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Marechal Tradição de fim de ano

Vendas de fogos de artifício aumentam 15% em Marechal Rondon

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(Foto: Divulgação)

A tradição do uso de fogos de artifício na virada do ano é admirada por muitas pessoas em todo o mundo. É difícil não se encantar e, às vezes, até se emocionar com o show de luzes no céu. Mas além da beleza, os fogos trazem preocupação. Primeiro, porque é preciso cuidado na hora de manusear esses artigos para que não causem acidentes, queimaduras e mutilações. Segundo, porque são um agravante para a audição, tanto dos humanos quanto dos animais.

De olho neste detalhe, a Esportiva Caça e Pesca, em Marechal Cândido Rondon, que trabalha com a venda de fogos artificiais, decidiu focar na comercialização de artigos luminosos sem barulho e estouros, mas com bastante cores. “É uma forma de contribuirmos com as ONGs de animais e também cuidar das pessoas e seus sentidos. É uma questão de consciência social”, comenta o proprietário, Diovani Ceccato.

Segundo ele, a demanda pelos artefatos teve um aumento de aproximadamente 15% em comparação com o ano passado. “É uma tradição de fim de ano. É o costume das pessoas se despedirem do ano que está indo e comemorar o que está chegando, ainda mais depois de um período tão difícil”, ressalta.

 

Diovani Ceccato, da Esportiva Caça e Pesca: “É uma forma de contribuirmos com as ONGs de animais e também cuidar das pessoas e seus sentidos. É uma questão de consciência social” (Foto: Arquivo/OP)

 

Orientações

Como o município não terá queima de fogos neste réveillon, é comum que as pessoas comprem e soltem elas mesmas os artifícios. Contudo, Ceccato orienta para que adquiram estes artefatos em lojas certificadas e dentro das regras de fiscalização. “Além deste cuidado, é importante que o comprador faça a inspeção do produto. Verifique o acendedor, se a pólvora está mantida na integra, se o produto não está amassado ou úmido, pois a umidade pode comprometer a pólvora. É ideal, também, observar se o fundo do material não apresenta comprometimento”, alerta, informando que nunca se deve reaproveitar o material. “Se, de repente, ele foi aceso e não houve a explosão esperada, não se deve reaproveitar”.

Outra orientação é que os fogos não sejam utilizados em lugares fechados, apenas em ambientes abertos e com uma distância segura de pessoas e animais. “É importante observar se não está ventando muito, pois o vento pode dar uma inclinação ou projeção diferente da esperada”, observa.

É importante que os fogos de artifício sejam adquiridos em lojas certificadas e dentro das regras de fiscalização (Foto: Divulgação)

 

Legislação

O combate ao uso de fogos de artifícios nos centros urbanos é uma forma de preservar a saúde. Em Marechal Rondon existe uma lei, desde 1999, que disciplina o uso destes artefatos. No entanto, existem cobranças por parte de lideranças e moradores em geral de que a medida não é cumprida conforme deveria. Eles pedem que a fiscalização seja intensificada para o bem-estar de todos.

 

Rojões e som alto são inimigos da audição

Quando o assunto envolve fogos de artifício, inevitavelmente entra em pauta a audição. É que o barulho que alguns tipos de artefatos emitem pode causar o que os especialistas chamam de trauma auditivo agudo. “É um dano temporário que a pessoa exposta ao ruído muito alto pode ter. Ela pode ficar entre 16 e 72 horas sem escutar direito”, explica ao O Presente a otorrinolaringologista Maiara Gehlen.

A médica chama a atenção para que as pessoas também mantenham uma distância segura da fonte emissora dos fogos. “Para quem for soltar os fogos é importante o uso de tampões ou produtores auriculares para que não ocorram danos permanentes na audição”, alerta.

 

Grupos de risco

Maiara ressalta que existem grupos específicos que devem redobrar os cuidados com ambientes ruidosos. “Crianças com fatores de risco, que tiveram, por exemplo, a prematuridade ou pessoas que estiveram internadas em UTIs (unidades de terapia intensiva) são orientadas a não ficarem expostas em ambientes barulhentos. Idosos também estão inclusos nesta vertente, além de pessoas com predisposição genética de perda auditiva, diabéticos e hipertensos”, relata.

 

Perda cumulativa

Além de trauma auditivo agudo, o barulho excessivo causado pelos rojões pode acarretar perda auditiva severa. Isso acontece porque o estrondo dos fogos é inesperado. O forte ruído pode chegar a uma intensidade de 140 decibéis (db). Para se ter uma ideia do quão forte é esse barulho, um avião durante a decolagem produz um som de 130 dB.
A perda de audição é cumulativa. Pode não se manifestar imediatamente, mas seus efeitos serão sentidos mais tarde. Os principais sintomas de que a audição está prejudicada é a sensação de pressão ou “ouvido tampado”, dores de cabeça, zumbido ou dificuldades para escutar e entender o que as pessoas falam. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), somente o zumbido afeta 278 milhões de pessoas no planeta. No Brasil, são 28 milhões que convivem com o sintoma.

Otorrinolaringologista Maiara Gehlen: “Para quem for soltar os fogos é importante o uso de tampões ou produtores auriculares para que não ocorram danos permanentes na audição” (Foto: Divulgação)

 

Atenção aos animais

Os pets também precisam de atenção especial na virada do ano por causa dos fogos de artifício. A ONG Arca de Noé, de Marechal Cândido Rondon, dá dicas de como deixar o ambiente seguro aos animais. CLIQUE AQUI e confira.

 

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