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Municípios Condições climáticas favoráveis

Expectativas de produção de milho na região superam safrinhas anteriores

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(Foto: Bruno de Souza/OP)

O milho está de vento em popa no Oeste paranaense. Com chuvas na medida, temperaturas agradáveis e sol marcando presença, a safrinha tem tudo conspirando a seu favor e reforçando seu status de 2ª safra na região.

As condições climáticas apresentadas até o momento têm favorecido o desenvolvimento desta cultura, avalia o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) de Toledo da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), Paulo Oliva. “As condições até o momento são boas e esperamos que continue assim”, adianta.

O engenheiro agrônomo Cristiano da Cunha, por sua vez, considera que as condições climáticas têm sido “excelentes” para a safrinha. “Não tivemos nenhum período extremo de seca e nem excesso de chuvas. Também não tivemos temporais que causassem danos e estragos às lavouras ou chuva de granizo até o momento. As temperaturas foram boas até o momento, tendo em vista que o milho é uma planta extremamente dependente da temperatura para armazenar energia até que entre na fase na fase reprodutiva”, expõe.

Técnico do Deral de Toledo, Paulo Oliva: “A projeção de produção até momento é excelente, ainda mais se considerado que, no ano anterior, tivemos uma quebra de 51% em relação ao cenário estimado devido à seca e, principalmente, às geadas severas” (Foto: Divulgação)

 

Estimativa de produção

Os 449.029 hectares (ha) de milho safrinha cultivados no Núcleo Regional de Toledo da Seab devem produzir 2.795.694 toneladas de grãos, conforme estimativa do Deral. No Paraná, o último levantamento mensal indica uma produção de 15.923.119 toneladas em uma área de 2.693.685 ha de lavouras. “A projeção de produção até momento é excelente, ainda mais se considerado que, no ano anterior, tivemos uma quebra de 51% em relação ao cenário estimado devido à seca e, principalmente, às geadas severas”, avalia Oliva.

O engenheiro agrônomo aponta que a projeção de produtividade por alqueire desta segunda safra já supera a de anos anteriores. “A expectativa de produtividade média da região, na minha avaliação, gira em torno de 220 a 230 sacas por alqueire, com algumas áreas tendo produtividade acima de 300 sacas e outras um pouco abaixo. Em 2021 a projeção era bem baixa, mas nos anos anteriores a gente estimava produtividades de 170 a 180 sacas por alqueire”, compara.

 

Enchimento de grão

Os milharais de Marechal Cândido Rondon e região estão na fase de enchimento de grãos, pontua Cunha. “Na polinização a cultura passa do estágio vegetativo ao reprodutivo e, após polinizar, começou o enchimento de grãos. A maioria das áreas está nessa fase chamada de grão bolha”, expõe.

O engenheiro agrônomo reforça que a safrinha atual apresenta um desenvolvimento melhor do que as anteriores. “As plantas estão muito bem desenvolvidas, com um potencial bastante alto, mostrando que tudo o que aconteceu desde o plantio até agora foi muito bom para que essas plantas tivessem um desenvolvimento satisfatório”, destaca.

Engenheiro agrônomo Cristiano da Cunha: “Precisamos que não tenha geada em abril, maio e até a metade de junho. Com isso, praticamente mais de 80% das lavouras de milho escapam da fase crítica da geada” (Foto: Divulgação)

 

Daqui em frente

Tratando sobre a implantação da cultura, o técnico do Deral aponta que a safrinha em curso contou com mais áreas plantadas com antecipação do plantio, o que deve garantir vantagens ao agricultor. “Só temos previsões sobre as condições climáticas dos meses subsequentes, mas esperamos que o clima continue favorecendo para que tenhamos uma boa safra e que os produtores amenizem os prejuízos causados pela seca na safra de verão”, amplia.

Cunha salienta que a antecipação foi de aproximadamente 30 dias e esse “tempo extra” dá condições para que as áreas escapem da geada. “Precisamos que não tenha geada em abril, maio e até a metade de junho. Com isso, praticamente mais de 80% das lavouras de milho escapam da fase crítica da geada”, observa.

Lavouras da região estão na fase de enchimento do grão (Foto: Bruno de Souza/OP)

 

Sintomas da cigarrinha aparentes

O engenheiro agrônomo expõe que os sintomas do enfezamento de cigarrinha surgem no enchimento de grão, fase em que as plantas se encontram atualmente. “Em relação ao manejo, a safrinha está sendo diferente devido ao ataque de uma praga que causa muito problema no milho: a cigarrinha, que passou a ser a principal praga do milho. A maioria das áreas teve cinco ou até seis aplicações para controle de cigarrinha. O agricultor precisa ter muita atenção para controlá-la com antecipação, porque causa o dano no início do desenvolvimento, porém o sintoma só aparece agora no milho”, explica.

Ele também chama atenção dos produtores para as condições favoráveis ao desenvolvimento de doenças. “Quando temos umidade e temperatura, as doenças fúngicas aparecem na cultura e, desta maneira, destroem parte da área foliar do milho. Consequentemente, diminui a produtividade e a qualidade dos grãos que serão colhidos. Então o momento é de controlar a praga e também fazer o monitoramento para aplicação de fungicida”, orienta Cunha.

 

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