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“Não existe a mínima possibilidade de abrir mão”, garante Jucenir sobre eleição na Amop

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Prefeito de Palotina, Jucenir Stentzler: “Existe uma situação bem desconfortável. O meu primeiro vizinho de porta não está me apoiando para ir para a presidência, sendo que eu o apoiei para isso” (Foto: Divulgação)

A assembleia para escolha da nova diretoria da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop) acontece somente no fim de março, mas nos bastidores o clima já começa a esquentar. Isto porque ao menos dois prefeitos já demonstram publicamente a intenção em assumir a presidência e, no momento, os discursos estão direcionados no sentido de que nenhum deles deseja abrir mão da disputa.

De um lado está o prefeito de Maripá, Anderson Bento Maria, e de outro o prefeito de Palotina, Jucenir Stentzler. Os dois municípios, aliás, são vizinhos.

Ao O Presente, Jucenir confirmou o interesse em presidir a Amop e disse que Anderson havia se comprometido a apoiá-lo, assim como ele fez na oportunidade em que o gestor maripaense assumiu a presidência da Associação. Confira.

 

O Presente (OP): No final de 2019 o prefeito de Maripá, Anderson Bento Maria, tornou pública a sua intenção em presidir novamente a Amop. E mais recentemente o senhor também colocou o seu nome à disposição. Por quê?

Jucenir Stentzler (JS): Eu sou prefeito reeleito e em 2020 encerro o meu 8º ano de mandato. Quando se começa a participar de um grupo como este, dos prefeitos da Amop, vai despertando interesse, liderança, conquistando apoio. É todo um processo e caminhada. Desde o momento em que assumi como prefeito desejei a Amop, mas respeitei também os meus colegas. Por várias vezes renunciei a este interesse que, desde o início, vinha tendo. Essa renúncia estava vinculada a praticamente todos os presidentes que passaram em uma negociação de apoio para que, quando houvesse o meu interesse, eles estariam comigo. Foi assim com praticamente todos que passaram por ali, com uma ou outra exceção. O mesmo aconteceu com o prefeito Anderson. Eu o apoiei. Ele foi presidente da Amop por vários fatores, mas o principal fator que o elegeu foi devido ao município dele nunca ter estado à frente da Amop, ou seja, para dar a possibilidade do município de Maripá presidir a Associação foi construída uma situação e ele assumiu. Ele desenvolveu um excelente trabalho, mas ele tem um compromisso comigo. Acredito que a grande maioria é fiel aos compromissos assumidos no decorrer dos anos.

 

OP: O senhor se considera apto?

JS: Já tenho uma bagagem muito grande, pois já tive a oportunidade de presidir o Ciscopar (Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste) em Toledo. Fizemos um trabalho excepcional, conseguimos muito recurso e fizemos a gestão. Depois veio a possibilidade de presidir o Consamu (Consórcio Intermunicipal Samu Oeste). Existe todo um trabalho que me credencia a estar à frente da Amop. “N” coisas que no decorrer destes anos, até por abrir mão da gestão da Amop, acabei assumindo. Foi natural assumir o Ciscopar e o Consamu e agora os prefeitos disseram que era a minha vez na Amop. Eu já desejava isso e se houvesse o número necessário de prefeitos que reconhecessem o trabalho que estou fazendo, poderia colocar o meu nome à disposição. Tanto que a prefeita Cleci (Loffi, de Mercedes) também era pré-candidata e disse que abriria mão se eu fosse candidato.

 

OP: O senhor calcula que já possui o apoio de quantos prefeitos?

SJ: Noventa por cento dos prefeitos já fecharam compromisso comigo.

 

OP: O senhor já chegou a conversar com o prefeito Anderson?

JS: Por duas vezes.

 

OP: O senhor acha que há possibilidade de chegar em um entendimento para que não haja bate-chapa?

JS: Essa resposta acho que ele (prefeito Anderson) que precisa dar, porque nas duas vezes que fiz contato lembrei do compromisso que ele tinha comigo. Ele disse que não se recorda de compromisso algum. Eu só estou cobrando o compromisso que ele tem comigo. Falei para ele participar da diretoria. Inclusive o Teixerinha (Rineu Menoncin, prefeito de Matelândia) e a Cleci vão compor a presidência comigo.

 

OP: Qual a possibilidade do senhor abrir mão desta disputa?

JS: Não existe a mínima possibilidade de abrir mão.

 

OP: Hoje o senhor visualiza que a chance maior é de haver um entendimento ou disputa na Amop?

JS: O pior cenário está se desenhando neste momento. Da mesma forma que no entendimento dos prefeitos ele (Anderson) obteve o apoio, eu esperava que essa mesma situação viesse a acontecer agora. Não aconteceu. Aí já existe uma situação bem desconfortável. O meu primeiro vizinho de porta não está me apoiando para ir para a presidência, sendo que eu o apoiei para isso. Essa é uma coisa que machuca um pouco, mas estamos tratando com muita maturidade. Ele é meu parceiro, meu irmão, meu vizinho de porta. O que faz com seu vizinho de porta? É aquele que você procura tratar da melhor forma possível, pois você precisa dele. Estou bem tranquilo. Quero ele comigo. Ele tem uma capacidade técnica muito importante e não podemos desfazer disso. É uma liderança, tanto que se reelegeu em Maripá. Não quero discórdia, não quero briga, não quero desentendimento. Temos que ser muito maiores do que qualquer outra coisa que eventualmente possa surgir. Já houve uma disputa na Amop e foi tão chato que o prefeito que perdeu, que achava que ia fazer a maioria dos votos, nunca mais apareceu na associação. O meu pensamento é: vamos juntar as forças.

 

OP: A eleição do ex-prefeito Marcel Micheletto como deputado estadual teve uma contribuição de prefeitos da Amop. O senhor tem o interesse em seguir o mesmo caminho?

JS: Sim, com certeza.

 

OP: O senhor deseja então continuar na vida pública?

JS: Acho que é uma coisa natural. Minha formação é de gestão pública. Quantas são as lideranças aqui na nossa região que poderiam nos representar? Onde elas estão? Olha o que aconteceu na última eleição. Muitos nomes despreparados acabaram ocupando cadeiras e agora no exercício da função estão buscando desenvolver este aprendizado. Antes que eu viesse a exercer a atividade de prefeito já havia sido vereador e secretário municipal. A minha base eleitoral está dentro do movimento empresarial, pois já fui presidente da Associação Comercial. Felizmente as pessoas identificam em mim como uma nova liderança a representar essa nossa região. É uma região que ficou totalmente descoberta, seja no cenário estadual ou federal. Hoje precisamos pedir apoio a deputados de outras regiões para que consigamos eventualmente uma representatividade.

 

O Presente

 

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