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Municípios 407 leitos disponíveis

População de Toledo cresce 60%, mas município retrocede em 40% no número de leitos SUS

Saúde está sangrando na região mais rica da produção de alimentos do Paraná

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(Foto: Divulgação)

O empresário Augusto Sperotto classificou a destinação de R$ 2,5 milhões à Associação Beneficente Associação Beneficente de Saúde do Oeste do Paraná (Hoesp), mantenedora do Hospital Bom Jesus, como “uma conquista de extraordinária importância que vai ajudar a amenizar o quadro de frequente limitação financeira da instituição, diante da grande despesa empreendida mensalmente em sua manutenção”.

Os recursos foram anunciados segunda-feira (15) pelo deputado federal Dilceu Sperafico, como resultado de sua articulação no Ministério da Saúde, onde obteve R$ 1,5 milhão, e junto ao deputado federal licenciado Ricardo Barros, que cedeu R$ 1 milhão das emendas impositivas. Barros atualmente exerce o cargo de secretário da Indústria, Comércio e Serviços do Governo do Estado.

Retrocesso em leitos

Com base em números oficiais e na projeção populacional, no ano 2000 o Município de Toledo somava 98.200 habitantes, número que saltou para 156 mil em 2023, uma variação em torno de 60%. “É um crescimento extraordinário, cuja tendência é de aceleração nos próximos anos diante do desenvolvimento do Município e de fatores como o Biopark”, aponta Sperotto, indicando que esses dados positivos se contrapõem a números preocupantes no tocante à saúde pública.

No ano 2000, a área de abrangência da 20ª Regional de Saúde, sediada em Toledo e compreendida por 18 Municípios, possuía 578 leitos de internação pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Passados 23 anos, ao invés de avanço houve uma queda muito expressiva e atualmente são somente 407 leitos disponíveis, quando deveriam ser 1.012 leitos. Ocorreu uma variação negativa absurda, de cerca de 42%, quando a região deveria ter quase dobrado esse número.

“Andamos para trás igual caranguejo. A saúde no Brasil está doente, mas aqui no Oeste do Paraná, ela está sangrando na UTI”, aponta Sperotto, salientando que a situação é incompatível diante da grande produção e representatividade da região no contexto estadual e nacional. “Somos os maiores produtores de alimentos do Paraná e vemos rotineiramente pessoas morrendo no caminho porque não conseguem ser atendidas ou sendo transportadas para cidades longínquas, de outras regionais, pela falta de leitos aqui”, opina.

Por tudo isso, Sperotto indica que a construção do novo Hospital Bom Jesus é fundamental e urgente para que a saúde da região tenha avanços, mas para isso que precisará de 500 leitos. Para ele, a situação atual é inadmissível.

Com Wanderley Graeff /Viver Toledo

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