 2017, a Cercar obteve a liberação para construir uma segunda usina. No entanto, as tratativas não evoluíram. “A negociação não foi viável para nós e, momentaneamente, esse investimento está descartado”, afirma Biesdorf.

Apesar de não estar nos planos a curto prazo, ele menciona que as discussões sobre a nova hidrelétrica ainda acontecem. “Há um local em vista, mas não tem como usá-lo no momento, porque tem uma pedreira ao lado. Quando desativar, se tivermos acesso, há intenção de investir em outra usina ali, mas a longo prazo”, adianta.

Produção na PCH Moinho tem caído ano a ano: em 2021, queda foi ainda mais drástica: oito milhões kW (Foto: Bruno de Souza/OP)

 

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