Municípios Torres do Centro Cívico
Complexo de 105 mil m² de área construída terá passarela sobre avenida em Cascavel expandindo capacidade do JL Shopping
Nada que desabone a atividade essencial dos borracheiros, mas quem passa pelo movimentado binário da Recife, na esquina com a Avenida Toledo, logo percebe que aquele barraco de madeira surge meio deslocado se levar em conta o valor do metro quadrado na região no Centro Cívico.
O barraco vai ao chão em breve, bem como tudo que está construído naquela quadra de 8,3 mil metros quadrados. Os campos de grama sintética, a galera dos hambúrgueres, enfim, não ficará pedra sobre pedra.
A quadra em questão vem sendo cobiçada pelo mercado imobiliário há décadas. O proprietário, médico e pioneiro de Cascavel Edo Peixoto não negociava.
Mas o pool empresarial formado pela Saraiva de Rezende, Vasto e Iguassu Engenharia chegou a um entendimento e uma das maiores obras civis do Oeste está para começar.
Os números falam por si só: são duas torres de 40 andares cada, 1,6 mil vagas de estacionamento e uma loja de supermercado, totalizando mais de 105 mil metros quadrados de área construída.
Denominado provisoriamente de Mixed Use, o projeto é uma tábua de salvação para o espaço vital (expressão da 2ª Guerra Mundial) do JL Shopping, espremido logo ali ao lado.
Uma passarela será edificada entre o mega estacionamento do Mixed Use e o shopping. A ligação entre os prédios permitirá a expansão do JL, já que a área de estacionamento atual (cujo acesso é pavoroso), será utilizada para novos pontos comerciais.
“O complexo multiuso foi projetado em área nobre, de modo a atender o público usuário de forma prática, aliando conceitos de moradia, trabalho e lazer em um único lugar. A integração entre o Shopping JL e a multiquadra contempla essa nova concepção”, afirma o engenheiro Edson José de Vasconcelos, um dos executivos empenhados no desenvolvimento do projeto.
Uma rede de supermercados aderiu prontamente ao projeto e instalará uma loja gourmet na esquina da Kennedy com a Toledo. O conceito de aliar moradia e trabalho surge na divisão igualitária das torres: uma residencial e outra corporativa, esta última dotada de heliponto.
Viabilidade
Como ninguém aporta dezenas de milhões sem antes certificar-se da viabilidade econômica, o empreendimento contratou um minucioso estudo técnico.
Análises vocacionais para identificação das potencialidades do complexo multiuso, incluindo o residencial vertical e corporativo, varejo e serviços, foram planilhados.
Características sócio-demográficas e econômicas da área de influência, projeção de crescimento demográfico e de renda, concorrência direta e indireta foram levadas em conta.
Enfim, feitas todas as contas e injunções, chegou-se à conclusão que é hora do borracheiro procurar outro lugar: o investimento multimilionário transforma a ambicionada quadra em um frenético canteiro de obras já no primeiro semestre de 2022.
Torres vão alterar o relevo do Centro Cívico: espaço vital ao Shopping JL e 105 mil metros quadrados de área construída (Foto: Divulgação)
Pitoco
