“Acredito que o julgamento será técnico”, diz Wamms sobre pedido de impeachment do prefeito

Vice-presidente da Câmara de Vereadores de Santa Helena, Edson Wamms (MDB) é o único parlamentar do grupo de situação que integra a comissão processante instalada nesta semana na Casa de Leis, que terá a tarefa de averiguar as denúncias no processo de impeachment contra o prefeito Airton Copatti (MDB).

Na sessão ordinária de segunda-feira (05), seis dos nove vereadores votaram a favor de receber a denúncia protocolada pelo secretário do Observatório Social, Rafael Rodrigo de Lima, no Poder Legislativo.

São eles: Antônio Luiz Schlickmann (PSL), Tânia Ripp Maffi ni (PSDB), Gesila Bortolaci (PP), Valdecir Noro (PP), Valdonir Weizenmann (Titi) (PSL) e o presidente da Câmara, Paulo Vasatta (SD). Os três vereadores de situação, por sua vez, votaram contra o recebimento da denúncia. Além de Wamms, integram o grupo Julio Morandi (MDB) e Juliana Ladeia Costa (PSD).

Na comissão processante, Wamms foi indicado para ser membro. Titi foi escolhido como presidente e Noro o relator. Ontem (08), os três já se reuniriam com o assessor jurídico da Associação de Câmaras e Vereadores do Oeste do Paraná (Acamop). O colegiado terá até 90 dias, prazo que pode ser prorrogável, para averiguar a denúncia e elaborar um relatório, que deve ser apresentado aos vereadores para ser votado. Para que o prefeito tenha o mandato cassado, são necessários 2/3 dos votos.

Em entrevista ao Jornal O Presente, o vice-presidente da Câmara relatou que em menos de uma semana a Casa de Leis recebeu a denúncia e os vereadores tiveram que votar por seu recebimento ou não. Diante do curto período, segundo ele, os parlamentares não conseguiram ter um tempo hábil visando ter uma posição pelo não recebimento da denúncia.

Julgamento técnico

 

 

 

Embora o grupo de oposição tenha seis dos nove vereadores na Câmara de Santa Helena, Wamms acredita que os colegas farão uma análise técnica. Ele cita que dos mais de 60 projetos que passaram pela Casa de Leis ano passado, apenas um foi recusado, mas que retornou ao Legislativo após algumas modificações e em seguida foi aprovado. “Quero dizer com isso que temos uma oposição, mas também um prefeito bem-intencionado. Por que foram aprovados todos os projetos? Por este motivo”, declara, emendando: “Acredito que o julgamento será técnico. Na hora que apresentarmos o relatório, que não tenho dúvida que será favorável ao prefeito, e conhecendo os vereadores, pois apesar de sermos minoria existe uma boa relação e a Câmara tem sido bem atuante e busca sempre o que é certo e correto, acredito que a maioria vai aprovar. Talvez um ou dois que não”, avalia, levando em conta o próprio discurso dos vereadores na sessão na segunda-feira. “Disseram que não estavam ali para julgar o prefeito, mas apenas para receber a denúncia. Todos foram enfáticos em dizer que conhecem o prefeito Copatti, que é um homem de bem, sério e está bem-intencionado, mas que as denúncias precisam ser apuradas para depois dar um veredito”, comenta.

 

A reportagem do Jornal O Presente tentou novamente contato com o prefeito Airton Copatti, mas ele não atendeu e não retornou as ligações.

Essa matéria na íntegra você confere em nossa edição impressa desta sexta-feira (09).